Relatos de uma Minhoca de sandália e meia branca
domingo, dezembro 30, 2007
resoluções, tinha de ser
Ora bem, em 2008 é urgente perder peso. Oh que surpresa. Não é preciso ser muitos quilos, nada disso. Assim, tipo 5. Cinco quilos é aceitável, não é? É o peso daqueles garrafões de cinco litros, que fui com o meu pai há uns dias encher à fonte. E retirar um peso com esse total do meu corpo seria mais do que suficiente, eu sou quase uma modelo daquelas que vêem na la redoute com cara de quem tem mesmo mau feitio. Para quê serem tão esbeltas quando depois têm tão mau feitio? Não percebo. Nunca têm ar de simpáticas. Estúpidas.
Mas o que eu queria mesmo saber é se quando temos a mesma resolução dois anos seguidos sem a cumprir, ainda a podemos nomear uma terceira vez... será que dá? É que não é só esta do perder peso. É também aquela outra de praticar desporto. Eu gostava (cof cof) tanto. Pilates e tal... tá tão na moda. Transpirar é que é tá na moda. Uma sauna também não era má ideia se eu não fosse claustrofóbica.
Em 2008 gostava também de desenvolver um hobby de carácter musical. A pressão na casa paterna eleva-se de uma forma brutal. Sempre que venho cá, dou-me conta que cada um dos meus irmãos tem o seu instrumento e eu sou a única que fica agarrada às páginas da Caras enquanto eles tocam. Já pensei em trazer uns ferrinhos ou uma pandeireta, para isto não ficar tão desequilibrado. A minha irmã senta-se ao piano, o meu irmão toca saxofone e a minha irmã mais nova viola. Armados em família Von Trapp. Eu cantava, se me deixassem... como diz a minha sogra, se eu gosto de cantar, as pessoas deviam deixar-me, pois cantar faz as pessoas felizes. E logo agora que com a passagem de ano não me sinto a minhoca mais feliz dessas maçãs podres que praí andam...
Em 2008 vou mudar de cidade, começar um emprego novo e ainda não sei que mais surpresas o ano me reserva. Mas não me queixo do ano que passou. Superou as minhas expectativas. Como último desejo, gostava de pedir à fada das resoluções que me realizasse o desejo de me embalarem em vácuo com a cabeça de fora. É algo em que penso todos os dias. Porquê não sei.
Ah, e neste ano que aí vem o Bola quer comprar um carro novo. Seat Leon. É favor deixarem aí nos comentários as más experiências que tiveram com o carro, quem as teve, façavor.
ele até piano toca
Este foi o meu filme de Natal.
sexta-feira, dezembro 28, 2007
não dá para saltar o fim-d'ano?
Assim como me cheira que o meu fim-de-ano vai ser assim pró secante. Eu nao queria passar o fim-de-ano na Alemanha. Eu andava ainda a decidir em que dia regressar das férias do Natal quando o Bola me diz que já tinha comprado o seu bilhete com regresso a 31 para passarmos a o fim do ano juntos. Romântico, porém desnecessário. Com os amigos dele, em casa deles, assim pro hippie. Apesar de eu ser toda make love not war, não tenho muito em comum com eles. E não me refiro à parte de eu não conseguir estar a menos de um metro do cabelo - ninho de ratos - de alguém com rastas. Eles são pessoas normalíssimas, mas na verdade temos pouco em comum. Por exemplo, eles gostam de preto, eu é mais de vermelho e azul. Eles dizem para quem quiser ouvir que o Pai-Natal não existe e eu SEI que ele existe. Além destes motivos já fortes q.b., não gostei que me tivessem ficado com um toalhão de banho que lá deixei há precisamente um ano. Fico com um pó a pessoas que não devolvem as coisas, mas isso é tema para outro - possivelmente repetido - post. Bom, como vou ter de gramar com os amigos hippies dele na passagem de ano e ter de tentar ser cool, o que nem semopre é fácil, parece-me que tenho duas hipóteses: a)a mais aplaudida e imitada por tantos outros dada a ocasiao: embebedar-me; b)... pois, não há b. Desta vez, não há opções, sendo que não vou poder aquilo que eu mais gostava de fazer. Dormir. Aterrar na cama e acordar no novo ano.
Sou daquelas pessoas anti-festejos-de-fim-de-ano. Há quem prefira termos como insossa ou choca.
