Relatos de uma Minhoca de sandália e meia branca

sexta-feira, janeiro 30, 2009

... e o slip do vizinho

Isto de ser casada com um gajo que papa tudo o que é futebol, é realmente chato. Eu devia ter pensado nisto antes de ter pronunciado o meu sim. Se forem dias em que jogam equipas menos importantes, pronto, ainda dá para mudar de canal no intervalo, falar com ele sobre o que vamos fazer amanha e mesmo deitar o meu encéfalo no seu colinho. Agora, em dias em que joga o FC Bayern, especialmente quando está a perder, é impensável eu penetrar uma área que comporte menos de dez metros do sofá. O Bola assiste, com os olhos raiados ao jogo, insulta a televisao, grita, esperneia, arranha a cara, salta, enfim, é um drama do qual convém eu manter-me afastada. Já aconteceu eu estar ao telefone com alguem, num outro quarto, e o meu interlocutor achar que o Bola me estava a bater. Só para verem.
E depois ainda empurro o cestinho da roupa que recolhi do estendal e digo assim a medo, a gaguejar
- Pod...dias pelo me...menos dobrar umas meias ou umas cu..cuecas... até que ele desata a gritar de novo e eu concluo que dobrar 50 meias pretas todas iguais e as minhas cuecas, é algo que o Bola quando faz, faz obrigado, portanto em dias de futebol sugerir que ele se pode entreter assim é o equivalente a sugerir que no próximo fds podíamos ir a Marte. Mas nunca mencionem isto de ele dobrar roupa interior em frente ao televisor, tenho pra mim que é algo de que ele se envergonha. Um dia destes, tocou o vizinho de cima à porta - que é um pao e nao usa boxers, mas sim slip - e quando eu o convidei para entrar, estava o Bola sentadinho no sofá com tres montinhos de cuecas minhas mal e porcamente dobradas, mas o que conta é a intencao. Foi hilariante ve-lo empurrar os montinhos para debaixo das almofadas e depois por o cesto ao meu lado, como que a mostrar que quem dobra roupa sou eu. Ele é muito homem.
Portanto, digam-me, companheiros, voltando ao tema inicial de queixume, de que me adianta ter um televisor moderno, quando o futebol me anula as noites em que poderia aninar nas almofadas e emocionar-me com o Dr. Phil, e além disso, tenho um televisor que oferece uma qualidade estupenda, à qual o sinal da tv cabo por satélite nao corresponde. De que adianta? Full HD para que? 42 polegadas para que? 100 megahertz para que?

Um dia destes conto como descobri que o meu vizinho usa slip, um cuecao cinzento e tao fininho que de certeza que já o usa desde a escola primária. O que me faz pensar. Mas nao espalhem por aí, ninguem sabe que eu sei. ssshhhhh.

bricolage

Foi a primeira vez que preguei um prego, passo o pleonasmo, portanto acho que este momento deve ficar registado. Peguei no martelo, pus o prego, montei o relógio e fiz a minha cozinha muito mais feliz. Até porque em dias de futebol, tenho de me entreter com alguma coisa...

disto nunca se tem muito


Esta foto é dedicada à Amante Portuguesa. Sempre que olho para a confusao que reina no meu armário dos tamparoleres*, lembro-me dela, e da minha boca aberta e a salivar quando ela contava acerca daquela noite, em que nao conseguia dormir e assim, vai daí, decide ir arrumar o seu armário dos tamparoleres* às tantas da manha, cada um com a sua tampa. Nao foi querida?
Como eu sei que ela nao estava a gozar, primeiro fiquei incrédula, mas depois preocupada.
Ora, quando vejo o meu armário neste estado, em que até tenho medo de tirar uma tampa, nao vá o meu castelo de cartas cair todo, penso nela. Com carinho. Especialmente às quatro da madrugada.

* depois de uma pesquisa efectuada em 48 pessoas, concluo que apenas 8 souberam escrever a palavra tupperware de forma acertada. Quatro dessas pessoas tinham conhecimentos de alemao. O resto nao andou muito longe disto.

terça-feira, janeiro 27, 2009

único momento lúdico de hoje

Durante a manha, na cozinha, encontro-me com uma colega que estava cortar fruta aos quadradinhos. Eu, a fazer o meu chá Tetley 'mais energia'.
Ela: Entao, tá tudo?
Eu: Epá, mais ou menos, estou mesmo a precisar dum chazinho para ver se acalmo. Sabes, esta manha, nao tinha leite no frigorífico, agarrei na única coisa que tinha à mao para beber, que era vinho branco. Sinto-me um bocado a levitar...

