Relatos de uma Minhoca de sandália e meia branca

quinta-feira, dezembro 28, 2006

fazendo mala - continuacao

Estes dias em Portugal foram passados com sol e céu azul todos os dias. O Bola diz que polvo sabe a frango e comeu tudo sem se engasgar ou tossir ou fugir desesperado para a casa-de-banho para um ataque digno de uma bulímica de 16 anos. Continua a torcer o nariz aos doces de ovos, pois diz que só sabe a acucar e a mais nada.
Amanha ja estou de regresso, com passagem relampago por Munique, a caminho de Moscovo. Comprei collants de la e um casaco que certamente nao me vai proteger o suficiente do frio. Mae, prometo nao andar sozinha nem me perder de ninguem, se me levarem para a prostituicao, espero que o raptor um dia esteja a lavar o carro no quintal para fugir - oito anos depois. hmmm... nao se brinca com a desgraca alheia, eu sei.

Ja tenho na minha mala o pacote do emigrante: sumol, pudim mandarim e boca doce, ferro para queimar acucar do leite-creme, forma de pudim com tampa, maizena, um queijo casteloes, um queijo limiano, um pacote de manteiga com sal e so nao levo pao porque sei que secava. Estes dias nunca dao pra nada. So mesmo pra lanchar, ver o mar, ver a familia mas sem conversas muito profundas, tipo sobre as minhas maleitas desta quadra, tipo flatulencia e azia.

Antes, a tristeza de partir era colmatada com as saudades do Bola, agora que venho com ele nao me apetece partir mas sim esconder-me debaixo da cama. Chuif.

terça-feira, dezembro 19, 2006

blog de férias

Daqui a uma hora ja me estou a __gar para isto tudo e toca a ir de férias. Preparei aqui um rascunho acerca do uso das preposicoes que me vai certamente elevar (?) à categoria da prof. mais ranhosa aqui do burgo. Mas como ainda nao temos bem dada a 'estrutura da frase', acho que é aí que vamos parar hoje. Os alemaes nao concebem que as outras gramáticas que nao a sua, tenham uma estrutura sintáctica tao simples quanto sujeito - predicato - complemento. Quando eu achava que lhe estava a facilitar a vida, a explicar o quao simples é construir frases em ingles foi quando a confusao se criou nas suas cabecas pouco pensantes.
Mas o meu truque de hoje é simples, é chegar lá com quatro folhas de trabalhos de casa para estas duas semanas de férias e deixá-los em estado de choque. Com o queixo tremer, a pedirem por favor para eu nao lhes dar tanto. Aí, se eles reclamarem muito, saco da minha régua de metro e meio e de madeira, e ameaco com técnicas da escola salazariana. O que estraga este meu pensamento é o facto de nao me conseguir imaginar a dar palmadas em alunos de cinquenta e poucos anos. Eu bem sei que o curso ja acaba em Janeiro... mas... enfim!


Malta, o blog vai duas semaninhas de férias. É natural que durante os dias de festa, eu aqui venha contar assim pequenas coisas, tipo o Bola a gregoriar-se a comer bacalhau e a minha Avó a perguntar-me porque é que eu casei com um homem que nao fala portugues, etc. (ela ainda nao perguntou, mas continuo à espera)
Vao passando por cá, pois terei todo o gosto em vos contar as minhas peripécias por Portugal e por terras do Kremlin.
Um Feliz-Natal a todos vós e para quem anda a stressar por ainda nao ter as prendas todas, aqui fica uma ideia daquelas brilhantes: corram tudo a Lactacyd* e meias. Sao prendas que ficam sempre bem.
Chinqui.

* marca registada.

f...f.....fff...f.f...ff...férias!

Estou prestes a partir, camaradas. Tenho a mala aberta no fundo da cama e ainda vazia. Sei que quando comecar a colocar la coisas dentro que me vou deprimir, pois o peso a que tenho direito nunca é suficiente. O que sao 20 kilos quando eu peso......hmmm.... cof cof, o dobro? É o constante desafiar das leis da Física. Estou preparada para armar uma cena no balcao da Tap e reclamar que quando se tem um marido tao magro, devia-se ter automaticamente direito aos quilos que ele nao tem no corpo.
A quantidade de chocolates que levo é suficiente para arrumar com um diabético, tipo matá-lo. Depois ainda ha os biscoitinhos de Natal, os famosos Plätzchen. E voces perguntam, Minhoca, o que sao Plätzchen? Plätzchen sao os biscoitos de Natal, que se fazem nesta altura. Quando comeca o advento, nao há nada mais romantico do que ir a um daqueles cafés para a terceira idade, como o Bola lhes chama, beber um chá e comer Plätzchen. Mas há que ser selectivo, pois nem todos sao bons. Teem de ser feitos com amor. Pequenos como sao, o detalhe tem de ser respeitado. Respeitada tem de ser tambem a dose de manteiga, a grande responsável pela nota suave no paladar. Falar de doces às nove da manha nao me apraz assim tanto. Passemos ao que realmente interessa. As férias. Há lá coisa mais bonita do que ligar o meu computador e o meu outlook piscar logo hoje as 17h férias.
Tenho uma lista de coisas para fazer, para a qual olhei ontem à noite e a única reaccao que tive foi fechar os olhos, de tao cansada que estava. Hoje ainda tenho aula de ingles às cinco e vou dar as preposicoes, o que nao deixa de ser hilariante, pois eu nao percebo completamente as preposioces nem em ingles nem alemao. Em ingles, acerto devido à prática e tenho uma explicacao, mas reconheco ser fraca. Em alemao, confundo an com auf. Portanto, anseio pelo momento em que depois de eu lhes vomitar a teoria toda, um anjinho me dá um exemplo em que a minha regra nao confirma. E aí comeco a espumar pela boca, dou estalos na minha própria cara, puxo o cabelo, como outros tantos e saio porta fora aos gritos, a dizer que estou de férias e que nao tenho nervos para isto.
Vou olhar de novo para a minha lista de coisas para fazer, calmamente e comecar pelo primeiro ponto, o mais fácil: imprimir confirmacao do hotel.

domingo, dezembro 17, 2006

Quando a boca trai os olhos

Desde há umas semanas para cá que descobri o prazer de ir ao mercado ao sábado de manha. Em plena baixa (?) da cidade (ci .. que?), que é onde eu moro, basta andar uns 100 metros depois da porta da rua, que me dou com os stands de fruta todos alinhados. Agora, com o mercado de Natal à mistura, tem ainda mais encanto e lá vou eu pela rua fora com um braco a agarrar a cesta e com outro a agarrar o Bola. Nao vá ele desatar a agarrar nas mangas todas que encontra pela frente. Este sábado, o meu controlo nao funcionou grande coisa porque mesmo assim, ele comprou umas tres ou quatro, constantando depois que afinal nem eram grande coisa. Nao estavam podres nem passadas, mas a qualidade nao era a do costume. Isto foi o suficiente para ele ficar tristonho, pois tirem-lhe tudo nesta vida mas nao as mangas!! Eu, como Minhoca que sou e conhecedora de fruta (algumas de nós esburacam mesmo a fruta) sugeri que fizéssemos um puré com a polpa e comessemos aquilo misturado em iogurte natural. Foi quase digna de lágrimas a alegria irradiante que contagiou o Bola.
Eu, pelo contrário nao consegui comer aquilo. A consistencia e a cor eram iguaizinhas a ovos moles. E eu, que já ando desesperada por uma boa lampreia de ovos ou quaquer coisa na mesma linha, nao consegui coordenar o sabor de manga com a textura e cor viva dos ovos moles. Nao gostei. Os meus sentidos foram deturpados! E desde sábado que ando a salivar por papos de anjo, fios de ovos, etc... Daqui a dois dias, já estou a lanchar numa pastelaria da baixa do Porto. E só saio de lá depois de me ter ido gregoriar à casa de banho. Com baba a escorrer pelo pescoco. Na pastelaria Mendos.

quinta-feira, dezembro 14, 2006

a fome é grande

Na qualidade de alarve venho pelo presente, MAE, deixar aqui registadas as coisas que preciso de comer, independentemente de nao passar sem o Ulcermin pelo resto dos meus dias:
- arroz doce
- polvo frito
- sonhos
- Molotov
- pastéis de bacalhau
- caldo-verde
- Chris Martin dos coldplay (uma trinca)
- iogurtes de aroma (nao batidos!)
- paté de sardinha
- sericaia
- pudim-flan
- canja
- laranjas do Algarve

É pedir muito? Nao necessariamente por esta ordem mas de preferencia no mesmo dia. Adoro ler na casa-de-banho.

és tao mas tao crocante mas tao crocante mas tao crocante

Ora bem, entao eu sugiro o seguinte: como a Rita até já esta (bem) grávida, eu posso substituí-la na boa. Sem cobrar por isso. Tenho o chamado à vontade no palco, uma voz ma ra vi lho sa e gosto do naco que a acompanha. Aquela voz rouca, aquele cabelo à escovinha. Estamos entendidos, nao é? Óptimo. Adoro sotaque irlandes.

Aqui uma outra versao sem a Rita, mas com a Kate Rusby, uma grande voz. (a dela)

fazer a mala

Daqui a uma semana estou de viagem. Agora ando a viver o stress denominado deixar-tudo-em-ordem-e-nao-me-esquecer-de-nada. Depois temos outro grande dilema: a minha incapacidade de fazer a mala. Ultimamente, ando neste estado de extase comigo mesma em que admito placidamente as coisas nas quais sei que falho. Arrotar por exemplo, nao sei arrotar alto e adorava saber. Adorava estar a falar com alguem e de repente, bóoohhh, epá, desculpa lá estes arrotos, nao consigo controlar isto - diria eu, se conseguisse. Também falho em arranjar as unhas, nao sei, pronto. Andam sempre pirosas. E quando as tenho minimamente decentes, acontece algo drástico. Ou roo uma, ou parto, como dois dias antes do meu casamento. (numa torneira duma casa de banho dum shopping, meu Deus)
Outra coisa, nao consigo tocar com a língua na ponta do nariz. Gostava tanto.
Bom, mas eu nao sei fazer a mala e essa a grande questao que inquieta a Humanidade hoje. Atiro para lá coisas que nao visto e que nao combinam com mais nada do que pus na mala. Como se faz a mala? Podem-se la por coisas de comer? Explosivos? Para duas semanas, quantas camisolas? E cuecas, uma para cada dia ou da pra usar as mesmas por exemplo, tres dias? (seguidos)
Ensinem-me a fazer a mala.

Adenda ao post anterior: ja me esquecia. Mesmo antes de eu me despedir do instructor, diz-me ele Eu tenho uma cunhada que mora em Portugal. Na Galiza. Sorri, claro. Nao bato em velhinhos.
Ele é velhinho. Sao muitos anos de mapa.

é um aviao? é um pássaro? NAO!! Minhoca ao volante!!

