Tem sido uma fase um pouco vazia em matéria de cinema, mas gosto sempre de dar numa de Lauro António, e deixar aqui a minha dica, numa de animar as tardes de Outono da malta. O filme é bom, a banda sonora ainda melhor.
Relatos de uma Minhoca de sandália e meia branca
sábado, outubro 31, 2009
parir like there's no tomorrow
O que pretende o meu Pai, ao enviar-me um link para um vídeo de um parto de um elefante? Assegurar que nunca vai ser Avô pela minha parte ou talvez, como o locutor, sublinhar que os partos dos elefantes sao rápidos e descomplicados e nós mulheres é que somos umas histéricas?
Bom, vi isto e só me apetece ir por aí fora parir à maluca.
Divirtam-se!
Vídeo aqui.
Bom, vi isto e só me apetece ir por aí fora parir à maluca.
Divirtam-se!
Vídeo aqui.
sábado, outubro 17, 2009
abc da gastronomia
Devagar o Bola vai fazendo os seus pequenos avancos na língua portuguesa. Hoje ao pequeno-almoco estudava atentamente o livro de cozinha da Vaqueiro, e entao a cada cinco minutos, lá vinham perguntas o que sao alcaparras ? o que é terrina? o que é cenoura? o que é alcachofra? o que é robalo?
Portanto paralelamente às legendas dos canais da tvcabo, temos agora um livro de estudo que serve de base à sua aprendizagem. Porque nao um livro de cozinha? Próximo livro a oferecer será com receitas da Filipa Vacondeus.
Entretanto, eu posso-me juntar à Maité Proenca em relacao à ignorancia da cultura do meu país, mas desta feita cultura gastronómica. Será que eu nunca comi cação?... e mero?
O Bola vai aprendendo portugues, eu vou aprendendo hindi, as palavras mais importantes para situacoes de emergencia.
ALVIDHA.
Portanto paralelamente às legendas dos canais da tvcabo, temos agora um livro de estudo que serve de base à sua aprendizagem. Porque nao um livro de cozinha? Próximo livro a oferecer será com receitas da Filipa Vacondeus.
Entretanto, eu posso-me juntar à Maité Proenca em relacao à ignorancia da cultura do meu país, mas desta feita cultura gastronómica. Será que eu nunca comi cação?... e mero?
O Bola vai aprendendo portugues, eu vou aprendendo hindi, as palavras mais importantes para situacoes de emergencia.
ALVIDHA.
Maité ignorante
Fui ver o vídeo da Maite Proenca, em que ela goza com Portugal. É um bocado triste. Nao sabe apreciar a nossa cultura e claro que toda a gente é livre de fazer gracinhas e gozar com isto e com aquilo. Mas há que faze-lo de forma inteligente, nao passando a imagem de pessoa bruta, primitiva e ignorante. Quem dera aos Brasileiros a cultura riquíssima da Europa, que nao existe em nenhum canto da América. Gozem sim, eu tambem gozo com tudo, mas é preciso saber gozar. Ter cuidado. Ela podia ter feito uma reportagem pegando em muitas outras coisas, sem ter passado esta imagem de brasileira vazia, oca e ignorante. Que pena. O número da porta nao está ao contrário, o Tejo nao é o Atlantico e a arquitectura manuelina claro que nao lhe diz nada, porque haveria?
Em vez de uma mulher com os seus cinquenta e muitos, vemos uma reportagem duma teenager fútil que com certeza meteu qualquer coisa para a veia antes de por a cara liposugada em frente da camara.
Em vez de uma mulher com os seus cinquenta e muitos, vemos uma reportagem duma teenager fútil que com certeza meteu qualquer coisa para a veia antes de por a cara liposugada em frente da camara.
segunda-feira, outubro 12, 2009
crise existencial prolongada
Nao foi ainda desta que arranjei um cao. E tambem ainda nao arranjei um filho.
O Outono veio hoje em forca, só hoje, pois até agora era aquele ambiente romantico de folhas de várias cores, sol morno e pequenos-almocos ao fim-de-semana na esplanada. Hoje foi com chuva, vento e muito frio, só falta mudar a hora para os psiquiatras e psicólogos comecarem a ter os consultórios cheios.