A cara dela. A boca aberta. E os meus risos com roncos.Estas sao as pequenas coisas que justificam a alegria de ter um emprego. Os colegas e as suas reaccoes.
Entretanto, acho que vou dormir que o meu dia hoje foi desinteressante. E nao consigo ouvir mais o Bola a falar na qualidade dos leitores blue-ray e no porque de os televisores LCD serem melhores que os Plasmas. Acho, aliás, que se agora tivéssemos um filho, a primeira sugestao para o nome ia ser Blue-ray. Blue do processo de nascimento. Ray porque Raimundo é um nome sugestivo.

e pensar que já fui a Leiria por causa dele

A noite passada sonhei com o David Fonseca. É nesta parte que alguns dos visitantes abandonam o blog, pensando, é para esta porcaria que eu aqui venho..., vou voltar para o blog do Pacheco Pereira. Vá, saiam, mas de mansinho para nao perturbar. Entao, o David estava sentado no meu sofá country e estávamos a apertar a ponta do nariz um do outro, a brincar ao o-meu-nariz-é-mais-mole-do-que-o-teu. Para quem nao sabe, a minha cartilagem no nariz dá de si, com o passar dos anos isto vai ficando pior, eu acredito mesmo que daqui a cinco anos será possível pressionar de tal forma o meu nariz, a ponto de este se afundar pela minha cara adentro, passando eu a ter semelhancas com o gajo do homem-elefante.
Eu estava deitada com a minha cabeca no colo dele e ele ia-me fazendo festinhas no cabelo. Aproveito para dizer às meninas que ainda nao encontraram a sua soulmate, para darem especial relevo ao facto de essa soulmate saber festinhas no cabelo. É importante, uma mais-valia. Bom, para terminar esta história que nada tem de picante, o David depois foi embora e disse-me que nos víamos amanha no ginásio (?). Hoje nao fui ao ginásio. Tenho medo das visoes. Em vez disso, saquei um vídeo do David na internet e confesso que ao olhar para aquele nariz, foi mesmo como se ja nos conhecessemos. (suspiro...)

hieróglifos

Hoje, respondi a um email de uma colega de quem nao gosto muito, com um smiley. Ela tinha-me agradecido por qualquer coisa. Ah, por eu respirar, ja sei. Ela veio até à minha mesa perguntar o significado daqueles sinais. Eu nao percebi. Mas afinal quem nao percebeu mesmo foi ela. E sem sarcasmo, sem ironia. Ela nao entendeu isto (depois da seta) ---> :)
Ali estava eu, enterrada na minha cadeira, a combater o sono daquela hora perigosa - entre as duas e as tres - fazendo minhocas com clips, enquanto bebericava o meu cappuccino, quando me aparece esta saloia com a missao de me obrigar a pensar.
Depois de ela se ter ido embora, fiquei a pensar que quando se tem um cérebro do tamanho duma caganita de gaivota, realmente, nao se pode esperar mais. Mas engracado de me fazer chegar quase aos roncos de riso (ultimamente, dá-me para isto, qualquer dia comeco a espumar pela boca de tanto rir), foi quando em tom de agravada irritacao por entretanto muitos dos meus colegas se terem erguido das secretárias, movidos pela incredulidade, ela atira:
- Desculpa lá eu nao dominar esssa linguagem de telemóveis e chats, eu sou uma mulher casada e preocupo-me com cozinhar essas coisas, nao tenho tempo para me dedicar a aprender esses hieróglifos.
Passou-me o sono, juro. Amanha vou baralhá-la, vou-lhe mandar um mais difícil ---> :-)
(com nariz, portanto)
É nestas alturas que penso no que a minha Mae me dizia, que nao se deve brincar com características dos outros, que eles nao podem mudar. Eu sei, Mae, eu sei.

sábado, janeiro 24, 2009

criatividade a todos os níveis

Realmente nao me tenho chegado muito perto da cozinha nestes últimos dias, mas o que interessa é que quando chego, faco algo digno de bater palmas. Portanto, hoje, depois desta minha salada inventada, parei a olhar para o prato e comecei a bater palmas a mim mesma.
Pode, na verdade, parecer um pouco murcha, porque o Bola chegou a tempo de a tentar afogar em azeite e vinagre balsamico, mas só vos digo que a combinacao anda muito perto da perfeicao.
Ingredientes: alface, alcachofra, salame, mozzarella, azeitonas, tomate-cereja.
Para acompanhar: bruschetta em ciabatta de azeitonas, bem regadinha com azeite, tomate cortado aos cubinhos e, depois de vir crocante do forne, embelezada com lascas de parmesao e rúcola. Um copinho de tinto e nao me digam mais nada. O Jamie Oliver se visse isto, convidava-me já para colaborar no programa dele.

na seccao da fruta no supermercado

tirada por mim. Num supermercado assim é que dá gosto comprar.
Entretanto, hoje o Bola ofereceu-me um espremedor de citrinos elétrico. Dizendo, claro, que agora aos fins-de-semana eu estou responsável pelo sumo. Claro, mas depois do meio-dia.

sexta-feira, janeiro 23, 2009

a melhor definicao é o título



roubado doutro blog.

love is...

- Bola, obrigada pelo espremedor de citrinos novo!
- O que? Esprem....#*!!$

- Sim, bola, e a máquina de fazer pipocas que comprei depois do fato de fada para o Carnaval.