Ai que fresca que me sinto. Acordei às sete, depois de ter dormido mal, sempre com sonhos disparatados, nos quais o instructor de conducao me dizia para carregar em algo no carro que eu nao conhecia. E antes que pensem que eu ando a fantasiar com o meu instructor, nada disso... o senhor tem perfil de Avozinho, querido, com sentido de humor e uma paciencia ingesgotável. Às oito, la fui eu ter a minha primeira aula de conducao. Já nao pegava num carro ha dois anos. Mais coisa menos coisa... claro que nao foi preciso andar aos solavancos, pois quando se aprende a conduzir já nao se esquece. Eu que queria passar a imagem de emigrante sobredotada, nao consegui porque ele perguntou-me logo onde é que eu tinha andado a conduzir. E eu lá expliquei, sabe o meu Pai sempre gostou mais de mim do que dos meus irmaos, portanto pos-me o carro dele, que ele trata com tanto carinho nas maos, ainda sem eu ter a carta. E aí ele disse que nao se admirava pois ele próprio nao se importava de me emprestar o Porsche dele, bom... nao foi bem assim que ele disse, mas foi parecido. Juro.
A parte mais bonita foi ele a explicar-me o que é a embraiagem e a fazer cenas com as maos a encantar-me com os termos técnicos todos e eu a controlar o riso e a dizer que sim, que claro que percebia. Foi lindo. Tao lindo que enfiei com o carro quase pra dentro da berma umas quantas vezes.

quarta-feira, dezembro 13, 2006

um pedaco de mau caminho chamado Richard

Porque ela tem imensa piada e porque eu a compreendo tao bem. Tambem eu sonho com ele. Especialmente quando ele rasga aquela boca bem delineada e faz um daqueles sorrisos puxados pró lado. Ricardo... se fosses meu gajo chamava-te Richard, soa tao mas taooo machoooo...

chatos, pá

Eu sempre achei que a importancia das notícias nos telejornais portugueses tinha uma ordem de gravidade e relevancia estranha. Na rádio, o problema parece ser o mesmo.
Mas será que alguem se interessa pelos portugueses que estao a fazer testes de despistagem de contaminacao por polónio 210???? É essa a grande notícia de hoje??

Eu tambem estive em Londres nessa altura e sofro de hipocondríase crónica, mas por amor de Deus... haja bom-senso! Esta ideia permanente do grande umbigo dos portugueses... sempre que um portugues grita num canto qualquer do mundo é notícia no telejornal. E de mim, ninguem fala, nao é?

sao nabos, senhor

Estes últimos dias teem sido pautados pelo reformular do meu currículo, velhinho, tadinho, abandonado e amarelo nas pontas. Senti-me iluminada e pensei Minhoca, nao há nada mais deprimente do que trabalhares com o Bola na mesma empresa depois de ele ter entrado mais tarde do que tu e ir subindo enquanto tu olhas pra ele cá de baixo. Além disso, há trabalhos mais interessantes à tua espera, tais como os casinos da República checa. Vai daí, comeco à caca de anúncios na internet como uma maluca e desde domingo que ninguem me pára.
Acontece-me frequentemente, ando em estado de transe meses seguidos, depois acordo com vontade de por toda a minha energia em algo que me deixe num estado de euforia temporário. Fugas da rotina, é o nome que se costuma dar no consultório do psicólogo. Pode ser que me passe depressa, pode ser que nao.
Estes estados de euforias sucedem-se depois uns atrás dos outros, sempre encadeados nesta quadra tao bonita que é o Natal. No sábado, fui ao mercado com o Bola de manha, como fazemos agora desde que descobrimos que nao adianta comprar tudo empacotado no supermercado em quantidades ultrajantes para duas pessoas, aliado ao facto de que fruta e legumes nao sabem a nada. Logo na primeira banca onde parámos, os meus olhos encontram finalmente NABOS (desta vez, nao eram pessoas), depois de tantos meses de busca intensa. Afinal, há nabos por cá. Fiquei com os olhos gelatinosos de alegria e quando apontei para os ditos nabos qual crianca de cinco anos que pede uma laranja no mercado, e pedi ao vendedor para me dar logo dois, nem me causou espécie a pergunta se eu sou francesa. Ou holandesa. Ou espanhola. Ou russa. Ou... afinal a menina vem de onde? Do Cazaquistao, pois claro, está na moda e tudo.
Sopa sem nabo nao é a mesma coisa.
No sábado, o Bola quis cozinhar para os colegas. Foi engracado, parte da decoracao de Natal consistia nuns anjinhos brilhantes pequenos que eu espalhei pela mesa. Infelizmente, com uns copos de Schnapps em cima, a malta entusiasmou-se e divertiu-se a espalhar anjos por todo o lado. Nao me admirava nada se alguns tivessem sido ingeridos pelo meio da brincadeira. E desde domigo que encontro anjos brilhantes nos sítios mais estranhos, casa de banho, chinelos, pijama, vasos das plantas... enfim.
E daqui a uma semana tou a fechar a mala. Se a Tap me perde a mala, vou ficar mesmo chateada. Lindo, fazer escala em Lisboa.

terça-feira, dezembro 12, 2006

Butes Season

Malta, que o dia 11 de Dezembro fique registado aqui neste meu diário de papel escarafunchado como o dia em que nevou pela primeira vez aqui pras terras de Hitler… quer dizer, das salsichas. Quando saí da escola de conducao nem queria acreditar que finalmente a infame tinha chegado. E ir de bicicleta pra casa com a neve a entrar-me pelos olhos adentro e a desestabilizar a paz das minhas lentes de contacto nao teve muita piada. Acho que agora chegou a altura de deixar a minha bicicleta meter ferias. Antes que eu parta os dentes. Andar de bicicleta pela neve for a nao tem piada nenhuma, eu ate tenho medo pois no ano passado andei feita suicida, convencida que os outros nao eram mais do que eu e se eles andavam eu tambem podia. Nem que pra isso tivesse que andar de canadianas e engessada o Inverno todo.
Portanto, amigos, a Butes Season comeca hoje! Yuuupiiiii!! Até eu passar no exame de conducao, claro!

sexta-feira, dezembro 08, 2006

aqui me confesso

Hoje vou falar-vos do meu problema. Muita gente se queixa diariamente de coisas que ao fim e ao cabo nao teem importancia nem gravidade nenhuma. Choramingam de barriga cheia. Ora, o meu problema de hoje é grave. Merece toda a vossa atencao. Portanto, por favor, parem com o que estao a fazer em paralelo imediatamente e nao adianta mentir, toda a gente le blogs enquanto faz tudo e mais alguma coisa: enquanto se depilam, enquanto se assoam ou enfiam o dedo indicador nas fossas nasais, enquanto esticam o cabelo ou raspam cenouras. Estamos entre amigos, podemos ser sinceros, nao é verdade?
Ora bem, o meu problema grave de hoje é ........................................... (cessar tambores)
a minha incapacidade de conseguir ouvir calmamente alguém falar e, PIOR AINDA, fazer perguntas e nao prestar atencao às respostas. Aconteceu uma, duas, tres vezes e por aí fora. E eu, como até me acho perspicaz, depois de isto acontecer 297 vezes, parei pra pensar Alto lá que eu devo ter um problema, isto nao é normal. Ou seja, a mesma frase que eu já havia dito pela primeira vez em 1996 quando fui largada pelo meu namorado da altura.
Comecou com aquela vez em que perguntei ao gajo da amante portuguesa se ele tinha gostado de estar em Mocambique e quando ele se preparava para responder à minha pergunta, naquele pestanejar que os gajos fazem quando vao dizer algo muito inteligente, reparou que eu já lá nao estava. Depois, várias vezes aqui no trabalho se teem queixado de que eu sou autista. Faco as perguntas e viro costas. Quem observa isto, fica perturbado. Eu própria que sou mestre em auto-análise, nao consigo encontrar resposta para isto. Mesmo quando alguém me conta qualquer coisa, eu estou sempre a introduzir novas perguntas ou comentários que distraem o meu interlocutor, mas nao sei com que objectivo. Quando oico alguém a falar ininterruptamente por mais de 5 minutos, é porque me estou a controlar desgracadamente e nao a ouvir de forma espontanea. O interior da minha boca fica descontrolado, a minha língua luta com os dentes, os lábios fazem pressao para a boca nao ceder e abrir e há testemunhas que dizem ter-me visto a espumar e com as órbitas dos olhos trocados. Ora bem, no sofá lá de casa na companhia do Bola até disfarca, mas acontecer-me isto em público?
Agora queixem-se do tempo, da chuva que é tanta ou do consumismo do Natal. Que porcaria de problemas sao esses, ha???

hard candy

Se quiserem ver um filme que vos perturbe, que vos arrepele e vos deixe em transe durante uma boa parte do filme, entao vao ver este. Aluguem o DVD, pronto, como eu fiz. E durmam mal de noite.
É um filme sobre a Pedofilia. Parado, com diálogos que fazem pensar. Um thriller onde a personagem principal é uma miúda de 14 anos - pelo menos, no filme. Para os homens mais sensíveis, nao recomendo. O Bola nao quis ver mais. É o drama das castracao. Hoje quando lhe contei ao pormenor as partes mais fortes, ele mandou-me um berro e disse que nao queria ouvir. E mais nao conto. Vao ver. Num dia em que estejam predispostos a ver um filme que de leve nao tem nada. eu confesso que raramente estou com o meu astral pra aí virado. Mas ontem apetecia-me algo diferente, alternativo às banais comedias romantica.s Fui entao, parar ao outro extremo. Vejam numa noite em que se possam dar ao luxo de nao pregar olho.
Hoje quando acordei nao sabia mais se nao tinha sido um sonho mau. Depois vi a capa do DVD.
Resumo aqui.

quinta-feira, dezembro 07, 2006

carols

Alguém que me diga quem é que deixa o Jon Bon Jovi gravar musicas de Natal*, por favor!!! Que horror, a Mariah Carey pronto, ninguem a pode impedir porque ela quando casa com um produtor da Sony, já se adivinha que ela quer, pode e manda!
A Diana Krall pronto, nao tá mal. Aquela pose de lady sedutora e voz máscula cai sempe bem. As Destiny's Child, deixem-me ir ali vomitar o crepe do almoco e volto ja.

Decididamente o Driving Home for Christmas é a minha musica de Natal preferida, a par com o Last Christmas dos Wham. E decididamente os meus colegas nao sabem apreciar a minha veia musical, pois contemplam-me com uma cara pouco amigável quando eu canto o que está a passar na rádio. Já a Vanda Miranda é uma gaja porreira e voltou a ler outro dos meus mails hoje na Comercial. Beijinho, Vanda! :)

* qualquer dia temos o Joao Pedro Pais a gravar o seu disco da quadra natalícia!

quero uma loja de fruta só pra mim

Há uma loja de fruta aqui na terra que pertence a dois irmaos turcos, da qual eu e o Bola somos clientes habituais. A fruta é boa, sabe a fruta, coisa difícil de encontrar nos supermercados de cá. A tendencia é importar-se muito de Espanha e Holanda, e normalmente é fruta que nao tem sabor. E eu percebo de fruta. ah nao...
A chatice é quando vamos à loja tres, quatro, dez vezes, sem encontrar as mangas com que o Bola sonha. E o Bola, fetichista de mangas como ele só, só compra e só fantasia com mangas vermelho-amarelas, quando ve as verdes, nem as cheiras. E quando o instinto do toque e do cheiro nao existe, as mangas nao valem nada pro Bola.