Amanha vou tomar a vacina contra a hepatite A e tirar fotografias para preencher o formulário do visto para a Índia. Já nao posso ver os pai-natais no supermercado. Nem os calendários do advento. Alto lá com os cavalos, entao e o Halloween, essa festa pirosa das abóboras?
Mudei de escritório no trabalho e agora tenho que conviver com muitas mais pessoas do que até agora era habitual. Tantas vozes, é estranho e chato. Ninguem pode influenciar a voz que tem, mas é uma cruz quando temos de aturar timbres horríveis (nos outros), capazes de nos fazer subir a tensao em segundos.
O pensamento da semana é o mundo do desperdício em que vivemos. Há dias em que me custa a acreditar que no momento em que estou a escrever há pessoas a morrer de fome. A gente habitua-se a ouvir falar de morte por fome, sem nunca parar para pensar nisto. A sério, morrer de fome. De repente, restantes problemas da Humanidade deixam de me despertar este vazio, mas a fome sim. Nao sei o que se passa comigo. Claro que é legítimo pensar nestas coisas e deprimir-me, mas ao aproximar os trinta, sinto o peso dos anos. E outras coisas nas quais nunca parei para pensar antes e que nunca me incomodaram. Custa-me comer carne. Nao me atrai. Comeco a olhar para um bife e a imaginar que estou a comer carne humana. Há 15 dias pedi um peixe assado num restaurante e quando ele me apareceu no prato, inteiro, com o rabo virado para cima, senti algo que até agora nunca me tinha incomodado. E custou-me come-lo.
Ando assim, esquisita. Chata. Nao ando boa companhia para ninguem. Preciso desesperadamente de ocupar o meu tempo com outros, que precisam de mim, para além das oito horas que passo a contemplar o meu monitor. Sinto que a minha vida precisa de ganhar sentido, acho que é isso.
Será a preparacao espiritual para a Índia que nao tenho feito?
O Outono veio hoje em forca, só hoje, pois até agora era aquele ambiente romantico de folhas de várias cores, sol morno e pequenos-almocos ao fim-de-semana na esplanada. Hoje foi com chuva, vento e muito frio, só falta mudar a hora para os psiquiatras e psicólogos comecarem a ter os consultórios cheios.
Amanha vou tomar a vacina contra a hepatite A e tirar fotografias para preencher o formulário do visto para a Índia. Já nao posso ver os pai-natais no supermercado. Nem os calendários do advento. Alto lá com os cavalos, entao e o Halloween, essa festa pirosa das abóboras?
Mudei de escritório no trabalho e agora tenho que conviver com muitas mais pessoas do que até agora era habitual. Tantas vozes, é estranho e chato. Ninguem pode influenciar a voz que tem, mas é uma cruz quando temos de aturar timbres horríveis (nos outros), capazes de nos fazer subir a tensao em segundos.
O pensamento da semana é o mundo do desperdício em que vivemos. Há dias em que me custa a acreditar que no momento em que estou a escrever há pessoas a morrer de fome. A gente habitua-se a ouvir falar de morte por fome, sem nunca parar para pensar nisto. A sério, morrer de fome. De repente, restantes problemas da Humanidade deixam de me despertar este vazio, mas a fome sim. Nao sei o que se passa comigo. Claro que é legítimo pensar nestas coisas e deprimir-me, mas ao aproximar os trinta, sinto o peso dos anos. E outras coisas nas quais nunca parei para pensar antes e que nunca me incomodaram. Custa-me comer carne. Nao me atrai. Comeco a olhar para um bife e a imaginar que estou a comer carne humana. Há 15 dias pedi um peixe assado num restaurante e quando ele me apareceu no prato, inteiro, com o rabo virado para cima, senti algo que até agora nunca me tinha incomodado. E custou-me come-lo.
Ando assim, esquisita. Chata. Nao ando boa companhia para ninguem. Preciso desesperadamente de ocupar o meu tempo com outros, que precisam de mim, para além das oito horas que passo a contemplar o meu monitor. Sinto que a minha vida precisa de ganhar sentido, acho que é isso.
Será a preparacao espiritual para a Índia que nao tenho feito?
quinta-feira, outubro 08, 2009
sexta-feira, outubro 02, 2009
Subscrever:
Mensagens (Atom)