- Pip...
fada ou fod...*#*&%$?!?!?!?!?!?!?
- Bola, e pelo bule do Snoopy cor-de-rosa. O casamento é isto mesmo e ainda bem que percebeste. O gajo ceder amigavelmente os seus dados do cartao de credito ao seu amor. Um bem-hajas. Estou agora a ver se encontro umas cuecas com 'Obama forever' estampado. Também queres? É que com a libra tao baixa, isto tem mesmo de ser.

terça-feira, janeiro 20, 2009

obamar, esse verbo

Estou sozinha em casa esta semana. Pois, agora já deve fazer sentido para muitos porque é que me fui ontem enfiar no ginásio. Hoje fui-me enfiar na aula de terca. Tenho lá um gajo no curso, que todas as semanas provoca em mim um sentimento constante e repetido: olho para a cabeca dele, assim grande e quadrada como a do Johnny Bravo e depois olho para o apagador do quadro. E apetece-me fazer pontaria. Gajo chato. Cada vez que fala, engole metade das sílabas e o resto eu que me arranje e descubra o que ele está a tentar dizer. Quando eu lhe dou a explicacao daquilo que acho que foi a pergunta, ele deve chegar à conclusao que nao era nada disso, fecha o livro, cruza os bracos e incha as bochechas. Palerma. Qualquer dia, espero que a aula acabe e quando ele já for lá fora, atiro-lhe mesmo com o apagador. Tenho a certeza que depois disso, eu até vou dormir melhor.
Até me ir deitar, tenho várias opcoes. Comer a minha sopa de ervilhas de estalar, assim devagar enquando folheio a publicidade dos supermercados que me empurram para dentro da caixa do correio quase dia sim, dia nao. Posso fazer compras online e usar os dados do cartao de crédito do Bola, que ele me deu ontem por telefone. Acho que ia ser giro ele receber o extracto e ver lá máquina de fazer pipocas e máquina automática de espremer citrinos. Acho quze até o gajo com menos humor à face da terra ia achar piada. Posso ver o Tubarao IV, de 1987, a passar agora no canal Hollywood, pois adivinha-se bom. Em 1987 tinha eu 7 anos, de certeza que nao me deixaram ver. Devia ser por causa daquela parte em que a namorada do filho da protagonista, deitada na cama, tira as cuecas e depois faz com elas uma fisga e atira para a cara do jovem. Ver coisas destas com 7 anos pode ser perigoso. Depois uma pessoa atinge a maioridade e a coisa descamba. Posso vir pra net os vídeos da tomada de posse do Obama, e por falar em posse, ali está um homem capaz de possuir muita coisa. Tao giro, pá. E nao há nada mais sexy num homem que sabe projectar a voz, eloquente, que nao deixa ninguem fazer os seus discursos fazendo-os ele próprio, a lápis de carvao. Posso fazer o meu saco de água quente e refastelar-me so sofá a ver televisao, a rir-me com os alertas vermelhos que sao dados a conhecer nos telejornais portugueses. Posso fazer uma composicao numa folha A4, com o tema 'A Crise'. Sim, porque a Crise ganhou há pouco tempo o C maiúsculo. Há uns meses, nao tinha, nao sei se repararam. Ou talvez vá para o quarto, agarrar na almofada do Bola e abraca-la, como se lhe dissesse que sinto saudades dele, mesmo que sendo só por uns dias e que é estranho estar em casa e nao sentir aquela sensacao que estou a quebrar alguma regra ou a fazer um disparate. Até a manta do sofá eu dobro, janto à mesa e nao ando de botas em casa. Só para o caso de ele aparecer assim de surpresa. E neste registo muito cheesy e deprimente, me faco ao caminho para o sofá.