Por isso é que em dias como hoje é alegria pura. Quando entrámos na loja, o Abdul disse Olha aí as tuas mangas - apontando para uma caixa de vinte e o Bola automaticamente levitou em direccao à caixa agarrando logo duas, uma em cada mao. Aí o abdul entrou novamente m panico, pois se há coisa que ele nao suporta é o que o Bola apalpe as suas mangas. Cheirar ainda vá que nao vá, mas apertar assim as mangas do homem, acabadas de chegar, tá mal. Comprámos duas para comer já e guardámos seis num cestinho de palha que ficou la na loja, e nao me perguntem o preco da unidade porque eu nao digo. É escandaloso para os mais sensíveis. E eu percebo de fruta.

terça-feira, dezembro 05, 2006

Ode à ssete (ca)

Hoje dei comigo a pensar no tempo das cassetes. Nao me lembro da ultima vez que ouvi uma cassete. E foi aí que veio o susto que tomou conta de mim, pelo que decidi vir aqui partilhar com voces. Meu Deus! Mataram a cassete, sem a gente ter dado por isso. A cassete morreu. Nunca mais as vi nas lojas. E agora dou comigo com a lágrima a pedir pra sair quando penso em todos os momentos do passado. Aqueles Veroes em que cada um se metia no carro com as suas. De todas as vezes que a fita se enrolava no deck e eu tinha de a desenrolar com uma caneta. E quando era necessário, sacrificar parte da fita e depois colar os extremos, secar e passado uns minutos já estava a curtir outra vez. Ohh… a cassette era uma gaja fixe, maneirinha. Claro que tambem havia momentos maus, quando a fita comecava a enrolar e o som da Kylie de repente mais parecia do Kilyão quando a voz ficava tipo monsturosa. A cassete nao devia ter sido abatida assim. Um objecto de culto! E prático quando nos chateávamos com alguem e puxávamos a fita da cassete preferida só pra mostrar o quao valentes e más somos! E quando embrulhamos o carro do vizinho em fita de cassete só pra lhe mostrar o quanto gostamos dele... o que mostra que fita de cassete deve ser também o que temos no cérebro. Mas nao interessa!

Cassete, descansa em paz. Um beijo ao Vinyl. Muaaah.

segunda-feira, dezembro 04, 2006

eu gostava de ser florista

Sexta-feira foi um daqueles fins de tarde de sonho. Depois de ter gasto uns euros em pequenas coisas que mimam o ego, cheguei a casa com chaves, luvas, carteira e sacos numa mao e na outra os meus canelonni de espinafres e queijo ricotta. Sentei-me em frente à televisao aproveitando o facto de nao ter quem me dissesse com uma voz de censura comer em frente à televisao, outra vez? , pus o dvd do sexo e a cidade dentro de leitor de dvd, mas companheiros,… nem tive muito tempo para carregar no play, pois após embalar o jantar, adormeci no sofá de mantinha, provavelmente com restos de espinafres nos beiCos, pois nem sempre os limpo. Depende da manga em questao, nao pode ser branca.
Sábado fui ter com o Bola e com a Mae à terra do avo. Foi giro, comprei uma árvore de Natal mais pequena numa loja de flores. Aliás, se o tempo voltasse para trás, era essa a minha ocupacao, ter a minha loja de flores e trabalhar lá. Há la profissao mais romantica… Adiante, árvore de Natal requer a presenca da planta de Natal, sao tao bonitas! Nao duram muito, mas tambem quem é que quer ter a planta de Natal para os outros meses do ano? Na presenca da Mae, o tirano do Bola nao diz impropérios na mesma linha deste pra que precisamos de uma árvore de Natal se vamos passá-lo fora? Que tristeza de homem… há uns dias, estávamos no sofa a jogar ao Jogo dos Cabelos. O jogo dos Cabelos é fantástico. Eu digo Bola deixa-me ser loira! E pronto, ele solta os seus cabelos sedosos e poe por cima da minha cabeca, e eu sinto-me loira (montes de esperta) e feliz por uns instantes. Bom, estávamos a jogar a esse jogo e eu dizia-lhe Bola, quando eu era pequena, nem imaginas a excitacao, esperávamos ansiosamente pelo início de Dezembro, quando os meus pais tiravam do armário do corredor as decoracoes da arvore de Natal, o presépio, etc. Na nossa infancia, o meu Pai comprava uma árvore de Natal das verdadeiras, mas com o passar dos anos e sempre a chamarem-no de assassino do ambiente e tal, passámos a ter uma artificial. Depois de decorar a árvore, punhamos as fantasias lá penduradas e iamos comendo uma por dia (quem diz uma, diz todas). Percebes, Bola, porque é que eu quero tanto ter árvore de Natal?

A resposta foi digna de tirar o chapéu, Sim, é um trauma de infancia. Entao, se os teus pais montam sempre a árvore, entao podes matar as saudades e quando lá chegarmos abracas a árvore deles.

Um secas de gajo.

sexta-feira, dezembro 01, 2006

sogra rocks

Ora bem, o teste da sogra penso que passei com boa nota. O que é facto é que eu nao tenho razao de queixa nenhuma da minha sogra, ela é um doce, especialmente quando me traz prendas! , nao correspondendo em nada ao conceito clássico de sogra que todos conhecemos. É de tratamento fácil. Se a casa nao estivesse limpa, aliás tao limpa que passava no teste do algodao (e como sabemos, o algodao so engana quando nas mamas das mentirosas que lá o poem) sei que nao era por isso que ela punha uma fotografia minha na porta do quarto dela para me atirar setas para o nariz. Eu é que queria que a casa nao estivesse com o aspecto com que costuma estar durante uma semana normal, os montes da roupa de engomar foram estrategicamente colocados em sítios escondidos, as cabelos todos removidos ao pormenor das divisoes todas. A casa de banho higienicamente limpa, o que por acaso é algo que costuma estar sempre mais ou menos ou nao fosse ser a casa-de-banho minha responsabilidade e o unico local da casa que eu limpo dia sim, dia nao. Além disso, pus as prendas que ela nos deu no passado em locais onde se vissem bem, aliás, nao sao coisas que eu tenha escondidas pois ela tem bom-gosto.
Fiz o jantar (de avental) , fiz-lhe a cama enquanto ela foi dar o passeio da digestao com o Bola e fui chamando o filho de querido e tesouro noite fora, para ela ver o quanto eu o estimo e que isso de lhe torrar a paciencia sao rumores de quem nao é feliz como nós.
Como filho ideal que só ele, tirou o dia para ir passear com a Mae, o que faz com que eu fique a penar em casa sozinha e triste. Quer dizer, mais ou menos, só vou comer porcarias e vou ver os ultimos dvds do Sexo e a cidade, de manta e chazinho de ervas. Já que eu nao sou como muitas de vós, que teem amigas a quem chamar de Charlotte, Miranda e Samantha, deixem-me pelo menos ver os dvds em ingles. E já agora, porque é que todas querem ser a Carrie? Quem nao conhecer/tiver um grupo de amigas que achem que sao Sex and the city wannabes que se acuse. Elas andam por todo o lado.

quinta-feira, novembro 30, 2006

mais do mesmo

Ora aqui está uma das cenas mais bonitas da série do momento Grey's Anatomy. Ando a tentar licitar os dvds da segunda série, que ainda só ha nos U ésse and ei.

Entretanto, vou-me entretendo a rever os episódios que ja conheco. Vejam e chorem. É tao lindo... sou tao sopeira, meu Deus. Deixem-me ir trabalhar pra ver se ganho juízo.

ó mentes luminosas

Preciso de ideias para prendas. Vá lá... sim, anda tudo ao mesmo. Mas ajudem-me, voces, sim tu aí, ó mente criativa!! Ideia para o irmao, a irma, o Pai, a Mae, a Avó, a amiga... uma prenda daquelas que cai sempre bem. Eu nao tenho jeito nenhum pra comprar prendas. E a prova disso foi a cara do meu Pai quando viu a luzinha USB que eu lhe dei para o portátil, que eu achava fenomenal. Diz a minha Mae que eu nao tive culpa, que ele se lembrou da colonscopia que tinha ido fazer umas semanas antes. Ajudem-me. Chuif. Por cada prenda que enunciarem estao a contribuir para todos os anormais com que se vao cruzando pela vida fora. Sim, por cada prenda, eles avancam um lugar na fila de espera para a operacao de que estao à espera desde que nasceram.

Mercado de Natal

Entre hoje e amanha comecam os mercados do Natal, que tanta alegria me trazem. Especialmente ao fim da tarde, quando por lá passo para comer o meu crepe quetinho de nutella e banana. Também lá posso dar um salto à hora do almoco pra comer um pao com salsicha, ou nao fosse um dos meus objectivos para 2007 ficar gorda (ainda mais) que nem um texugo. Depois, em vez de andar de bicicleta, rebolo rua abaixo. Quando perguntei ao Bola ontem ao jantar se ele tivesse que escolher uma esposa gorda ou paralítica o que escolhia, e ele depois de esbocar uma expressao menos feliz e dizer entre-dentes quantas vezes já ate disse que este jogo nao tem piada, la respondeu que me preferia gorda a paralítica. Sem usar nenhum joker, sem perguntar ao público! Mas nao é verdade, ele disse que nao gostava do jogo como-preferias-morrer, este é completamente diferente. Nesse jogo, já agora, concluímos que a melhor forma de morrer é respirando um gás perigoso, adormecer e nao acordando mais.

Decidi que afinal nao gosto de vinho quente. Gosto de ter nas maos uma chávena quente que me aquece maos e coracao, mas o líquido em si é acido demais para as minhas medidas. E a verdade é que para mim, canela só no arroz doce. Quem diz arroz-doce, diz aletria, tapioca, custarda, etc. Sou uma miúda apaixonada pelos doces tradicionais portugueses. Pastilhas de canela sao uma aberracao. Se o Vasco da Gama soubesse as porcarias para que se usa a canela, ate dava voltas lá no seu buraco no Mosteiro dos Jerónimos.
Outra coisa preocupante é o tempo. O mercado de Natal sem neve nao é a mesma coisa, mas que nao seja por isso. Mas frio combina. Lá está, pra ter a tal chávena mercado de natal weiden 2006 a aquecer-me as maos. Mas nesta altura do ano, ainda nem de luvas ando... quanto à neve, ela é bem vinda para o meu exame de conducao. Oh yeah :)

com as calcas na mao

Já ando farta disto. Se eu fosse como um colega meu que eu cá sei, que vai a casa largar os seus calhaus, nao tinha problemas destes. Será normal eu tentar ir à casa-de-banho tres vezes e desses tres vezes ter de voltar à estaca zero por aparecer sempre alguma intrusa que entra no compartimento centímetros ao lado do meu, impedindo-me de cumprir a minha missao diária? Por acaso, chateia-me. Os meus intestinos nao sao pra brincar. E quando dou o sinal partida largada, fugida, nao é fácil ter de voltar outra vez pra trás. É um processo difícil de reverter. Quando revertido, transforma-me num monstro mau humorado. Assim tipo um poupas gigante com os olhos em sangue, a mesma cara de parvo e com um bico capaz de perfurar os pulmoes das chatas que nao me deixam fazer cocó em paz e SOZINHA. Estou portanto, farta disto. Vou fazer a casa.

quarta-feira, novembro 29, 2006

Para quem fala alemao

No reino dos azulejos coloridos. Um texto giro sobre o metro de Lisboa. Aqui.

terça-feira, novembro 28, 2006

Eu é que nao sou parvo

Eu é que nao sou parvo. Confesso que me soa muito piroso. A Media Markt, alema de origem, tem há varios anos o slogan ich bin doch nicht blöd, ao qual me habituei, a versao portuguesa causa-me portanto arrepios. Já agora, a Worten que se cuide, pois se a Media Markt praticar em Portugal os precos que pratica na terra-mae, entao a Worten pode comecar a repensar as suas estratégias de marketing. E se há coisa que a Media Markt tem é bom marketing. Para quem mora nas salsichas, certamente ja se familiarizou com a nova campanha Sau Billig. Sau tanto pode significar porco (leitao) como dar enfase a qualquer outro adjectivo, como por exemplo aquela palavra pirosa que se inventou em Portugal bué, que é a gíria mais foleira que eu já ouvi. mas eu adoro trocadilhos com palavras, por isso é que acho piada às campanhas da Media Markt. E aos precos.
A Media Markt tem precos competittivos para Cds, Dvds, electrodomésticos, etc. Uma variedade enorme. Qual Fnac...gastem o vosso dinheiro da MM e bibó os alemaes!

segunda-feira, novembro 27, 2006

eu bem te avisei?

