Relatos de uma Minhoca de sandália e meia branca

sábado, fevereiro 23, 2008

iman no volante

Passar um fim-de-semana descansada em casa, querendo manter-me a mim e ao Bola longe do carro parece ser uma tarefa com o seu que de impossivel. Sinto a pressao de termos de ir andar de carro a todo o momento. Ele nao o diz expressamente, mas eu vi a tristeza nos olhos dele quando se despedia de mim, no dia 1 de Fevereiro às sete da manha, dois dias depois de o carro ter vindo parar às nossas (?), talvez dele, ok... maos. Ele nunca aceitou bem isto de comprarmos um carro novo e eu poder (como se fosse uma opcao) conduzi-lo todos os dias cerca de 200 km na maluca da Autobahn. Nao há nada de que eu ande mais farta do que conduzir e manter o meu bolorento rabo duas horas por dia dentro do carro. Vou ouvindo as notícias, comendo uma maçã às dentadas e tal, mas detesto conduzir por tanto tempo. Ele nao. Ele aproveita cada desculpa para pegar no carro e ir fazer coisas absurdas. Tais como ir à farmácia do outro lado da rua. De carro. (nao acreditem, tou a mentir)
Hoje ainda só pegámos no carro uma vez para ir às compras. Mas depois ele deixou-me em casa e só voltou uma hora depois. Deve ter andado a dar voltas ao quarteirao. Como combinámos ir jantar hoje com uns amigos, nem foi preciso adivinhar em qual restaurante. No que fica fora da cidade e o mais longe possível de nossa casa, ainda dentro daquilo que se pode chamar de distancia aceitável. Eu sinceramente acho que nao mereco isto. Nem mereco o ar de desaprovacao que ele fez quando viu o ambipur que eu colei lá ao lado do porta-luvas, disse que estou a amaricar (?) um carro que tem tudo para ser um carro macho (?). Este carro deve ter um pénis e eu nem vi. O que invalida a minha compra dum daqueles caezinhos que abanam a cabeca, que eu queria tanto por atrás. Sendo assim, só me resta um daqueles chapéus para os rolos de papel higiénico, um Klohut. (ver foto)
O que é facto é que nem todas as sugestoes para ir passear de carro sao más. Quando ele me perguntou há uns dias se eu queria que ele arranjasse bilhetes para ver o benfica a mostrar ao nuremberga quem é que manda, eu disse que nao era preciso. Já me dei duas estaladas por isso.
É tao bom ser-se solteira e morar sozinha. Ó tempo, volta pra trás, voltas? (mas volta depois para a frente outra vez)

sexta-feira, fevereiro 22, 2008

oi, tudo legau?

Malta, nao. Nao fui alvo de homicídio ou vítima de alguma situacao menos feliz com as minhas estadias fora de casa. O senhor técnico das montagens, anteontem à noite, enquanto eu saboreava o meu take-away chines em frente è televisao, ainda abriu a porta do meu quarto, convencido que nao habitava lá ninguem.
- Desculpe, nao sabia que este quarto estava ocupado. É que a minha TV pifou e eu de vez em quando, venho aqui buscar esta.
Fiz a minha melhor expressao que pena e voltei ao meu jantar.
Postar do trabalho é algo que nao pretendo fazer nunca, muito menos agora que tenho colegas que falam portugues. Sim, aquele idioma que também é o meu, mas que muitos insistem em chamar de brasileiro. Confesso que trabalhar pela primeira vez num ambiente em que a minha língua materna é a música de fundo constante, é agradável, mas coloca-me alguns problemas relativamente à concentracao. Quando anteriormente a língua de fundo era o alemao, eu nao ouvia nada e continuava a fazer o meu trabalho concentradíssima. Passava-me mesmo ao lado. Agora, como a língua mais ouvida é a que mais me fala ao coracao, o meu cérebro reage logo e nao consigo que a conversa flua atrás de mim, sem que eu a siga. E vai nessa vanessa, já aprendi expressoes daquelas que em Portugal nao se usam mas que até se podia usar, mas lá está, sao de caracter cultural. Ora, comecemos com 'vai cagar no mato'. Ou na versao soft 'vai catar coquinho no mato'. Giro, nao? 'Nao enche o meu saco' também tem a sua piada. 'Tudo jóia' e
'bêlêza' também tem a sua graca.
Mais engracado foi o meu descontrolo quando uma das minhas colegas depois de me gozar por eu dizer 'casa-de-banho' e nao 'banheiro', ela nao se preocupa nao, Minhoca, já já voce vai aprender. Nao me contive.
- APRENDER? Tanto quanto eu sei voces é que aprenderam a língua connosco, ou preciso de ir buscar o livro de história da quarta classe? Só assim para ser engracadinha. Reconheco que o portugues brasileiro é mais bacana, sabi? Entra mais suavemente no ouvido.
E se nao fosse o Brasil, nao sei até que ponto eu teria um bom emprego. A verdade é mesmo essa. Com Portugal nao há empresa que encha o bolso. O Pedro Álvares Cabral que me desculpe.