segunda-feira, janeiro 19, 2009

um pouco de desporto

Quem é que comprou bilhetes para o jogo de futebol do FC Bayern contra o Sporting Clube de Portugal? Isso mesmo. No dia 10 de Marco vou gritar até os pulmoes me saltarem pela boca fora Spooooooooorting, espero nao levar porrada. Se eu depois desta data nunca mais postar, é porque me apercebi tarde demais que estava na claque errada. Recordem-me com carinho e envolvida em verde.
E já que estamos na temática desportiva, deixem que conte que hoje fui novamente ao ginásio e reparei que ir a um ginásio na Alemanha faz festinhas ao meu ego. Eu, gorda? Quando? Como? Gordas sao aquelas que lá estao no balneário, que acabam por parecer mais gordas, por causa da juba que teem abaixo do ventre, se é que me estao a entender. Sao gajas nas quais a gente se confunde, pois nao sabe se a púbis é em cima e o cabelo em baixo ou o contrário. Contive-me a tempo e nao gritei. Até porque num balneário alemao, nao ha grande espaco para a expressao de emocoes.
Agora, o que me chateia mesmo sao aquelas gajas, que tendo todo o espaco do mundo, decidem abanar os seus corpos a uma distancia pouco aceitável. Ou seja, enquanto eu hoje apertava os atacadores, tinha o rabo duma quase a esfregar-se na minha cara. E confesso que isto me incomodou, especialmente pela posicao em que ela estava. E, convenhamos, para quem precisa de animo para ir ao ginasio como eu, nao pode passar por estas situacoes nas primeiras vezes.
Depois, como esta aventura no ginásio é repleta de momentos lúdicos, eu confesso que nem sei bem por onde comecar! Pelo gajo que - sem exagero, isto é real - estava a fazer musculacao de PIJAMA!!! Nao é exagero meu. Aquilo era um pijama. De facto. Depois, a gaja que estava ao meu lado numa máquina que nao é para correr nem para andar, mas algo no meio, de camisola de mangas compridas e GOLA ALTA. Eu juro-vos que eu achava que estava no filme errado. E como fui sozinha hoje, no meio destes sustos todos, nem pude partilhar isto com ninguem. Mas cheguei à conclusao que preciso de um ai pode, ai pode? Ah pois pode, e é o mais rápido possível. Especialmente para eu enfiar os auscultadores pelos tímpanos adentro e nao ter de ouvir as respiracoes ofegantes dos palhacos que se sentam na máquina ao lado da minha, a hiperventilar, armados em Rambos. E depois senti que o gajo-pijama andava sempre perto de mim, o que causa em mim sentimentos estranhos, num ginásio. Comeco a procurar mantas e situacoes de sono.
Ora bem, se foi tudo más experiencias hoje? Nao. Como tirei a alianca para ela nao escorregar (eheh), parece que a minha t-shirt a fazer alusao à escravidao humana, chamou a atencao de alguns amigos. E descobri que sim, o ginásio é um local de engate. Há de tudo. Há aqueles muito metidinhos na sua vida, que até exercitam de olhos fechados, com mais pesos do que podem aguentar, há aqueles que se colocam estrategicamente para poderem galar tudo o que tem mamocas saltitantes, e há daqueles que vivem no ginásio porque viram na televisao que as gajas gostam de gajos duros, para quando os abracarem à noite, antes de adormecerem, esmagarem as maçãs do rosto.
Para terminar este post, que hoje ninguem me pára, antes de perguntarem o que é que se passou para eu ter decidido inscrever-me no ginásio, eu conto. Foi no dia da minha primeira aula deste semestre. Quando comecei a apontar no quadro os trabalhos de casa, senti pela primeira vez, as minhas nádegas a abanar enquanto escrevia. Foi um drama. E verídico.Hoje quando me lembrei (tinha de me agarrar a algo!!), até me vieram as lágrimas aos olhos. Este rabo já foi tao durinho. Que nem um melao. Chuif.

domingo, janeiro 18, 2009

à minha janela

Esta foto foi tirada da janela do meu quarto. Tem sido a vista que me dá os bons-dias desde que cheguei. Alguem pronto para troca de casa, de vida?

é azul mas nao mata

- Entao, estás finalmente a comer as tuas coisas bolorentas?
Isto diz-me o Bola, com um sorriso malicioso, ao mesmo tempo que eu me preparo para levar à boca uma garfada da alheira de Mirandela, que está há uma semana à minha espera do frigorífico. Conta o nosso passado que uma vez, o Bola colocou o nosso casamento em risco, ao deitar fora dois pedacos de queijo amanteigado, só porque tinham um pouco de bolor! Desde essa altura que ele sabe que o frigorífico pode ficar com bolor nas prateleiras todas e até na porta, mas a última coisa que ele vai fazer é atirar fora a minha comida-conforto, que veio com tanto carinho de Portugal.
Ao fim da tarde, foi-se por uns minutos atrás de mim na cozinha enquanto eu descascava o bolor que ameacava o meu queijo, até que eu dou um salto, assustada quando ele diz alto VAIS MESMO COMER ISSO? O Bola fica enojadíssimo com bolor e já me tentou convencer que mesmo que eu retire a casca de fora, a comida já nao está boa, que só pertence a um lugar, ao lixo. Mas eu nao quero saber. Se for comida de cá, vai logo fora. Mas a minha comida-conforto é para ser debicada até ao último bocadinho.
A alheira nao estava com bolor, mas estava com um aspecto a caminhar para o doente. O Bola quando viu a alheira a abrir-se toda na frigedeira durante o processo da fritura, ficou ainda mais enjoado e nem depois de eu repetir onze vezes que nesta vida devemos provar de tudo e bla bla bla bla (ou quase) , ele acedeu a provar. Portanto, comi eu a minha alheira, com batata cozida regada com azeite e feijao verde. É comida que me alegra.