O Bola esta convencidíssimo que consegue instalar a Tv Cabo sozinho. Chegou hoje a Powerbox e o cartao, o prato do satélite está a caminho. Eu tenho praticamente a certeza que ele nao consegue tratar do assunto sozinho, até porque ele nunca fez algo semelhante. Na nossa relacao, no que toca a fios, a montar coisas electrónicas, há que dize-lo, sou eu o elo mais forte. Montar a Tv cabo nao me parece que seja algo que ele consiga e nao me refiro a orientar o dito cujo para 30 graus oeste, como é suposto. O problema comeca logo em fixar aquilo na varanda. Tou pra ver. Vou tirar fotografias. E vou adorar repetir e repetir eu bem te avisei, que é das frases mais chatas mas interessante quando sai da nossa boca.

a minha mae faz assim

Excitadíssima. Ah, pois. É como me encontro hoje. Com o comeco de mais uma fantástica semana. E as segundas-feiras sao tao fofinhas.
Este fim-de-semana fui a Nuremberga, mais propriamente no sábado. Andámos a passear, a ver montras, a saborear os quase 20 graus de temperatura. O Bola tambem gostou do passeio, apesar de o objectivo se limitar mais ao grande desejo de jantar numa steak house. Nuremberga é uma cidade óptima para compras. Aqui em baixo nas redondezas nao conheco nenhuma cidade tao agradável e prática pra gastar dinheiro. E depois há quiosques de brezen ao longo da zona peonal e nesta altura que antecede o Natal, barracas de frutas, coroas de Natal, etc.
Ontem foi dia de limpezas, pois quinta-feira vem a sogra. E como ela fica connosco de quinta para sexta, todos aqueles locais que nao viam o aspirador e a esponja há semanas tiveram de ser revisitados. Foi um reencontro bonito. Deixem-me confessar aqui que é preciso a sogra vir cá de visita para eu agarrar no saco das cortinas, compradas há meio ano e mandá-las arranjar para as pendurar. Com a minha brilhante sorte nao vao ficar prontas a tempo.
Enquanto ia limpando a casa, ia evocando em mim todas aquelas vezes em que o Bola, tao querido, me diz a minha Mae faz assim, nas mais variadas situacoes. Quando enfio o edredao dentro do saco, quando lavo a alface, quando deixo queimar qualquer coisa e em outras situacoes que eu agora nao me lembro. Mas para muitos representantes domésticos do sexo fraco, frases como esta (a minha mae faz assim), sao verdadeiros clássicos. A Mae é para eles a grande entidade divina que lhes dá as regras de sobrevivencia no lar. Já desde os tempos em que os anjinhos saíram pela primeira vez de casa. Como por a maquina a lavar, como fazer aquele assado, como tirar aquela nódoa (chamada nora?), portanto amigas, nao se surpreendam quando os vossos companheiros lancarem pela primeira vez frase tao acutilante, pois vendo bem faz todo o sentido. Mae é Mae. A minha ex-namorada fazia assim - isto sim, é frase a chamar por dez pares de estalos e amuo durante uma semana.
A dele faz assim mas a minha faz como eu gosto e aprendi. Humpf. (toma)

Bom, agora quero resolver uma questao que me está a incomodar. Como é que eu posso por a música da Leopoldina no mundo dos brinquedos no meu telemóvel?
p.s. Reservem os vossos bilhetes para a estreia do Borat na quinta-feira.
p.s.1 O Bola tambem limpa. Normalmente, atribuo-lhe eu as tarefas que gosto menos e que ele adora (?) como lavar o balde do lixo. E aspirar.

sexta-feira, novembro 24, 2006

Litvinenko

É perturbador que ao mesmo tempo que vejo um filme de espionagem, ou seja ficcao, temos a decorrer em paralelo versoes parecidas mas na vida real.
Depois do controverso contexto em que a jornalista Anna Politkovskaya foi assassinada, agora temos mais um caso evidentíssimo da selva que é a Rússia para quem nao compactua com o regime. É triste. Cocktails de veneno a serem constantemente melhorados para actuarem cada vez melhor da forma mais eficiente e letal. Nos dias que correm? Juro que nao percebo... entao besuntar um manípulo da porta de um carro com gelatina letal nao é suposto ser coisa de cinema?

p.s. Se eu nao postar nos próximos 4 dias, é porque os bastards tambem me apanharam e me limparam o sebo.

momento laurodérmio

Acordar com um ja tou farto de encher os pneus da tua bicicleta, nao se pode chamar de romantico. E com um acordar destes, como pode o dia correr bem? Aliás, quando penso no dia de ontem, a unica imagem boa que consigo vislumbrar é o Daniel Craig a sair da água em cueca justa. Pra quem ainda nao olhou pra foto do lado,olhe agora. Pois fui ver o novo James Bond e tenho aqui umas consideracoes a tecer para quem ainda nao viu, mas tambem para quem ja viu:
- o lábio superior do Craig, quando ele faz biqiuinho e ar de mau é algo que impressiona. Eu roí duas unhas à conta disso.
- E o pernao do Craig, o perú de Natal, um naco firme e bem moldado…, meninas, aquilo é material do bom e nao admira que os suspiros venham de todos os cantos da sala. Delas e deles.
- Este James Bond é romantico como todas nós gostamos e neste filme apaixona-se a sério.
- Na minha modesta opiniao, este é o melhor 007 dos últimos anos e no ranking dos tres melhores, ou seja lado a lado com o Sean e com o Roger. Gostei. A primeira saloia que aparece no filme nao tem nada de gira e tem cara de burra. Má escolha. Já a Eva Green tá bem.
Já me tinha esquecido que filmes bons de accao nao é só com o Chuck Norris. (cof cof)

quarta-feira, novembro 22, 2006

É CLARO QUE SAO OS BOLOS, OS GALOES, AS TORRADAS... aaaahhhh

O Joao Vaz da Rádio Comercial leu um mail meu há coisa de 5 minutos. Epá...eu devia mandar mais mails para a rádio. Sabe tao bem... Ora, ele perguntava o que é que VOCE MAIS GOSTA EM PORTUGAL. Quem me le nao pode ter qualquer duvida que só podia ser A PASTELARIA.
ó Joao, ó dá cá um beijinho. Chuac. Um homem com esta voz só pode ser giro.

claro que sonhava

Gosto tanto dos posts da Mia. Eu nunca perguntei ao meu Avo se sonhava com a minha Avó, enquanto ele foi vivo, por nao lhe querer trazer recordacoes tristes. Era como se fosse um assunto do qual nao se falava. Mas devia. Devia ter-lhe feito todas as perguntas que queria e falado sobre ela com ele, afinal nao há nada triste numa neta que sente uma curiosidade e uma pena imensa em relacao à Avó que nunca conheceu, Avó esta que deu à luz 13 filhos e que era tao agradável como sempre ouvi dizer. Nunca ouvi o meu Avó falar nela, mas nao acredito que pensasse um dia sem que ele dela se lembrasse.
Quando penso na morte, por muita confusao que me faca e por muitas questoes que o tema me coloque, penso sempre que eventualmente os vou voltar a ver e isso deixa-me incrivelmente serena.

deem-me meia-calca bonita

Dentro da temática das grandes questoes que inquietam a Humanidade, estava hoje a pensar se usar o relogio por cima da sweat sera piroso..? Fica giro. E outra questao que me inquieta a mim: porque é que a Calzedonia nao abre umas sucursais aqui pra estes lados? Se há coisa que eu gosto muito é de collants de padroes variados e os poucos que tenho trouxe-os de Portugal. Nao se ve nada de jeito, so risquinhas e flores. Estes sao basicamente, os meus grandes problemas do momento. Encerramos aqui o parágrado ‘moda’.

Comecei com as aulas de código. Claro que na primeira aula, ha dois dias apontei logo dez palavras que nao percebi portanto isto adivinha-se uma grande aventura, o desafio mais recente. Os meus nervos estarao completamente à prova se tivermos em conta a turma de 16 palhacos de 17 anos, que sao, por assim dizer, os meus colegas. Aqui na Alemanha os papás inscrevem os meninos na escola de conducao aos 17 anos, para logo no dia em que fazem 18 poderem fazer o exame. Um adolescente prestes a fazer 18 anos que ainda nao esteja inscrito na escola nao é um adolescente normal.
Escusado sera dizer que sou a cota do grupo e que eles só la vao proque precisam de frequenter 14 aulas e estao-se marimbando pro que o avozinho está a dizer. Já no meu caso, bom.. todas as palavras sao interessantes, pois eu quero e vou fazer este exame à primeira. Estou tao motivada..

terça-feira, novembro 21, 2006

dondoca wannabe

O Bola tem andado nervoso. Já sabe há algumas semanas que um colega dele vai ser despedido e com o despedimento do outro, vem a promocao dele, pois vai passar a fazer o trabalho dos dois. Eu, como esposa querida que sou e sempre pronta para o apoiar, disse-lhe ontem, quando ele se queixava mais uma vez de quao mal se sente por saber e nao lhe poder dizer:

- Que fixe! Agora passas tu a pagar as despesas de casa e eu gasto o meu dinheiro todo em roupa e livros de receitas!

Claro que ele olhou pra mim com a sua cara Julio de Matos e nada disse. Depois tentei animar o bichinho e disse-lhe que ele vai assumir as funcoes do outro porque o outro nao é competente. E que o mérito é dele e bla bla bla... que nao era preciso acordar as sete da manha de domingo pra ficar a pensar no assunto.. e bla bla bla... e que a seu tempo quero um cartao Visa Gold e... bla bla bla bla...e que nao, claro que nao tou chateada por ter entrado pra ca primeiro e continuar a fazer o que que fazia, sem grande aumento. Na... esta cor roxa é do frio. ih ih

só com manteiga

- Nao teem Brezen com manteiga?
- Aqui nao, mas posso-lhe fazer uma.


Que querida, a senhora da padaria. Eu raramente como manteiga nos dias que correm, mas se comer uma breze, nao marcha sem manteiga. Foi um mau hábito mas nada de muito grave.
- Se nao der muito trabalho, agradecia.
- Mas ponha pouca manteiga por favor, bem espalhada. Depois, diz-me ela entre dentes como se me estivesse a revelar um grande segredo Olhe que fica ao mesmo preco, se barrar uma ou duas metades, vou barrar as duas, tá bem? - NAO!! (ia jurar que ela ate saltou) Barre só uma, eu gosto com pouca manteiga. E ela, perante o meu NAO, esbugalha os olhos, mas lá segue. Que querida. Um dia destes, explico-lhe que comecei a reduzir as calorias por exactamente daqui a um mes, ir passar uma semana a enfardar nas belas pastelarias no meu Portugal. As saudades, meu Deus, que fazem chorar o meu estomago. Pena que lágrimas um pouco ácidas.

p.s. nao é pretzel, nem brezel. É breze. Ou brezn. Pelo menos, em Bayern.

segunda-feira, novembro 20, 2006

quao pitosga andamos

Será acertado dizer que quando se tem miopia e se usa lentes de contacto, como eu por ex. à volta das duas dioptrias, que trabalhar em frente ao computador nao é propriamente confortavel, por o computador estar ao perto e nao ao longe?
É que mesmo depois de verificar duas vezes as minhas dioptrias, concluo que com os valores actuais, -2,00 e -2,25 vejo bem quando ando na rua, mas quando trabalho em frente ao computador podia, de facto, ser melhor. Ou sera que nao?
Bom, já fui buscar o meu café com leite, portanto estou preparada para um dia de trabalho, ou melhor para uma semana inteira, embora ja tenha comecado ha duas horas atrás.