Agora vou ali fazer a minha lista das 5 resolucões para 2008. É um must. Combinei com o Bola que vamos trocar impressões acerca das resoluções de cada um, na viagem de comboio para casa, na terça-feira. Cinco resoluções cada um.
Agora deixo-vos um tema de alegria para ouvir alto e mexer a cabeça assim prá frente como aqueles cãezinhos que nós, portugueses emigrantes que falam a língua estrangeira bem alto quando vamos pagar na massimo dutti para todos ouvirmos bem, trazemos na parte de trás do carro, a abanar a cabecinha. Haja alegria!
Entre outras razoes pelas quais eu preciso de vir regularmente a casa, é tudo aquilo que o Vitinho por exemplo, simboliza. Eu nao era assim muito pequena na altura deste Vitinho, mas era pequena. E tenho saudades desse tempo, tantas, que às vezes quase que arranco um dente à força para o deixar debaixo da almofada para a fada dos dentes me realizar este desejo. Isto é incrivelmente infantil, eu sei, mas tenho saudades de morar em casa dos meus pais, de nao ter preocupações, de não ter contas para pagar nem decisões à espera de serem tomadas. Tenho saudades de nao ter assinatura e de não precisar dela para nada. Saudades de sonhar com o quando eu for grande. Saudades de não precisar de bilhetes de avião. Muito menos da Ibéria. Apetecia-me ser o Vitinho. Até na parte que desliza nu pelo lençol abaixo. Acima de tudo, apetecia-me muito voltar a ser criança. Esfolar os joelhos. Ouvir as cassetes dos Ondachoc até a fita romper. Ver o Duarte & Companhia e achar aquilo super fixe. Sonhar com o Michael Knight.
Os meus sacam dos vídeos de quando eu tinha dez anos e depois dá nisto, nesta recusa de viver o presente. Ter saudades é uma chatice.
quinta-feira, dezembro 27, 2007
fantasias de Natal, qual é a tua?
E termino com o título do post. A minha é com o Ricardo Araújo Pereira, um nome que não me canso de repetir, de franjinha, com aquele tique dele à cromo do anúncio do sapo. Se o Ricardo nao puder, pode ser o David Fonseca a assobiar como faz no início do seu novo tema, aí apareco eu e ensino-o como se pronuncia superstar, sem fechar a boca.
domingo, dezembro 23, 2007
encomendas de todos os tamanhos
Se eu tenho a opcao de aparecer em casa dos meus pais, sem avisar, antes do Natal, dentro de uma caixa de cartao, porque haveria de querer que ele soubessem antes, aparecendo da forma mais banal possivel, de mala na mao pela porta adentro? Nao. Sem piada. Um bem-hajas ao efeito surpresa! E posto isto, posso agora depois destes dias de ausencia contar que estou em Portugal e que nao fui passar o Natal a Moscovo. O Bola é amoroso, como só ele sabe ser aos domingos, e há duas semanas atrás convenceu-me a vir passar o Natal a casa. E eu nao insisti muito em ir a Moscovo, para que forcar algo perante o qual o meu coracao se enrugava e comecava a ficar pequenino?
E entao dei 5 euros à minha irma para ela me arranjar uma caixa onde eu coubesse para prepararmos o nosso número. E assim foi, apareci em casa, com a ajuda dela, dentro de uma caixa de cartao com um grande laco em cima. A minha mae teve uma reaccao que deixou todos com um pouco de medo, a certa altura pensei que ela voltasse a fechar a caixa e me despachasse para o posto dos correios mais próxims, mas surpresas destas nao contemplam devolucoes. A minha mae nao é a melhor amiga das surpresas, pronto. Mas já me sentou ao colo dela e me convenceu que gostou muito da surpresa. E que infelizmente, a máquina de secar fica para a proxima.
Quando se tem uma caixa do nosso tamanho, é difícil parar de insistir em saltar para dentro dela sempre que aparece alguem novo.
Tou em família, tá calor, o sol brilha e já mimei o estomago com todas aquelas coisas com que vou sonhando no país das salsichas. Só me falta mesmo o Bola, mas por dez dias sabe bem viver sem traducoes.
quinta-feira, dezembro 13, 2007
tantas meninas, assim de repente
- Suas brutas, é para saborear e nao para despejar! Vamos lá beber outro mas desta vez como deve ser.