quinta-feira, fevereiro 14, 2008

Amigos, nao há nada como viver no campo. Estes meus dois dias no countryside foram bem passados. Redescobri por exemplo a fisionomia da galinha, que era um animal do qual eu já nao chegava perto há muito tempo. Que mania que elas teem de empinar a cabeca para a frente enquanto se movimentam...
Custou-me um pouco no primeiro dia, chegar ao meu quarto às sete da tarde e ter de me resumir aqueles 25 metros quadrados. Confinada a quatro paredes. Vesti o pijama, inspeccionei o corredor em busca de sinais de mais vida na casa para além da minha e, na ausencia desses sinais (que viriam mais tarde), fui-me esticar na minha cama, com a televisao ligada. Poucos minutos depois, comi o que tinha levado e comecei a pendurar a minha roupa nas cruzetas, numa de brincar ao vou-aqui-ficar-muitos-dias-yupi.
Vi televisao, escrevi sms e depois de ler cerca de 30 páginas do livro que tinha levado, caí no sono. Às cinco da manha, oico a máquina de café do corredor e dou-me conta, ainda meia a dormir, que afinal o técnico de montagens ainda habita pela casa por mais uns dias. E, como informacao extra, as montagens fazem-se a uma hora muito matutina. Quando acordei, pouco antes das oito de quarta-feira, dirijo-me à janela e deparo-me com algo que justifica o preco em conta do sítio onde estou a ficar. Ou talvez nao. Um cemitério, mesmo no largo da igreja. Aqui nas salsichas, toda a gente diz que os cemitérios sao os melhores vizinhos, mas quer dizer, acordar e ver uma série de campas por baixo do meu quarto, algumas com velas ainda a arder, nao é um cenário que eu possa chamar de idílico.
Portanto, passei a contemplar a vista mais para o outro lado, aquele onde estao vacas, galinhas e patos. Afinal, as pessoas sao umas queridas, o marido da tia Ingrid até me limpou o gelo dos vidros do carro, poupando-me assim dez minutos cada manha.
Sinto-me melhor agora que me poupo alguns quilómetros. Ando farta de auto-estrada. Venham as campas.

segunda-feira, fevereiro 11, 2008

Minhoca vai para o campo

Ora bem, tenho a mala feita à porta de casa e nao me sinto com o espírito de quem vai de férias. Deve ser por isso mesmo. Por eu nao ir de ferias. Aqui ao meu lado, tenho um post-it daqueles amarelos e mesmo da marca post-it, atencao, que eu nao sou gaja de imitacoes. Pronto, ou prontoS, se gostarem mais e estiverem numa de saloios, nesse post-it estao várias coisas assinaladas das quais eu nao me queria esquecer de por na mala. Temos o carregador do telemóvel (4 pontos de exclamacao em frente), o meu medicamento para a tiróide, um cobertor, daqueles com franjas, que eu gosto de comecar a fazer festinhas com as franjas na cara quando estou quase a dormir, 40 pares de cuecas, dois livros, um pijama, robe, pantufas e a Xica - a minha almofada que vai sempre comigo para todo o lado. E pensar que uma estadia de dois dias no campo implica uma mala tao cheia.
Pois é amigos, vou pernoitar dois dias, ou será que com o verbo pernoitar só se pode usar noites? Como andar quase 200 km diariamente já me comeca a incomodar um pouco, vou mesmo ficar duas noites - de hoje em diante, tercas e quartas - na pensao da tia Ingrid, que fala um dialecto tao carregado, que só lhe entendo o fim das frases, mas nao interessa. Espero que o sino da igreja nao seja motivo para eu me aborrecer e, num acto de rebeldia, descer as escadas dos meus aposentos, vingando-me nos pobres dos animais da quinta, galinhas e vacas entenda-se, que nao teem culpa de o meu sono nao ser dos mais pesados. Na mala do carro, já coloquei os mantimentos necessários para estes momentos maravilhosos que vou passar no campo. Cereais clusters, pacotes de leite, água, bolachas e dois saquinhos de gomas para os momentos mais infelizes. Tambem levo um canivete suico e spray de pimenta. Isto nunca se sabe. Deixei instrucoes ao Bola que no caso de se sentir só, deverá só e apenas contactar a sua Mae, sim a outra gaja com quem divido o coracao dele.
Será desta que me vao deixar ordenhar uma vaca?