Chego pela primeira vez à conclusao que devemos combater o consumismo. Pela primeira vez, incomoda-me visceralmente a forma como o consumismo se comeca a fazer sentir tao cedo, sinto-me enganada, sempre a tentarem sacar dinheiro das nossas carteiras. Entao, as pessoas vao endividar-se com prendas de Natal? Pelo menos, é para aí que os anuncios na radio encaminham. Peca o seu credito agora e comece a pagar daqui a cinco meses. Pra que?! Nao me vou empenhar de todo em encontrar a prenda de Natal ideal, se for igual à do ano passado, que seja. Ou entao faco como o outro que nem sequer sabe o que é o stress com as prendas, pois vai uma tarde à fnac e compra livros pra todos. E depois faz papelinhos e sorteia na família.

domingo, novembro 19, 2006

Greys

Como ja há em DVD ha algum tempo e ando um bocado farta de ver isto em alemao, decidi dar já uma prenda de Natal a mim mesma. A série, nao o médico.
Pra quem nao percebe porque eu acho a Greys melhor que o ER, espreite aqui esta cena com mais um macho.

sexta-feira, novembro 17, 2006

bombocas pra minhoca

O Bruno Nogueira tem muita piada. Acima de tudo quando está a dizer qualquer coisa e diz Porque? (nao nos dando tempo pra pensar) e respondendo imediatamente a seguir, sem respirar.
Estava aqui sentada a pensar na fome que tenho de algo doce. Aliás, apetite. Como tu dizias Pai, sei lá eu o que é fome. Mas nao de qualquer coisa. Mas sim: bombocas. Epá, marchavam já umas. Várias. De morango. Mas nao há de morango. Chuif,
Bom, agora que tenho acesso ilimitado à rádio que me apetecer aqui no trabalho, eis que me apetece colocar a seguinte questao (uma vez mais), porque é que as rádios passam musicas do Joao Pedro Pais? Ele tem uma cunha, ou que? E Modern Talking? Epá... entao ando eu a fugir das rádios alemas pra que? Nao me lixem. Coisas como esta deixam-me nervosa e isto vai de certeza afectar a minha produtividade! Ah nao...
Hoje vou ao cinema ver A minha super Ex. É o unico filme de jeito, para alem dos alemaes. O novo James Bond chega na semana que vem e ja ouvi dizer que este Bond é crocante. E nao há nada que me cative mais do que James Bond em versao roupa molhada.
Entretanto, um bom fim-de-semana pra voces que nao teem que se levantar amanha antes dois oito. Chuif.

lets get the party started

Um grande beijo na bochecha do meu chefe, embora isso talvez seja perigoso tratando-se de quem é, por hoje nos ter dado a cada um os auscultadores maravilhosos com os quais podemos ouvir musica enquanto trabalhamos. Esperei meses por isto, mas finalmente é Nataaaaaal. Escusado será dizer que a qualidade de trabalho foi ligeiramente elevada. E deixem-me acrescentar que estes anuncios às compras de Natal da radio comercial ja me esta a deixar enjoada. Toda a gente sabe que o endividamento dos portugueses já é bem jeitoso. Este ano combinei com a minha família que ninguem se vai desgracar em prendas de Natal, portanto lutemos todo contra o consumismo disparato desta época. Ver montras tambem é bonito. E acima de tudo, com o pensamento nos saldos.

ora saia um gratinado

Ontem foi um daqueles dias em que a criatividade culinária bateu à porta e eu deixei-a entrar. Com bom resultado. Fiz um gratinado de broculos, com batata e bacon. Fácil: Cozer batatas e broculos, nao vao depois desfazer-se quando forem ao forno. Fazer um molho béchamel e deixar de parte. Refogar cubinhos de bacon com uma cebola picada. Depois atirar tudo para um pyrex untado. Batata cozida às rodelas, broculos, o bacon com a cebola. Regar isto com o molho béchamel, dar umas voltas pra o molho chegar aos cantos todos e cobrir com queijo ralado. Levar a gratinar. Demora cerca de uma hora a preparacao, mas ficou divinal. Aqui encontrei hoje uma versao aproximada. É quase vegetariano.

Depois de jantar aterrei no sofá a ver televisao, acordei duas horas depois com energia q.b. para passar a ferro a minha roupa de hoje. Depois estive a ler os classificados do jornal aqui da terra, pois nao conseguia dormir. Ler os classificados é quase como ler Shakespeare. Aprende-se muito e na linguagem de hoje em dia. Claro que adormeci tarde e estou aqui cheia de sono, mas nada fora da normalidade. Doi tanto ter que vir amanha pra cá outra vez das oito as quatro. Eu nao mereco tamanho castigo. Ou melhor, mereco porque so me inscrevo nos cursos que nao interessa a ninguem e agora queria desistir mas nao posso. Humpf.

quinta-feira, novembro 16, 2006

curto golpe das lentes

Pois é, amigos, mentir nao compensa. Há dois dias quando tirava uma das minhas lentes de contacto teste, eis que a parto em duas e olhem que eu nao sou malta da unhaca. Fiquei com metade de lente no olho e nao foi fácil de tirar. Decidi, portanto, agora que sei quao vesga sou, que posso bem encomendar as minhas lentes na internet, exactamente aquelas que usei durante o primeiro ano, às quais me adaptei perfeitamente.

Com a grande vantagem que, se eu me der a preguica, posso dormir com elas ate seis noites seguidas, pois sao respiraveis. E para feliz surpresa minha, ficaram-me por metade do preco e nao há nada que eu mais goste do que uma boa pechincha. O que eu queria mesmo e já ando com vontade há algum tempo é experimentar lentes de cor.

À semelhanca de ontem, está um belo dia de sol, com temperatures acima dos 15 graus. E como quando saio, já está mais frio e escuro, tento sair durante o dia para ir almocar à biblioteca regional. Perguntei ao meu colega e marido Bola se queria ir almocar comigo e depois de um nao se te posso dizer ja, lá acabou por me dizer que tinha todo o gosto em ir comigo e que me pagava o almoco. A modos que vou almocar entao.

E mais logo, vou apagar o Minhoca na Couve. É a chamada pena de morte virtual. Despecam-se.

quarta-feira, novembro 15, 2006

dá pra fazer por encomenda?

Por muito feliz que o Bola me faca, se há coisa que me chateia um bocado(inho?) e nao consigo compreender é a necessidade de ver jogos de futebol previsíveis, com equipas que ninguem conhece e depois, muito pior, ver o resumo do jogo ao qual assistiu em tempo real. Mas ele sofre, pois é ve-lo levantar-se, exaltado, inconformado, falando com a televisao, colocando questoes (?) ao árbitro e a quem participa no programa pós-resumo. Uma vez tentei ver um destes programas maravilhosos, equivalentes ao nosso velhinho Domingo Desportivo. Epá... sinceramente, bom, nao sei... se calhar, é algo carregado de cultura, interesse, emocao. Gostos nao se podem discutir. Mas uma novela pelo menos tem um enredo, as pessoas gritam, sofrem, dao beijos no elevador, apanham os maridos na cama com a empregada... mas... num resumo de futebol? Nao percebo. Por isso, vou assinar a tvcabo. É a sorte que ele tem, em ter uma miúda liberal como eu. Ele que compre a sua televisao tamanho Fisher Price e vá ouvir os resumos para a casa-de-banho. Eu nao me importo.

eu?? Na....



Minds are like parachutes - they only function when they open

A citacao do dia no título, bonita e verdadeira, é de Thomas Dewar.

Ontem espalhei-me, quer dizer, nao me espalhei muito, mas nao me foi fácil explicar o verbo to do aos meus alunos. Comecei por lhes falar da sua validade como verbo independente e como auxiliar. E depois como auxiliar de si mesmo. As suas caras lindas transformaram-se em verdadeiros pontos de interrogacao. Nao perceberam e como eu nao estava a contar dar esse verbo ontem, nao me tinha preparado. Eles é que comecaram com as perguntas do costume, as célebres questoes que inquietam a Humanidade, na mesma linha das máximas porque é o mar azul ou porque nao se combate o aquecimento global. Disse-lhes pra irem lendo o que vem no livro e que na próxima semana damos isso como deve ser.

Entretanto, tomei uma decisao que andava a arrastar há já algum tempo. Vou tratar da carta de conducao. Aqui nao é facil obter informacoes. Passei numa escola, duas, tres e durante o dia nunca estao abertas. Nao pensei mais nisso, porque nao me faz falta. Até que me aborreco por ver que o Bola nao se esforca como eu gostaria para recuperar a dele, que lhe foi confiscada há dois anos por desacatos à autoridade, depois de ter sido alertado para o facto de pedalar na sua bicicleta de noite, sem luz na retaguarda. Ora, mal o Bola abre a sua formosa e bem delineada boca pra explicar nao sei o que, o seu perfume a cerveja emanou e diz que a autoridade nao lhe teceu grandes elogios. Depois deste episódio seguiu-se uma multa de 800 euricos e a propria carta. Ah pois. em Bayern é a doer. Já ouvi dizer que nenhum estado é tao tramado como este em matéria de controlo na estrada.
Adiante, hoje vou-me informar de como e quando posso comecar. Toda a gente me aconselha a faze-lo durante o tempo de neve. Assim, se bater no passeio é natural que nao se de logo conta.

terça-feira, novembro 14, 2006

Crónicas de Londres

Eu gosto bastante deste blog. Hoje ainda gostei mais de la passar e ver a foto dum sítio, onde estive ha poucos dias. Mas nao passei da porta. Ainda bem!

molho de tomate nao é amigo

Depois de algumas experiencias menos felizes, concluo portanto que o meu corpo nao gosta de comida ácida à noite. Molhos de tomate, sumo de laranja e coisas que tal só servem para me proporcionar noites mal dormidas. E eu sou um autentico bicho quando durmo mal. Desta vez nao passei parte da noite abracada à sanita, mas estive quase. Até pra me gregoriar sou preguicosa. Portanto, em vez de me gregoriar obriguei o meu estomago a dissolver os cítricos todos aos encontroes e acordei pálida, com cara de poucos amigos, o que até é verdade. Quem é que me grama? Um beijo à Maybelline, que permitiu que eu aqui estivesse hoje com uma carinha mais ou menos laroca depois de tanto sofrimento, meu Deus… e nao me perguntem quem é a maybelline por favor.
E logo tenho mais uma maravilhosa aula de ingles, que ainda nao preparei. Metade da turma quer dar o livro, entao pra que hei-de estar a dar-me ao trabalho de lhes fazer fichas e resumos da gramatica? Entao demos o livro, seus calhauzinhos com olhos. Textos estereoptipados e forcadissimos. Assim, dou a aula mais descansada com o apoio do material e quando chegar a casa, nao me sinto com a cabeca tao desfeita em agua e sempre posso mamar de seguida o pacote televisivo de terca-feira, o unico dia em que vejo televisao. Hoje mereco.

segunda-feira, novembro 13, 2006

será chuva?será gente?gente nao é certamente e a chuva nao bate assim

Lasanha. É essa a resposta que daria se me perguntarem algo que aprendi a fazer, que fui aperfeicoando e me sai sempre bem. Mas há tantas outras coisas que gostava de fazer e nao sei. Tipo…jardineira. Tipo…feijoada. Comecar a semana a pensar em comida nao pode ser bom prenúncio. Mas devo ter sonhado com comida, pois acordo com fome em dias destes. Adiante...