Depois, como elas nao mostraram grande interesse no sessao de fotos da minha infancia, que eu tinha preparado para lhes mostrar, na temática para-nos-conhecermos-melhor, ficámos na sala sentadinhas a fazer o que as gajas fazem de melhor quando de juntam. A falar mal umas das outras, portanto. Bom, nao foi bem falar mal (que é outra coisa que nós dizemos, pra sermos politicamente correctas), foi falar a verdade. Um especial obrigada ao Bola que cozinhou lindamente e se enquadrou, conseguindo quase ser one of the girls, por uma noite. Até na história dos tampoes, ele nao me desiludiu, ouviu, rindo-se, sem fazer aquele esgar de nojo que o sexo oposto faz quando se mencionam palavras como fluxo, tampoes, período ou ovulacao. Uma colega minha, quando morou nos Estados Unidos, na falta dos tradicionais ob's (marca dos tampoes, que eu imagino que seja o signficiado para O.h que B.om) teve de usar tampax e como nao sabia que o aplicador era só para ser usado como tal, enfiou aquilo tudo para dentro de si e só algumas horas depois achou que algo nao estava bem. Um certo desconforto. Uma história bonita, que me fez sentir saudades da revista Maria, essa revista do povo, pocket-size, que cabe em qualquer carteira e que traz fotos dos bebés mais bonitos do mes. Tao lindo.
Deitei-me tarde, acordei com sono, fiz uma malha na meia-calca (collants diz quem é sofisticado) e tenho uma cozinha que causaria arrepios a pessoas com a mania da organizacao. E on top of that, logo tenho aula de ingles, por isso vou corrigir TPC's de desde há 6 semanas e rir-me um bocado com as asneiras, que isto de ter de trabalhar nao tá com nada.
quarta-feira, dezembro 12, 2007
car...que?
Bom, mas estava eu a ver dos vinhos (acabei por comprar um californiano, a pensar na chiqui, leitora assídua do meu blog) quando o meu campo de audicao acende a luzinha portugues, e eis que levanto as antenas e lá estao, aos magotes. Pergunto ao Bola se é hoje o dia da Construcao Civil e perante a sua resposta, intrigo-me com tanto macho latino junto num espaco de 10 metros quadrados. Estarao a dar baloes? Há alguma coisa de borla? Comeco a examinar o carrinho das compras dos meus compatriotas e vejo que realmente o carrinho nao podia ser mais portugues. Água sem gás, tintol, pao, fiambre e queijo. Nem foi preciso ouvir mais um caralho pra ver que se tratavam de portugueses. Gostei das camisas abertas até ao umbigo e dos pelos selvagens que se enrolavam uns nos outros e nos fios de ouro. Havia outros mais discretos, apenas com um botao aberto, mas a quantidade de pelos desejosos de se escaparem pelo pescoco era tanta, que posso jurar a senhora da caixa até corou ligeiramente perante a presenca de tanta testosterona. Eu estava imóvel, pois o Bola agarrou-me pela cintura e amordacou-me* a boca e dizia-me num tom repressivo nao vais a correr dar-lhes o teu telemóvel, vá, contém-te, eu sei que tu consegues. Nao sao portugueses, devem ser russos. Entretanto, eles pagaram os seus 3 carrinhos de compras e foram embora enquanto nós colocávamos as nossas nos sacos. No final, ainda me atirei pra dentro do carrinho e apressei-me a deslizar pelos corredores fora para me amandar contra o carrinho deles, mas sinal deles já nao havia. Acho indecente o Bola nao ter compreensao para as minhas fantasias. Ando há anos a tentar convence-lo a realizar a mais simples de todas, de cozinhar para mim, nu de avental. Até hoje nada. Ontem estávamos com uma boa chance para a minha fantasia numero 2, onde curiosamente nao entra o Ricardo A. Pereira, mas 10 homens das obras com barrete de Pai-Natal e o Bola bloqueou-me os movimentos. Só vos digo, este Natal realmente nao me está a sair nada de jeito. Alguém que me ponha a cloroformio para o resto destas festas, pode ser? É que se nao for assim, acho que vou passar a ir todos os dias ao mercado de Natal para repetir a proeza de sábado.
* verbo novo
ainda ha lugar na mesa, quem quer vir?
segunda-feira, dezembro 10, 2007
Como o Bola chegou a casa torto no sábado e, ontem à noite, esteve a ver futebol com o vizinho e marcharam mais umas quantas cervejas, aconselhei-o hoje a por bastante perfume, nao vao os poros dele desapontá-lo na entrevista e o seu odor a cerveja estragar aquilo que eu tenho vindo a arranjar com tanto cuidado. Nao me parece que se eu tivesse que entrevistar a alguem para emprego, a minha escolha fosse cair no gajo com perfume super bock.