pensando alto

Na semana passada pediram-me para marcar a cor, num calendário, quando pretendo tirar os meus dias de férias em 2009. Isto pressupoe um cálculo antecipado de quem quer dias quando, para assim chegarmos a acordo no nosso departamento quem pode tirar férias quando. Ora bem, sao 30 dias úteis. Isso mesmo, nao me odeiem mas na Alemanha seis semanas é absolutamente normal. Como vou eu distribuir até ao fim do mes 30 dias úteis pelo ano todo, quando ainda nao sei nada relativamente a férias...? Por outro lado, eu e o Bola casámos em 2006 e desde essa altura que andamos a dizer que vamos à Índia. Como eu, entretando, mudei duas vezes de emprego e agora foi ele, a verdade é que temos os dois os pés demasiado colados à terra para nos pormos a fazer férias grandes e longas, perante a incerteza de manter o emprego. A ideia é irmos em Fevereiro de 2010, mas nao sei se deva falar muito nisso, pois esta pode ser inatingível, a tal viagem que queremos fazer mas nunca fazemos. Como a ida dos meus pais a Mocambique.
Bom, a única coisa que sei é que iremos 4 dias a Edimburgo, entre Marco e Abril. Um fim-de-semana prolongado, portanto. Depois deixo sempre dias de férias em aberto para as visitas que veem conhecer o País das Salsichas. Portanto, contando com duas semanas de férias de praia em Julho, já fico com metade das férias marcadas. Acho que me vou atrever a transformar duas semanas de praia em tres, já que este ano ninguem lá no trabalho pode tirar o mes de Setembro...
Isto nao dá para mim. Chegada de férias e apanhada no deprimente Inverno alemao, a ter de pensar em férias que só vao acontecer daqui a meses, é estranho. Portanto, decidi agarrar num calendário e abrir ao calhas, e assim marco as minhas férias.

sábado, janeiro 17, 2009

o último antes dos 30


O bolo andou um pouco aos encontroes no carro, mas chegou à mesa ainda antes de eu me levantar.
Só me ocorreu uma coisa: em que parte estao os ovos moles, ...dentro?
Estou a pensar seriamente em sextas-feiras próximas experimentar colocar soporífero na comida do Bola, a ver se pelo menos assim, ele me deixa dormir até ao meio-dia de sábado. É impressionante como de hora a hora faz qualquer barulhinho ou comeca a falar sozinho, para ver se eu acordo. Quando lhe pergunto, ainda com o cabelo desgrenhado e olhos remelados, se é pedir assim tanto que me deixe dormir uma vez por semana até à hora que eu quiser, respondeu-me que assim é como viver sozinho. ENTAO QUE VIVA SOZINHO! Nem no meu dia de anos.. pá, prá próxima, leva com o bolo na tromba. Quando me perguntou o que é que eu queria fazer hoje, por vinganca respondi que quero ir ao Ikea, a um sábado, ehehehhe.. e só lhe vou dizer que era uma brincadeira quando la chegarmos à porta.

quinta-feira, janeiro 15, 2009

Emigrante em Coimbra

baixem la as pedras

Só queria que ficasse registado que eu faco parte daquele grupo, provavelmente pequeno, que conseguiu ver alguma normalidade nas palavras do cardeal D. José Policarpo. Nao havia mais notícias interessantes para discutir, as pessoas, como querem um bode expiatório para poderem atacar na conversa de café, armam-se agora muito ofendidas, como se elas próprias, pensando um bocadinho, nao conseguissem ver que a intencao dele era uma que podia vir de qualquer um de nós.
O problema é que ele tem a posicao que tem e disse-o para os meios de comunicacao. Pronto.
Se eu tivesse uma amiga minha prestes a casar com um muculmano, talvez conversasse com ela. O politicamente correto aqui nao é a solucao. E como tudo é passageiro, amanha ou depois já aparece um escandalo qualquer com os amores da Elsa Raposo ou imagens do Carlos Cruz a ameacar que salta da ponte se nao for absolvido e ja ninguem se lembra desta história.

quarta-feira, janeiro 14, 2009

vergonha é roubar e ser apanhado

Tenho bolor nas paredes de casa. Pronto, pronto! Já disse. Nao ha que ter vergonha de ter bolor num quarto da casa. Da mesma forma que nao há que ter vergonha quando se vai à farmácia comprar canesten, alias porque caso nos passe pela cabeca ter vergonha, a senhora da farmácia ja nos colocou no saquinho um grande panfleto da marca, cujo slogan diz NAO É PARA TER VERGONHA. Eu atirei-lhe aquele olhar vergonha do que, ó minha pastelona? É que eu desenvolvi olhares para todas as situacoes. Eu consigo dizer frases só com os olhos. Especialmente nos restaurantes, a pedir o meu prato e tal.
Portanto, eu hoje decidi falar de coisas das quais se pode eventualmente ter vergonha. O Bola, por exemplo, tem vergonha de andar com um carro velho. Eu ando com o carro velho, eu que tenho de percorrer 11km e sair da cidade, para que ele possa levar o nosso outro carro para o trabalho a 1 km de casa, e colocá-lo no parque onde se encontra com os colegas.
Eu tenho vergonha de aterrar em Munique e ser da mesma nacionalidade dos quatro azeiteiros anormais, que vieram o voo todo e durante o percurso desde a saída do aviao até à recolha da bagagem, a vomitar o seu repertório de ordinarices de homens das obras.
Eu tenho vergonha de ter ido jantar a casa de uns amigos que conheci através de outros amigos e de nunca mais ter falado com eles ou retribuído o convite, por eles serem imensamente chatos e uma companhia que me dá sono. Ora bem, tenho um sofá novo e um marido, lá preciso de mais alguma coisa para ter sono? Pois, perceberam, nao é?