Deixo aqui uma informacao que me ajudou no sábado. Precisava de fazer uns exercícios para a aula de amanha, mas infelizmente nao tenho o Office em casa. Quando comprámos o computador nem perguntámos que programas trazia. O interesse do Bola resumia-se ao Nero e ao Itunes. De resto, trazia o Microsoft Works, com o qual nao me dou tao bem.
Aqui, pode fazer-se o download do Open Office, que é uma versao equiparada ao original MO, em constante desenvolvimento e compatível com a maioria dos sistemas operativos. Foi a minha salvacao no fds.
Foi um fds com muita chuva e frio, o que me deixou a bracos com tarefas maravilhosas como limpar a casa-de-banho, arrumar roupa que aparece nos sítios mais estranhos, escorregar na banheira, recitar poesia (nao necessariamente por esta ordem) , ver o charmoso do Schröder na tv, ao mesmo tempo que o Bola o chama de cretino e passar muitas horas enrolada na minha roupa de cama de malha polar, que é a melhor coisa pra fazer num domingo de chuva. Quem iventou a malha polar, especialmente na versao de roupa de cama, receba já um beijo meu daqueles molhados!

Malta de Portugal, contem-me lá como é saborear no Inverno temperaturas acima dos vinte graus! O aquecimento global anda por aí, ai anda, anda...

sábado, novembro 11, 2006

um bule!

Hoje tive formacao. Custou-me mesmo muito saltar pra fora da cama as oito menos dez. Ainda mais me custou e me deixou fora de mim, o Bola ter-se levantado ao mesmo tempo a dizer absurdos como ja dormi tudo, quando eu estaria disposta a dar um dos meus pacotes de Quality Street para poder ficar na cama mais uma hora.
Diz-se la na empresa que nós nao conhecemos as formulas do Excel e que nao nos interessamos. Eu nao em interesso é pelo facto de que preciso de listas de excel para me alegrar o dia. Que mentira...Vai daí, surpresaaaaa, formacao pra todos de borla no sábado, das oito e meia às quatro! Que sorte, ennaaaa! Aliás, que sorte! foi exactamente o que eu disse aos meus botoes quando hoje, por volta das dez da manha, a meio da formacao, o meu portatil me informa que o sinal de wireless foi encontrado. Portanto, é com muita alegria que revelo aqui que só aprendi como se soma. O resto do tempo passei a surfar na net. Yuuupiiii... com o ar mais interessado possível. Pois claro, de vez em quando olhava para o que estavam a explicar com o projector, como quem seguia atentamente. Uma das coisas que encontrei foi isto aqui, que acho que vai ser interessante. Se eu estivesse por estes lados, dava la um salto. Este avozinho é um querido. Decente, competente, coisas raras no panorama da política internacional. (da qual eu percebo, como voces sabem, imenso) Vao ouvir o Joshy.
Saí da formacao as quatro e qual nao é a minha surpresa quando chego a casa e a o Bola me poe nas maos um embrulho que nao deixava revelar o seu conteúdo. Quando abri, os meus olhos nem queriam acreditar. Um bule! Eu ando ha imenso tempo atrás dum, pois nao tenho. Nao tinha. Ainda na quinta-feira andamos a ver, ele desinteressado, mas eu queria um branco, queria um bule parecido com o da Bela e o Montro. Afinal, eu sou a Bela.

Nunca esperei que o Bola me desse um bule, nunca esperei que ele se lembrasse ou que tivesse reparado que eu queria mesmo um. Ele ficou tao aflito quando eu derrubei duas chavenas, com medo de ter de as pagar. Só por isso nem me chateei quando mais tarde, fomos às compras e eu, depois de experimentar um rouge, lhe perguntei gostas? Olha lá! e ele perguntou do que? e eu disse das minhas bochechas!!! e ele disse Gosto, tao coradinhas do frio.

Uma beijoca à Cromossoma X, que me fez as maçãs do rosto corar mas desta feita sem rouge. Obrigada por passares sempre aqui no estaminé.

sexta-feira, novembro 10, 2006

uma pequena alarve

Nao ha duvida que os nossos Pais nos educam as pupilas gustativas e duma forma quase irremediável. Quando era pequena, fui comecando a comer muitos dos doces/chocolates que aprecio hoje em dia. After-eight, fantasias Imperial, Toffee Crispy e estes aqui da foto, dos quais eu gostava especialmente, devido às diferentes cores dos papelinhos, que eu depois coleccionava. Com os chocolates é por fases. Agora tou na fase Bounty, na semana passada estava na fase Reeses. A fase Ritter Sport foi no início, quando vim pra cá morar. Depois veio a fase Milka.
Infelizmente, Ferrero Rocher nao consigo comer mais, depois de tantos Natais. É psicosomático. Já cá nao está quem mos dava...
A desgraca maior reflecte-se mesmo na docaria conventual. Acho que isso justifica em parte a forma como comecei a conhecer o mapa de Portugal. E a dar importancia a uma cidade tao cosmopolita como Amarante. Mas aqueles barquinhos e papos-de-anjo... e os d.rodrigos no Algarve... e os pastéis de Belém...os pastéis de Vouzela... as queijadas de Coimbra e as arrufadas. Enfim, tornei-me numa pequena alarve. Falem-me numa cidade, eu digo-vos como vamos de pastelaria pra esses lados.
Que pena nao poder ter ido à feira do chocolate em Óbidos. Diz a Mae que agora é que aquilo está mesmo giro, depois da desilusao que foi o primeiro ano, quando la fomos.

fruta voa voa

Levar com uma tangerina na cara pode nao ser giro, mas sera caso pra se ficar de trombas? Alguem do outro lado da sala, gritou hoje, ALGUÉM TEM UMA TANGERINA??, e eu, que tinha mesmo, e generosa que só eu, vai daí e faco a minha tangerina voar, com destino a quem tinha pedido. Ou seja, destino desconhecido. Pelo meio, acertei numa colega que por acaso costuma ser a tal que vai sempre ao WC quando eu la estou a fazer algum esforco. Ela ficou chateada e a proferir continuamente impropérios que eu calculei logo que fossem pra ela mesma.
A minha generosidade é assim, incontrolável.
E infelizmente, parece que ela nao queria tangerina nenhuma.

Como as sexta-feiras parecem ser mesmo o dia de eleicao pra mandar mails estúpidos a todos, hoje ja recebi aqui mais uns quantos de gente que nunca vi na vida. Entre esses mails de gente que pretende vender, negociar ou testar a paciencia alheia, ofereciam-se hoje bilhetes para o circo, pedia-se ajuda na busca de alguem amigo com um camiao, mandavam-se fotos de plantas para venda e mais um a pedir pra deixarem a casa de banho do segundo piso como a encontram. Só la fui uma vez, nunca mais la ponho os pes.
Os mails que mais me enervam sao mesmo aqueles que recebo com frequencia, de algum chato a despedir-se porque vai de ferias. É sempre alguem tao idiota, que se acha importante a ponto de enviar um mail a CEM pessoas, das quais metade nao conhece, a avisar quem se pode contactar na sua ausencia. Normalmente, quando é um daqueles palhacos mesmo desinteressante, menciona sempre para onde vai de ferias e mais qualquer outro detalhe que nao interessa nem ao menino Jesus. E depois tambem há os mails, a perguntar numeros de extensoes que ninguem conhece. Numa lista onde é possível seleccionar os destinatários, estes preguicosos chatos cometem o pecado de clicar em todos e pronto, em vez de dez pessoas de mau-humor, temos uma empresa inteira. Digam-me, era necessário? Numa sexta-feira? eu só fui ontem a um concerto, será que mereco colegas assim? Castigadores da parvoice, algum por aí?
Ter saído na quarta pra dar um salto vertiginoso a Munique fez bem, para quebrar o stress da semana. Pena que tenha durado pouco, foi sempre a correr. O Ben tem uma presenca muito boa em publico, mesmo tendo ido cantar e tocar a um pavilhao de segunda. A malta vibrou e cantava em uníssono as letras das musicas todas, das quais eu devia conhecer umas tres ou quatro. O bola ainda me cantou uma musica assim mais mellow ao ouvido, ao mesmo tempo que os mongos em nosso redor nos olhavam de lado, perante a voz desafinada mas tao querida dele, e o meu riso malandro que gritava pra sair boca fora. Devo dizer que a mistura do meu riso de gozo com o meu sorriso melado da um resultado desgracado. Fico com os olhos esbugalhados e com cara Júlio de Matos. Entenda-se cara-de-quem-la-vai-parar e nao parecida com essa personalidade que deu o nome a tao honrosa instituicao.

Ontem fomos tomar um pequeno-almoco daqueles demorados e com direito a tudo, ao restaurante dum centro comercial da moda, onde antes das cinco da tarde, so se veem pessoas reformadas. Soube-me melhor que o almoco. De tarde, ainda deu pra algumas compras de Natal e um chocolate quente, antes de voltarmos para Weiden.
Felizmente, há pouco foi la um tipo a casa compor o aquecimento que estava a funcionar abaixo da sua capacidade. Eu até sou daquelas que gosto da casa quente, mas sem exageros, pois adoro mantas, seja no sofa ou na cama... mas nao gosto de ficar com as maos frias, especialmente quando estou no computador.
Estou entupida em trabalho até à testa e só me apetece ganir. Seria quase fim-de-semana se amanha nao tivesse que ter formacao aqui das oito às quatro da tarde. Uma crueldade...

quarta-feira, novembro 08, 2006

hilariante

Há pouco, estava a trincar a minha pera e a ver uns emails, quando de repente, vejo um mail dirigido a todos, ou seja, a mais ou menos cem pessoas, que é o numero de emails registados no domínio da empresa.

Tenho para oferecer...
um autocolante com motivos de Outono, quem estiver interessado é favor passar na minha secretária.