Se a entrevista correr mal, afogo as mágoas no ikea, comprando daquelas coisas inúteis que nao fazem falta nenhuma, mas que normalmente no calor do momento, sao tao mas tao necessárias. Tipo um quebra-nozes.
Entretanto, sonhei com o Ricardo Araújo Pereira. Sonhei que era eu a gaja do anuncio do sapo, que bate à porta da casinha da montanha e quando ele diz o que tu queres sei eu eu, eu digo e sabes tu muito bem e atiramo-nos para o chao rebolando ao lado da lareira. Espero tao cedo nao voltar a chamar Ricardo ao Bola.
domingo, dezembro 09, 2007
contas conjuntas
O Bola seguiu caminho na direccao oposta com o meu vizinho de baixo, depois de me rapinar 40 euros na carteira. Mas pronto, isto dos casamentos é no que dá, os meus pais dao-me uma prenda mega-generosa de Natal e é dois dois, eu faco um 4 no totoloto e ganho 35 euros e também é dos dois, e o meu marido prepara-se para mandar abaixo umas quantas cervejas e também sai do dinheiro que é dos dois. O que vale é que eu posso ser um pouco materialista, mas nao sou muito picuinhas. Chateia-me mais ter de partilhar a cama com um bafo a álcool do meu companheiro de cabeceira, e o cheiro a fumo que emana dos seus cabelos, do que de vez em quando, afundar uns quantos euros em álcool. Pra esquecer as mágoas ou pra me rir forcadamente.
O problema foi que às tres da manha, decidi telefonar-lhe para saber onde ele andava, pois 40 euros nao dao para seis horas de bebida non stop.
- Bola, onde é que tu estás? Nao achas que já chega?
- Eu? Deixa ver... aaahhh, perdi o meu casaco. (diz um Bola embriagadíssimo, a arrastar a voz) Estou aqui a procurar o meu no meio de centenas deles, mas.. ahhh... eu preciso do meu casaco.
Como uma das licoes que já aprendi com ele das nossas saídas à noite quando nos conhecemos, é que nao vale a pena alimentar conversas com ele depois da 6a cerveja. Portanto, desliguei o telefone e disse que procurasse se quisesse, depois de eu ter ficado deprimida um fds inteiro com o preco do casaco, era mesmo bom que o encontrasse.
Passada uma hora, acordo outra vez e como o único corpo na cama ainda era o meu, voltei a ligar.
- Bola, o casaco? Continuas à procura?
- aaahh.. nao sei. Já devo ter visto uns 100 casacos mas há aqui milhares. Mas eu quero o meu casaco. Só me vou embora depois de encontrar o meu casaco. bla bla bla bla (várias frases desconexas, sempre a acabar com casaco nao sei que)
Desligo o telefone, fula da vida e enquanto me vestia AS QUATRO DA MANHA, pronunciei todos os palavroes que conheco em postugues, espanhol, alemao e ingles. Depois desci as escadas e a meio do caminho prá discoteca, vejo aquele corpo aos esses, olhos de quem ja nao sabe onde está, e lá comeca ele aos gritos do outro lado da rua eu quero o meu casaco, roubaram-me o casaco? Mas eu gosto tanto do meu casaco.
Eu queria ir la com ele e procurar eu, porque com a borracheira com que ele estava, é natural que tenha pegado dez vezes no casaco dele e nao o tenha reconhecido, mas o Bola ruminava que nao podia ser, que era preciso nao sei que e pronto, entrámos em casa e ele desatou aos murros à parede. Ah, valente! Os homens sao seres tao tristes às vezes... pra que dar um murro num bloco de pedra quando sabem que vao desfazer a mao toda? E depois pergunta-me se eu sei o quanto ele gosta do casaco. Saiam já dois pares de estalos.
Mandei o Bola ir comer um iogurte e nao aparecer no quarto a cheirar a copos e fumo antes de eu adormecer.