so much love will kill me

Hoje dizia-me uma colega minha que tem pena de nao compreender o meu humor sempre, porque sente que às vezes parece que eu estou a dizer algo com piada, mas que ela nao apanha. Voces vejam bem com que pessoas eu tenho de trabalhar, ha... eu ainda estive para lhe dizer que eu tambem sofro, porque há comida que eu nao consigo apreciar que provavelmente é muito boa, rematando com aquela cara que se costumava fazer como que a dizer que chatice, nao posso mesmo fazer nada, que duma forma popular, eu gosto de chamar cara de prisao-de-ventre.
A minha colega mais fixe abandonou-me. Foi promovida. Fiquei com colegas mesmo ao meu lado com quem nao tenho muito a ver. A crise na indústria alema já viveu realmente tempos prósperos, nao será grande surpresa se na empresa onde eu trabalho forem tomadas medidas no sentido de cortar horas de trabalho. Ouvi falar nisso hoje pela primeira vez. Basicamente, passa-se a trabalhar menos, podendo chegar a dois dias inteiros de fare niente, o empregador paga metade do meu salário e o estado 25%. Claro que nao é uma situacao ideal, mas há que tentar procurar aquele bright side of life. E neste caso, eu acho que consigo. Aguardemos...
Entretanto, amanha comeca um bloco de aulas de conversacao, que me perguntaram se eu nao me importava de dar. Claro que nao. Falar é o meu forte. A conversation vai ser toda minha. E como os meus actuais alunos parecem amar-me com todas as suas forcas, alguns dos que tenho no outro curso, decidiram ir a correr inscrever-se neste para me poderem ver pelo menos mais uma vez por semana. So much love will kill me. Uma das frases mais ouvidas do Bola.

um bem-hajas à imperial

Algo me diz que ando um pouco descompensada, talvez se deva ao facto de estar na semana pós-regresso, naquela semana que, como eu explicava há uns posts atrás, obriga à readaptacao ao País onde moro, do qual me ausentei tres felizes semanas. Depois ontem passou na RTP 2 um programa sobre o primeiro chimpanzé (e único?) enviado ao espaco na década de 60 e passei o programa todo com a lágrima no canto do olho. Tenho pensado várias vezes por dia quem posso cravar para passar a ser meu supplier de chocolate Regina com sabor a fruta. Aqueles pacotinhos que trazem tres chocolates Regina, de laranja, morango e ananás tem-me proporcionado conforto emocional como mais nada consegue, nem chourico, nem queijo, nem bolacha maria. O chocolatinho Regina tem-me salvo o dia ao longo desta semana que ainda vai a meio. Outra coisa que dava jeito eram aqueles iogurtes de aromas dos mais simples possíveis, sem pedacos e sem nada. Cá nao há nada disso. Deve ser por causa daquela camada de 10 cm de gordura que todos temos que desenvolver para estes lados, para aguentarmos o frio. E meus amigos, nao falem do frio, quando nao sabem o que estao a dizer. A minha definicao de frio fica aqui, pois hoje alguem quis saber e ouviu atentamente a minha resposta: Frio é andar na rua e sentir a mesma temperatura na cara que sinto quando abro o congelador e me aproximo. É que nao há diferenca. A única diferenca é que na rua nao me posso dar ao luxo de tirar uma caixa de Häagen dazs assim do gelo.

veggy

Tento respeitar os vegetarianos, acho que já estive mais longe de os compreender, mas este post saíu-me da alma. É uma seca todos aqueles que o sao e partem do princípio que os outros teem sempre de se lembrar da sua sensibilidade, nao lhes pondo o bife de novilho suculento no prato. Bravo para a Pipoca aqui.