Eu até nem estou entupida em trabalho nem nada. Mas vou fingir que nao li isto e dar já de frosques, a caminho do concerto deste gajo aqui em baixo.

terça-feira, novembro 07, 2006

mais uma tertúlia, mais uma partida

Ora bem, hoje vou dar a formacao do plural outra vez. Na última aula, parámos naquela parte em que discutíamos o que é uma sibilante. Depois de lhes explicar o que é tal coisa, quiseram todos experimentar os sons maravilhosos, como se os tivessem descoberto pela primeira vez. Entao eram ch’s, sh’s, sss’s,zz’s, j’s fff’s, tudo a brincar aos sprays humanos. Hoje há que por em pratica. É a primeira vez que vou dar uma aula espontanea, sem a ter preparado. A ver vamos como corre. Se a certa altura, nao me lembrar de nada pra explicar, sento-me na minha mesa e conto-lhes a história da minha vida. É uma história bonita. Once upon a time there was this worm called…

segunda-feira, novembro 06, 2006



Grandes questoes da Humanidade ou de tirar o sono - 1

Tenho hoje umas botas calcadas tamanho 39. Tenho as mesmas meias em cada pé, sendo que o esquerdo doi-me, sinto o dedo mindinho todo amassado a pedir socorro por nao estar a ser tratado decentemente pelo seu dedo irmao, imediatamente a seguir. Porque só num pé? Sou deficiente? Sou assimétrica? O meu seio direito é maior do que o esquerdo, mas é o pé esquerdo que tem o pé mindinho asfixiado.
Nao sei que faca. Estive quase pra saltar da Tower Bridge há dois dias. O Bola é que me disse pra nao me preocupar, pois nao é por isso que cheiro menos mal dos pés.
Ajuda? Alguém?

o balanco

Ora bem, por curiosidade, calculei hoje em quanto me ficaram 4 dias em Londres, incluindo levantamentos, hotel e voos e confesso que ainda estou com a boca aberta do susto. Nao a consigo fechar. Isto da diferenca da moeda é lixado. Mas pronto, o melhor é nao pensar mais no assunto e esquecer que num país tipo a Índia dava pra vivermos dois meses, com o que gastámos em Londres em 4 dias. E deixem-me que anuncie que de vaidade só comprei um cinto, uma carteira groovy e uma t-shirt. O resto foi em comida, porque isto de viajar e nao saborear as iguarias de sítio onde aterramos nao é viajar. Bom, bem sei que iguarias e Londres nao combina muito, mas pronto, alarve como eu sou… era algo obrigatorio, nem que pra isso tivesse de inventar comida, na ausencia de pratos típicos.
O Bola conseguiu convencer-me a nao pedir pequeno-almoco ingles. Eu fiquei desconfiada que a crenca dele olha que nao vais gostar, é gordura em bruto nao era tao honesta perante o desejo ardente dele de que os meus intestinos nao desatassem a bombardear o nosso minusculo quarto. Ah, e compartilhando os mesmos cobertores, muito perigoso portanto, tendo em conta o aquecimento que estava sempre no maximo. Deve ser por isso que os ingleses sao coradinhos. (a partir de certa idade) ou entao é do vinho do Porto que ainda nos continuam a gamar desde o tratado de Methuen.
Mas de facto, nao foi preciso um grande discurso para me convencer que comer feijoes às nove da manha, ainda por cima em molho de tomate, pode nao ser divertido. E eu até sou uma miúda feliz com pequenos-almocos continentais.
Agora preve-se uma semana difícil, especialmente por termos bilhetes para o Ben Harper na quarta-feira e eu ainda nao ter pedido o dia. Hmmm... se calhar, podia comecar a falar nisso. Pois. Ou fico inesperadamente doente? ih ih....

p.s. ah, ja agora, nao posso garantir, mas ali em Notting Hill vi várias livrarias que me fizeram lembrar aquela onde o Hugh Grant trabalhava, no filme. Ou entao sonhei. Mas eram tao parecidas...

domingo, novembro 05, 2006

as mini-férias foram assim

Os 4 dias que estive em Londres foram óptimos. Apesar de ter estado frio, pelo menos o sol apareceu sempre, superando as minhas expectativas, e o céu esteve azul. Andei quilómetros (cansaco que, aliado à grande vontade de ver o filme em questao, me levou pro cinema mais próximo)
O hotel deixou um pouco a desejar pelo tamanho dos quartos, a localizacao estava óptima, com um restaurante portugues logo ao virar da esquina. Enquanto esperávamos pelo autocarro, os meus olhos vislumbraram atraves do vidro do restaurante, uma garrafa de compal.
Gostei imenso de Camden, apesar de nem sempre ter tido sucesso a negociar as libras que me apetecia pagar. Mas nao me atevia a passar nas redondezas sozinha à noite... Claro que achei tudo caríssimo no geral, coisa que comecou logo quando entrei na Boots para comprar um gel de banho. De facto, a Alemanha tem as drogarias muito mais em conta e nao só em relacao a Portugal. Londres tem bons restaurantes indianos, óptimos cookies americanos. Daqueles que se podem comprar nas lojas Häagen Dazs ou Subway por uma fortuna, num Tesco ou Sainsbury's paga-se uma libra por cinco. Sao ma-ra-vi-lho-sos. Os meus intestinos que o digam.
Londres tem estilo, a malta circula com trenchcoats, botas e malas que nao se veem por estas bandas. E nao estou a falar do preco, estou a falar do factor novidade/criatividade. 1 em cada 3 pessoas no metro viaja de ipod (vejam bem o detalhe da minha pesquisa), a avaliar pelos fones brancos... ouvem-se as línguas mais variadas em coisa de poucos metros quadrados. Ouvi diariamente brasileiros, espanhois, portugueses, alemaes... permanentemente. Perceber tudo sem excepcao, pedir a comida, o café, fazer perguntas em ingles, comunicar o tempo todo em ingles foi fantástico. Sem ter que me esforcar pra me perceberem, como por aqui, sempre a ter de disfarcar o meu sotaque frances.
Do ponto de vista arquitectónico, adorei os edifícios bem conservados, os imensos espacos verdes (o Regent's Park, onde fica a antiga uni do Bola), as grades pretas e as casas brancas todas alinhadas. Gosto do tom grená dos tijolos e da forma como as ruas sao ordenadas, nao se ve caos, nao se ve grafittis. Conduz-se de forma ordenada. Pela direita. Os taxis dao uma flair incrível à cidade, bem como todas as luzes e enfeites de Natal. Casas comerciais como o Selfridges e o Harrods só me fazem fugir, embora por fora sejam edifícios de se tirar o chapéu.
Nao trouxe a minha chávena com a cara do príncipe Carlos nem a proposta de casamento do filho William. Nao provei Yorkshire Pudding, Fudge nem custard cream. Fica para a próxima.
A seguranca no aeroporto, as camaras instaladas pela cidade toda, é de fazer uma pessoa perder a paciencia. Depois de fazer o check-in, ainda me passeei descalca à espera que me controlassem o teor suspeito das minhas botas. E de toda a gente. Uma seca.
Trouxe alguns Cadbury's e o melhor chá ingles que ja provei. --->
Londres encheu-me as medidas, agora só preciso de ir para lá morar.
Eu nunca tinha visto esquilos...

Londres


Therapy / prevencao contra a tristeza


Facam um favor a voces mesmos e vao ver este filme ao cinema.
É de rir sem parar, literalmente. Eu ri do princípio ao fim e passei o dia de ontem a rir-me ao lembrar-me das passagens do filme, praticamente todas pois o filme é um pacote de riso autentico. Rir. Muito, até doerem os músculos todos. Como ainda doem.
O trailer aqui. E aqui.

Ja agora, deixem-me acrescentar que este gajo aqui do lado direito, para além de ter uma piada incrível e só isso lhe dar um charme inacreditável, é também um grande pao. Ai nao?

Uma das coisas que mais me encanta em Londres é o gradeamento. Normalmente com melhor efeito a contornar as casas brancas.

terça-feira, outubro 31, 2006

grates

Quando fazemos uma transferencia para uma conta e o dinheiro automaticamente sai da nossa conta, mas ainda nao chegou à conta de destino, digam-me, em que cosmos do mundo financeiro anda o meu dinheiro? É que ele nao estica, né... e ontem por causa disto, tive de fazer umas figuras nao tristes mas quase. Entao, como nao me apetece ter de por os óculos para ver o Big Ben e como as últimas lentes (mensais), depois de dois meses nos meus olhos decidiram sair sozinhas, achei que nao podia deixar chegar o dia da viagem e eu sem lentes, a dirigir-me à porta das chegadas quando queria ir pras partidas. Vai de que vou à óptica e digo ao senhor simpático de nariz grande, que me veio perguntar se podia ajudar (estas pessoas que perguntam se podem ajudar normalmente existem nas lojas. só e apenas), que em tempos usei lentes (nariz cresce), desabituei-me (cresce la mais um teco) e agora gostava de experimentar outra vez (pronto, o meu nariz bateu no fundo da loja). Nariguda que só eu e com um nariz fictício mas grande, contei ao pobre homem a história linda de que sempre sonhei usar lentes e que sentia que era agora.
Ele fez-me um teste rápido, dizendo-me em vinte segundos, que eu tinha duas dioptrias e vinte e cinco em cada olho. Quando eu disse mas ó meu paozao, olha que so te podes ter enganado, ele apercebeu-se que sim e respondeu-me a prova de que me chamaste paozao mostra que ainda nao ves bem, já agora és francesa?
A verdade é que eu ja sabia que muitas ópticas fazem estes testes de borla e dao kits para principiantes no mundo das lentes de contacto, tambem de borla. Borla é uma palavra linda ou sou só eu? E como me dá muito mais jeito gastar os quase vinte contos nas minhas lentes respiráveis e maravilhosas, so no mes que vem, achei que por quatro semanas só me fazia bem andar de lentes-teste (para bem da minha carteira), até porque precisava de mais graduacao. No final de contas, aumentei 0,75 diopetrias em cada olho em meio ano. Nas idas ao supermercado é uma desgraca.
Mas como a mentira nao compensa, ou pelo menos, nao totalmente, quando cheguei a casa reparei que o olho esquerdo nao estava muito bem. Mas hoje de manha, voltei e fiz um teste mais completo, daqueles com sopas de letras e entao, agora tenho visao quase raio-x. Pena que nao consiga ver a minha conta bancária mais recheada... mas pelo menos, prestaram-me um servico pelo qual nao paguei nada e isso é o que eu chamo verdadeiro servico ao cliente.
Os momentos mais bonitos foram aqueles em que eu simulei a alegria de quem tinha as suas primeiras lentes. Ele a explicar-me e eu com a cara de quem estava a seguir as intruccoes todas. Com alguma hesitacao disse-lhe que achava que conseguia por as lentes sozinha em casa. Yupi.

roxa?