Quando era mais nova, acreditava que os gajos depois dos trinta ganhavam juízo. Se é pra isto, queria por favor devolver o gajo e se fazem favor, mandam-me um exemplar novo, sem mimos nem vícios. É Natal e tal...
sábado, dezembro 08, 2007
fora de época nao, obrigada
Uma pequena nota de teor informativo. O Bola viveu em alguns países lá bem longe, onde a fruta tropical era a fruta nossa de cada dia. Por isso é que gosta de frutos esquisitos que eu nunca vi antes (carambola, ou star fruit, por ex.) e entao, ele gosta tanto de lojas de fruta como eu gosto de lojas de ferragens. Nao, acho que me enganei aqui. (mas será que eu tambem me engano?) Pronto, facam disso uma relacao inversamente proporcional, como todos aprendemos tao bem na escola.
Bom, de facto comi as 20 cerejas do Chile que nao me souberam a nada, porque estou constipadíssima. O que vale é que vou passar a tarde a embebedar-me com vinho quente no mercado de Natal pra esquecer este pré-estado gripal e já me estou a imaginar, depois de dez copos, agarrada a algum desgracado com mais de 60 anos, a chorar, a perguntar se tenho mesmo de ir passar o Natal a Moscovo. Resmas de pessoas que querem ir a moscovo nesta altura, porque é que me fazem ir a mim?
as verdadeiras prendas nao se compram, fazem-se
segunda-feira, dezembro 03, 2007
quando se abre a primeira, ja nao se consegue parar
doutor porque?
Eu confesso que este assunto me causa uma confusao enorme. Eu gosto que me chamem menina, as pessoas mais velhas chamam-me frequentemente menina e eu gosto. Gostava de saber quem foi o palhaco que comecou esta moda dos doutores que nao os sao. Quando o sô doutor é médico e tal, pronto mas no meu caso, ora vejamos, eu licenciei-me na Faculdade de Letras e apesar de nao trabalhar na área em que me formei, brinco aos professores aqui uma vez por semana. Alguém que me diga por que carga de água eu agora dava em doutora. Talvez se eu viesse duma aldeia onde fosse a unica que tivesse sentado o meu rabo bolorento num anfiteatro duma universidade. Sim, alias, parece-me que foi assim que tudo comecou.
acordar antes das oito pra isto
a dor de nao se ter aquilo que nao se pode
Esta chuva é uma grande caca, pois estraga o conceito maravilhoso do mercado de Natal. No mercado de Natal, estamos todos agarrados às nossas chávenas de vinho quente pois costuma estar neve e frio. A chuva estraga tudo. Dilui o vinho quente, no meu caso Kinderpunsch, pois sem álcool sabe melhor. O meu fds foi passando em estado de pré-depressao. Hoje em dia toda gente banaliza a palavra depressao, deprimida, etc, que eu prefiro primar pela originalidade e ficar na fase anterior.
Eu e aquele gajo alto com quem moro fomos ver apartamentos. Um deles era perfeito. Pela primeira vez, entendi que a palavra penthouse vai muito além dos títulos das revistas com títulos sugestivos das áreas de servico. Uma penthouse é uma casa de sonho. Toda envidracada, com dois terracos, numa zona privilegiada da cidade, com uma vista maravilhosa. É pena a renda ser um terco do que eu e o Bola ganhamos num mes. E a pensar na penthouse, entrei na pré-depressao este fds. E como se caracteriza uma pré-depressao na minha pessoa? Basicamente é nao sair de dentro do pijama e andar pela casa, passando demasiado tempo no sofá ou na cama. A única coisa que me fez sair de casa foi o mercado de Natal. Nao sei se já disse aqui, mas nao há nada que eu nao faca por um pao com salsicha. Ou acham que vim parar a este país por acaso...
domingo, dezembro 02, 2007
um pouco de materialismo nao faz mal
Das malas (e agora é que vem a publicidade descarada) George Gina & Lucy gosto de quase todas. Tenho andado atrás, por exemplo, deste modelo aqui. Até que hoje, o Bola bebericava o seu café e me diz com a sobrancelha levantada:
- Tu nao vais comprar essa mala, entao nao temos que poupar?
Como o Bola nao é nada de me dizer para nao comprar coisas, até porque em materia de prendas, para com ele, eu sou muito generosa, algo me diz que ele me vai oferecer uma GGL no Natal. Aí é que se coloca o meu problema, pois nao sei se ele vai acertar no modelo que eu quero ou, no caso de ele querer mesmo poupar e nao ter mala nenhuma para mim, fico a ver navios e bem posso dizer adeus a todas estas que tenho nos meus items observados no ebay.