Minhoca countryside ou banheira para tres

segunda-feira, janeiro 12, 2009

tentativa de homicício

Hoje de manha, saí de casa com a reconfortante ideia que assim que chegasse a casa esta tarde, ia ao frigorífico atacar a minha comida-conforto que trouxe de Portugal e me sentava no sofá e embalar séries e porcarias, junk tv portanto. Cheguei na quinta-feira à noite e na sexta de manha, ainda mal tinha tido tempo de me sentir em casa, já tinha o Bola a ligar-me de hora a hora, a perguntar se eu já tinha tudo pronto para sairmos para os Alpes. Coitadinho, ele nem sonhava que à uma da tarde eu ainda dormia. Acabámos por sair com a minha mochila mal feita e sem que eu tivesse tomado o pequeno-almoco. Chegados ao destino, foi tudo muito romantico e muito fofinho, porque eu ainda nao sabia dos planos do Bola para sábado. Os planos dele eram matar-me, pois só isso justifica ter-me levado para uma montanha de quase tres mil metros, com neve para dar e vender, para fazermos um agradável passeio a dois. A pique. Tipo uma inclinacao de 80%. Com onze graus negativos ao sol. Já sem ar, com a garganta a doer, após os primeiros cinquenta metros e num estado muito perto do que clinicamente se designa por hiperventilacao:
- Bola, tu só podes estar a gozar comigo!!
- O que foi??? Podias-me ter avisado que era para procurar os caminhos para séniores!
- Achas que é assim, desta forma violenta que me poes em forma?!!?
- .... ... . . . .. . .. . . .. .. . . . .. . . . . . .. . . . .
- A minha ideia de um sábado bem passado é caminhar numa superfície plana, enquanto vamos conversando. Assim nao consigo falar respirar, quanto mais falar!
Pois. Apanhei-o. A ideia era mesmo essa.
Claro que hoje mal me consigo mexer, dói-me tudo. Andámos 12 quilómetros, sendo que uns 4 foram assim, a pique. Ele a chegar a determinados pontos e a sentar-se à minha espera. Humpf. Quando foi hora de virmos para casa e ele se meteu no carro, eu fiquei admirada pois já tinha o meu cajado com a trouxa no fundo, para vir a pé.
Quando a dura realidade me bateu hoje, juntamente com o toque do despertador às sete da manha, ainda rezei por uns segundos para que fosse um daqueles dias em que acordo num sábado e por momentos me esqueco que nao tenho de ir trabalhar. O meu corpo comportou-se de forma hilariante em cima dos saltos altos que já nao punha há quase um mes. O que as minhas pernas bamboleiam, devo estar apaixonada e nao sei... ah nao. Foi o meu marido que achou que precisava de um bocado de accao para terminar as minhas férias.
Por isso é que agora me sentei no sofá com a comida-conforto, queijo, pao e tres chocolates Regina com sabor a morango, ananas e laranja, e nao vou arredar de lá enquanto nao me sentir revitalizada. E para rematar, alguém que me diga a este gajo que eu nao sou gaja de montanhas nem nunca vou ser! Me hates mountains!!!!!!

sexta-feira, janeiro 09, 2009

derrapando pelas Salsichas

De volta. Sabe bem. Lá fora, apesar dos dez graus negativos, o sol brilha e o céu tem um aspecto gélido e azul. A casa estava arrumadinha, o Bola disciplinado e a olhar para mim como aquele gato do Shrek, pestenajando muito querido. Neste momento, tomo o meu café e já sinto aquela sensacao que o Bola poe em mim, de ter de andar a correr. Já ligou duas vezes para saber se estou pronta, de mala feita, para irmos para a neve, para o nosso fim-de-semana romantico. Eu disse que a mala estava feita, o que nao foi mentir, pois é a mala que trouxe ontem de Portugal, que ao contrário dele, nunca desfaco no primeiro dia.
A Rita Redshoes ecoa pela sala e dá-me animo. Ajuda-me a entrar na rotina.
Bom fim-de-semana a todos. Domingo estarei de volta, tenho de vos contar como é desembarcar no silencio que desta vez nao foi silencio, porque vinham quatro senhores portugueses da construcao civil que me fizeram morrer de vergonha por serem do meu País.

terça-feira, janeiro 06, 2009

quase de volta

Hoje dizia-me o Bola que lhe dava imenso jeito se eu na sexta-feira acordasse às sete e meia para o ir levar ao trabalho. Desatei-me a rir. Só porque ele durante a sua fase de desempregado me levou ao trabalho quase todos os dias, não significa que eu corresponda com a mesma abnegação. Que me peça para não me sentar na sanita enquanto ele toma banho, para não lhe bloquear a televisão num dia em que joga o Bayern ou mesmo para que não me ria quando ele fala de assuntos sérios. Mas que não interfira com o meu sono, logo naquele dia de depressão que costuma ser o dia que se segue ao meu regresso, no qual eu não quero abdicar de dormir, normalmente um elixir contra a tristeza.
O que me deixa com problemas de consciência é saber que ele me vai buscar de carro ao aeroporto às onze da noite, tendo que trabalhar no dia seguinte. Tentei lembrar-lhe que indo de bicicleta, recebe 5 cêntimos por km, e como devem ser cerca de 2 km, estamos a falar de boa condição física e 10 cêntimos a mais na carteira. E foi aí que a conversa não continuou, pois ele relembrou-me as temperaturas que se têm feito sentir nas Salsichas, que se traduz numa tendência abaixo dos zero graus, diariamente, de noite e durante o dia. Ou seja, a palavra FRIO assume contornos mais sérios do que os conhecidos por aqui, neste país à beira-mar plantado, onde as pessoas começam a falar de frio assim que entram num café e os óculos ficam embaciados.
Além das temperaturas assustadoras no País das salsichas (País escreve-se com letra maiúscula, informa o meu Pai. E Pai também se escreve com letra maiúscula...resta-nos uma questão: e Salsicha?), suicidou-se hoje um milionário que aparentemente perdeu a sua fortuna com a crise; o fornecimento de gás da Rússia foi interrompido devido às quezílias com a Ucrânia e o programa de cinema na cidade parece aborrecido. Afinal, não me apetece assim tanto regressar.