No sábado, o Bola foi ao mercado e entusiasmou-se a ponto de comprar couve-flor roxa. Eu apostava mais que aquilo seria bróculos, mas nao, nao era um bróculo e nao me venham dizer que nao existe singular de bróculos, porque se eu tiver só um raminho, é bróculo e fim de conversa. Da mesma forma que vários lapiS sao lápis, um lápi é um lápi. Adiante... ele fez uns temperos tao bons pra aquilo que, no domingo, comi couve-flor como se de cerejas se tratasse e pronto... devo dizer que desde ontem que estou um bocado tramada, pois sinto que existem pequenas criaturas a viver nos meus intestinos. Que se movimentam e organizam festas. Só isso justifica a sensacao de pequenas criaturas (que vivem no actimel) a encherem baloes com hélio.
Se eu vos pudesse dar um conselho para o futuro nao seria para usarem protector solar mas sim para nao abusarem da couve-flor e dos bróculos. É muito chato, especialmente quando nos dias que se seguem somos obrigados a dividir espacos com os colegas de trabalho. E amanha dividir lugares do aviao. Aero-om por aí, alguem? Vá lá.... pois, pois, só acontece aos outros. Gases? ai que nojo, que é isso? Que maCada...

domingo, outubro 29, 2006

tá de chuva

Afinal, o filme apesar de ter a sua piada, está previsível. Marta, tanto eu como o Bola achámos que és parecida com a Anne Hathaway! Mas foi uma boa forma de passar parte da tarde de domingo. Outra poderia ter sido enrolada na manta, na cama ou no sofá a ler as revistas que comprei ontem, enquanto ouvia em repeat o Sleeping Trouble da Corinne Bailey Rae. Esteve de chuva, antes que o tempo piorasse fomos, como é costume, levar os caes do vizinho a passear. Caindo no risco de me repetir, deixem-me que vos diga que a estacao mais bonita na Alemanha é o Outono. Adoro andar a pé com o chao coberto de folhas enquanto outras quantas vao caindo. A variedade de tons é imensa, em Portugal a passagem do Verao para o tempo frio é muito mais repentina. E chove mais. Lembro-me sempre do meu primeiro Outono, quando vim pra cá estudar e vinha de pé engessado e canadianas. Demorava uma eternidade a movimentar-me na faculdade, as distancias pareciam muito maiores. Ia para casa de autocarro e estamos a falar de uma distancia de menos de 300 metros. E com tanta coisa gira à minha volta pra descobrir. E era Outono, adorei a paisagem que me esperava quando cheguei. Após tres semanas de calos nas maos por andar sempre com o pé ao alto, passei a andar com ele no chao e entao, sempre que chegava a casa trazia várias folhas agarradas. E fazia questao de mostrar o nojo em que a base do meu pé se tinha transformado (passei a dormir com o pe embrulhado num saco plastico) aos meus companheiros de casa, entre os quais o Bola, sempre que os via sentados à mesa. Era bonito poder dizer que foi nessa altura que o Bola se apaixonou por mim, mas nao, a nossa história é muito pouco convencional. Ele até me implorava para eu nao mostrar o meu pé enquanto ele comia, mas eu queria que ele saísse da fase de negacao em que andava. Bom, voltando às folhas. Um post tao grande quando o que eu queria dizer é que a época romantica das folhas acaba geralmente com o primeiro dia de muita chuva que estraga este cenário todo. Ou seja, hoje.

sábado, outubro 28, 2006

peanuts

E duas fatias de pao branco barradas com manteiga de amendoim e um copo de leite pra empurrar? Só falta mesmo experimentar à moda americana, ou seja, barrar mais uma fatia, fazer uma sandes mas com rodelas de banana dentro. Vou ali vomitar e volto ja.
Depois de muito hesitar, acabei por decidir que a manteira de amendoim tem um lugar reservado na prateleira da minha mercearia, desde que o seu consumo seja efectuado com moderacao. Pelo que em vez de comer duas colheronas de sopa daquilo, usei uma colher de chá. Orgulhosa de tal acto, dei uma salva de palmas a mim mesma.
Eu devia era comer uma peca de fruta, que me faz melhor. Mas infelizmente, tá-me nos genes. Gosto de doces, tenho tendencia pra gostar de todas as porcarias que fazem mal. E tenho um gajo, com quem dize que casei, cujos hábitos alimentares se assemelham aos de um adolescente. Naquela fase do desporto. Portanto, se o meu estomago pudesse falar, gritava de desespero. E depois toca de pedir aos pais pra me mandarem Ulcermin pelo correio.
Vou é ver um filme de terror pra ver se ganho juízo. Bom domingo! Passem a ferro, limpem a casa-de-banho ou facam pelo menos a vossa própria cama.

sábado

Levarem-me flores à cama é uma daquelas cenas com que em tempos devo ter sonhado. Será que daqui a 20 anos continuo a receber flores na cama? Mais ainda, se tiver sorte. E será que daqui a 20 anos continuo a acordar a um sábado com o carteiro a tocar à campaínha antes das nove da manha? E será que os carteiros continuam a ser estupidos a ponto de nem nos dar tempo de descer as escadas e fugirem com a nossa encomenda?? Bronco...

Bom, ontem instalei a internet sem fios ao meu vizinho de baixo. Eu. Pois. Tambem instalei a adsl aqui em casa e à primeira pode nao parecer complicado, porque voces nao sabem os preparos em que a Telekom envia o equipamento. Um exagero. Tres cds, dez manuais e cabos até dizer chega. Sim, internet sem cabos mas com cabos, afinal. Quando ele me tocou à campaínha e me pediu ajuda porque tinha o material todo em alemao (ele nao perceber por ser american) , eu disse-lhe que claro que o ajudava até porque quando deixar de ser preguicosa, quero instalar aqui tambem a net sem cacos e passar a postar directamente do sofa. Assim, já sei mais ou menos como é. Desci as escadas e sentei-me na mesa dele, pus os meus óculos para dar um ar inteligente e de secretária ao mesmo tempo e enquanto era assediada pelos dois caes enormes dele que insistiam em descobrir o que existia parala da baínha da minha saia, lá fui às tantativas conseguindo instalar o router e depois o software da Telekom. Infelizmente, depois deste esforco todo, que envolveu coisa de hora e meia, olho para a parede e constanto que os fios da linha do telefone estavam todos soltos e a pedir para fugir da parede. Só me apeteceu-me abaná-lo e acusá-lo de crime, pois arrasta-me do sofá da minha leitura intelectual para depois de eu prestar os meus servicos, repararmos que era impossível funcionar desde o princípio!
Agora andámos atrás dum electricista daqueles de emergencia que cobram 50 euros por dez minutos para ele esta noite poder ver os seus Beavers jogar em directo.

sexta-feira, outubro 27, 2006

à vista: é um superhomem? É um feijao gigante? NAO! É o fim de semana!!!

Sexta-feira, que maravilha… enquanto tento nao pensar nessas grandes questoes que afligem a humanidade, tais como quem inventou o refogado, se existe traducao para este termo, ou se o queijo camembert se deve comer com ou sem casca, acucar ou adocante?, vou tentando imaginar a maravilha que vai ser o meu fim-de-semana. A passo de caracol.
Uma das coisas que mais gosto ao fim-de-semana sao as manhas. Normalmente o Bola acorda cedo e vai fazer todas as suas tarefas imprescindíveis entre as nove e as dez da manha de sábado: levar a tralha pro ecoponto, tirar a loica da maquina, comprar pao e jornal e fazer café. Em dias bons e com laranjas que fazem lembrar as do algarve (coisa muito rara) tenho direito a sumo natural. Chega a casa e deixa as portas abertas de propósito e vai fazendo barulho para eu acordar naturalmente. Assim que o cheirinho a café de saco me entra pela narina esquerda, abro os meus olhos remelados e arrasto-me para a mesa do pequeno-almoco já posta, onde ele está já sentado com a cabeca escondida atrás do jornal. Sao as unicas alturas em que fico dependente da mesa como que por cordao umbilical, sabe-me tao bem. Barro o pao artisticamente e dialogo com o Bola fazendo-lhe perguntas daquelas que afligem a humanidade continuas a fazer xixi de cima ou ja te sentas? Olha que assim nao, salpicas tudo , desisti da categoria como-preferias-morrer, atropelado-ou-afogado, ele nao alinhava. Ele é um querido, consegue responder-me onomatopeicamente sem tirar os olhos do jornal.
Ele passa-me um suplemtento e eu vou lendo e comendo mesmo muito devagar, coisa rara em mim. Ficamos nisto quase uma hora e depois eu alapo-me no computador, provocando com isto a pequena guerra de sábado na qual ele me tenta arrastar pra casa-de-banho porque normalmente esta um dia lindo la fora e temos coisas pra fazer. Na maioria das vezes, no caminho pra casa-de-banho passo pelo quarto e aterro de novo na cama, coisa que no início da nossa vida a dois o chocava de forma vísceral. Especialmente quando eu dizia que estava cansada do pequeno-almoco. Nao há nada como treinarmos o nosso espécimen.
Bom, está na hora de mais um Milchkaffee-a-fazer-de-conta-que-é-galao. Até já.

quinta-feira, outubro 26, 2006

continuacao do post 'a abichanar'

os famosos puxadores do armário!

quarta-feira, outubro 25, 2006

fazendo a mala

De hoje a uma semana, por esta hora, ja tou com o pezinho a passear em Londres. Com a sorte que tenho e com a maravilhosa condicao atmosferica da ilha, de certeza que vou apanhar chuva, mas nao interessa. Londres sem chuva em Novembro nao deve ter muita piada. (eu a minha auto-motivacao) Depois de muito procurar, la acabei por encontrar um sítio mimoso onde pernoitar. Infelizmente e sem eu compreender muito bem porque, a verdade é que fica mais barato fazer as marcacoes atraves duma agencia de viagens. Directamente no site fica um pouco mais caro. Vao ser apenas quatro dias, mesmo só para aproveitar o feriado e o fim-de-semana. Para ficar com uma ideia geral, vendo pouco coisa em detalhe, comprar chá para o Inverno todo e dar umas apalpadelas no Hugh Grant. Londres... aí vou eu!

momento intervalo na escola secundaria

Ora bem, sao estes os machos que preenchem as minhas noites e fantasias de terca-feira à noite e me fazem suspirar.
<--- Dr. House e o Derek da Grey's Anatomy. --->
Nao me posso ir deitar a suspirar pelos dois. Tenho que me decidir, pois caso contrário isto dá direito a sonhos muito estúpidos. Ora, quando estou a morrer na sala de operacoes, qual deles agarra o bisturi? Enquanto o outro me agarra na mao?

conhecam a sala de aula

Acho que os meus alunos acho me curtem. Ou entao, adoram este meu sotaque frances, infelizmente inevitável. Ontem tive a turma completa, 15 pessoas. Corre sempre depressa, nunca dou tudo o que levei no plano da aula. Nunca dou as fotocópias todas. E tenho alguns cromos clássicos. O cromo obcecado com o livro. Quando ve que ja estou a dar muitas fotocópias com explicacoes simplificadas da materia (ontem foi a formacao do plural), comeca a perguntar-me quando passamos para o livro. E vai-me mostrar o que fez em casa, pra eu corrigir. É aí que me dou conta que, nestas pequenas coisas, nao faz qualquer diferenca serem adultos. Olho pro gajo e vejo-o da altura da minha mesa, com menos 40 anos, a perguntar se fez tudo certo. E acho imensa graca quando me pedem pra ler. Qualquer fotocopia nova ou texto tem de ser lido por mim para eles ouvirem a pronuncia. Quando me esqueco, há sempre quem me lembre.
Tenho uma aluna croma com voz de bagaco. Quando estou a explicar qualquer coisa e ela fala pelo meio, pronto, ja ninguem me ouve. Usa os oculos na pontinha do nariz e o cabelo pulverizado com laca e tao estável que fica que qualquer dia toco ali só pra ficar com a certeza que os seus cabelos formam uma cortina de ferro, ou seja, inpenetrável.
Tenho uma aluna que cheira a mofo. Nao admira que as cadeiras ao lado dela estejam sempre vagas, o que me traz problemas para os exercícios feitos em grupo. Nao é muito intenso, mas está lá. E na primeira aula era apenas uma suspeita, agora uma certeza.
Ontem apercebi-me que afinal a vida nao foi tao cruel comigo. Apareceu-me um aluno novo, fresco, estaladico! Claro que tive de lhe dar toda a minha atencao no inicio da aula pra lhe dar as fotocopias atrasadas e lhe fazer um resumo de tudo o que ele tem de fazer em casa para acompanhar o grupo. Quando num curso para principiantes, ele me falha as primeiras quatro aulas, podemos dizer que há muito trabalhinho pra fazer em casa. Ainda tive pra incluir no tpc uma caixa de pastilhas de menta, pois meus amigos… quem fuma e acredita que nao tem mau hálito, só pode ser mesmo muito crente. Arrgg...