Tenho bolor nas paredes de casa. Pronto, pronto! Já disse. Nao ha que ter vergonha de ter bolor num quarto da casa. Da mesma forma que nao há que ter vergonha quando se vai à farmácia comprar canesten, alias porque caso nos passe pela cabeca ter vergonha, a senhora da farmácia ja nos colocou no saquinho um grande panfleto da marca, cujo slogan diz NAO É PARA TER VERGONHA. Eu atirei-lhe aquele olhar vergonha do que, ó minha pastelona? É que eu desenvolvi olhares para todas as situacoes. Eu consigo dizer frases só com os olhos. Especialmente nos restaurantes, a pedir o meu prato e tal.
Portanto, eu hoje decidi falar de coisas das quais se pode eventualmente ter vergonha. O Bola, por exemplo, tem vergonha de andar com um carro velho. Eu ando com o carro velho, eu que tenho de percorrer 11km e sair da cidade, para que ele possa levar o nosso outro carro para o trabalho a 1 km de casa, e colocá-lo no parque onde se encontra com os colegas.
Eu tenho vergonha de aterrar em Munique e ser da mesma nacionalidade dos quatro azeiteiros anormais, que vieram o voo todo e durante o percurso desde a saída do aviao até à recolha da bagagem, a vomitar o seu repertório de ordinarices de homens das obras.
Eu tenho vergonha de ter ido jantar a casa de uns amigos que conheci através de outros amigos e de nunca mais ter falado com eles ou retribuído o convite, por eles serem imensamente chatos e uma companhia que me dá sono. Ora bem, tenho um sofá novo e um marido, lá preciso de mais alguma coisa para ter sono? Pois, perceberam, nao é?
Relatos de uma Minhoca de sandália e meia branca
quarta-feira, janeiro 14, 2009
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3 comentários:
Adoro o teu sentido de humor!! :))
Muito bom, mesmo!
Bjs
Susy
Esta barrigada de Posts teus era mesmo o que eu precisava para me alegrar o dia!
Ah e apoio a Susy Claro!
Minhoca para presidente!
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