- Se não me fores levar ao trabalho, deixa lá, não tem mal. Mas trazes-me uma manga e uma papaia?
Para o Bola, Portugal é tropical.

o que o bom emigrante leva na mala




... ou melhor dizendo, aquilo que eu nunca me esqueço de levar na minha.

















sábado, janeiro 03, 2009

la la la la la

Hoje liguei ao Bola e cantei-lhe isto a capella. Acho que ele gostou. Ficou sem palavras.

sexta-feira, janeiro 02, 2009

confusões

Hoje dizia-me alguém em tom de troça, que esta mocinha simpática da foto da esquerda é a mesma bimba da foto da direita, que faz aquele programa da Lucy para homens que gostam de se levantar cedo ao domingo de manhã. Claro que não acreditei. O produto Floribella está protegido com direitos copyright e outros que não contemplam o factor libidinoso-barato.
Só porque uma pessoa não anda a par da imprensa cor-de-rosa, não quer dizer que acredite em tudo.

mamilos exibicionistas

Hoje tive a oportunidade de visitar um desses estabelecimentos que já não estou habituada a ver nas Salsichas (não os há), que vendem um pouco de tudo, ora aí está, um Bazar Chinês. Essas casas comerciais malandras que se multiplicam como cogumelos. Quando alguém diz ah, ali, era um banco, mas fechou e acho que agora vão abrir ali... eu atropelo a pessoa e completo a frase UM BAZAR CHINÊS!!!!! Depois a pessoa, assustada, pelo meu timbre de voz, diz baixinho, epá não, vão abrir um café ou uma pastelaria. Pronto.
Entrei no bazar chinês porquê? Não precisava de pilhas nem de baterias para o telemóvel, nem de meias de descanso, nem de uns apliques loiros ou ruivos para o meu cabelo... Ora bem, estava à espera da minha Mãe, que me tinha dito que ia demorar vinte minutos dos portugueses que, como todos sabemos, se podem comprar ao tema anos de animais/anos de humanos. Uma hora, portanto. Olhei em meu redor e como já estava há meia hora parada a contemplar o Douro e os barcos rabelos, achei que estava na hora de me fazer ao caminho por uma daquelas ruas tão portuguesas, com pequenas mercearias com os bacalhaus pendurados na montra, com talhos que exibem orgulhosamente grandes nacos de carne também pendurados nas montras, com os preços assinalados ao lado em cartolinas neón com preciosidades como Muelas a 4,99/ Kg!!!!!!!!! Depois de ter apreciado o encanto da pequena mercearia mercadinho Savannah, enfiei o nariz à porta só para uma snifadela daquele odor tão característico que eu gosto imenso e do qual saudades tenho, que é aquela mistura de champô com bacalhau, com fiambre acabado de cortar e o inconfundível cheiro a fruta.
Seguidamente deixei-me seduzir pelas luzinhas e pela criatividade da montra do bazar chinês, que exibia manequins com roupa de passagem de ano capaz de cegar alguém com óculos de sol, respirei fundo e entrei. E este mundo do bazar chinês é um mundo variado, onde não falta nada, desde bibelots até flores de plástico, roupa, passando por artigos de higiene, cozinha, bijuteria, jardim, etc. You name it. Cedo sempre à tentação de ir perguntar ao dono da loja se não tem, por exemplo presunto ou gel de banho íntimo, para depois da resposta negativa replicar Aaaah, tá bem, é que como tem aqui quase tudo...pensei.
A minha atenção hoje foi especialmente para a parafernália de artigos com o galo de Barcelos com Recordação de Portugal impressos e depois fixei-me numas ventosas que não eram uns apetrechos para fixar panos de cozinha sem furar a parede, como eu pensava MAS tratava-se sim de algo denominado na embalagem por nipple enhancer. As meninas conhecem a sensação de frio, que muitas vezes deixam os mamilos marcados por debaixo de duas ou até três camadas de roupa. Ora, os nipple enhancers são exactamente para quem não tem frio e pretende o efeito contrário, ou seja, que os seus mamilos estejam sempre presentes e à vista, sem camisolas que os atropelem. Como aqueles confeitos de açúcar. Tipo um em cada mamilo. Surreal?
Para não dizerem que neste blog não se aprende nada. Tomem lá.

fim-de-semana romântico em Berchtesgaden








- Bola, se estás com saudades minhas, não queres aproveitar para sairmos no fim-de-semana em que eu chego às Salsichas e irmos passear? Imagino que esta solidão em casa, de aspirador e esfregona em punho te deixe um pouco cansado, não? Tens brincado com os legos, lavado roupa, bebido cerveja e arrotado alto?

E assim foi. Bola escolheu o destino mais previsível para eu levar com neve por todos os lados, como que para me ambientar à temperatura, assim de choque. Mas, eu não me importo. Três semanas sem mim está a ser violento. Bola needs me.