sábado, fevereiro 09, 2008

vegetar

O Bola nao consegue passar muito tempo longe de mim, o que mostra o quao maravilhosamente eu o domestiquei. Liga-me bastantes vezes, da última vez foi para me lembrar que já nos devolveram o Celestine prophecy, para o caso de eu querer ver. Da vez anterior foi para me lembrar que tinha deixado a chave do pátio, se eu precisasse de ir ao lixo.
Depois de passar o dia em ocupacoes mundanas, tais como experimentar vestidos para os casamentos que tenho em Junho, finalmente aterrei no sofá com intencao de me deixar entreter com aquilo que a televisao quiser mostrar. Infelizmente, está a dar aquela série parva do Alasca com a Anne Heche e nao há actriz mais sem sal do que aquela tipa.
Se o ferro nao tivesse cuspido o vapor esta tarde, acho que me dedicava a essa tarefa que tanto me apraz que é engomar. Mas nao confio no ferro. E como o tema deste fim-de-semana é vegetar, deixo a roupa acumular, pois se tudo correr bem, os meus montes pra engomar teem os dias contados. No próximo sábado, vamos comprar uma máquina de secar.
O meu jantar foi feito em 15 minutos. Cortei dois filetes de salmao em cubos, fritei em azeite, juntei duas colheres de sopa de creme fraiche, outras duas de polpa de tomate, uma latinha de camaroes, juntei a tagliatelle que já tinha cozido previamente, temperei com pimenta, salsa e ficou pronto. Só no final, é que me lembrei que costumo fazer isto sempre com refogado de cebola e desta vez nem me passou pela cabeca.
Tenho na gaveta dos doces, mini bounties e snickers. Está-me a custar nao ir lá. Ainda pra mais, quando o côco é tao saudável...

Fastenzeit

Este fim-de-semana é para vegetar, pelo menos foi como o idealizei durante o decorrer da semana. Bola foi passar estes dois dias com o seu melhor amigo, que faz hoje anos. Ou, como diriam as minhas colegas brasileiras fais aniverrrsário. Eu, como passei a semana na estrada, achei que era uma grande seca ter de passar o fds longe casa. Vai daí, decidi ficar e dedicar-me a fazer aquelas coisas de que gosto tanto, mas que normalmente o Bola desaprova. Ler livros de receitas na casa de banho, comer peixe, andar calcada em casa, etc.
Lá no trabalho,anda toda a gente com vontade de fazer jejum agora na quaresma. Cada um faz jejum de coisas diferentes, mas a ideia basica é nao comer, passar por exemplo uma semana só a beber. Água, chá, caldo. Eu tentei uma vez fazer jejum de doces, mas confesso que só durou tres dias. Mas gostava de fazer algo parecido, só para me sentir bem comigo mesma, por ter sido capaz. Eu acho que muitas limitacoes na comida me dao cabo do humor. Acho que fico muito chata se nao puder comer bem. Mas realmente, gostava de me impor essa disciplina. O Bola coitado, fez há dois anos jejum de cerveja por dois meses e se ele é capaz de tanto, entao, jejum total para mim nao há-de ser nada.

quinta-feira, fevereiro 07, 2008

tortura

Só mesmo com cacadeira.

após uma semana quase, o balanco é este

Ai que vida esta de camionista... mais parece. Mas sem o poster das meninas semi-nuas.
Nao me posso queixar, tenho um carro com potencia, ainda nao apanhei transito que me obrigasse a andar a menos de 80 km/h. A minha velocidade média é 130 e este blog é censurado para a entidade paternal, mas Mae, nao ia mentir assim aqui à descarada. Este blog nao aceita mentiras.
Mas a verdade é que quando me sento no carro de manh,a e no display do rádio, aparece Hello!, nao me sinto muito esfusiante (esfuZiante?). Vai daí que decidi por em prática uma ideia que já tinha como plano B na altura em que me tornei consciente deste suplício de 200 km diários (95 pra cada lado). Decidi procurar um quarto, um T0, uma cama. Um tapete? Bom, nao foi fácil. Tem sido difícil encontrar coisas decentes, especialmente numa boa localizacao e a precos também decentes. Comecei a achar que uma pensao seria a melhor solucao para mim, já que pretendo ficar 2, 3 noites assim sozinha, a dormir noutra cama que nao a matrimonial. Nem é por mim, é pelo Bola, coitado, que costuma dormir com os pés frios. (quando tivermos um bebé, acaba-se esse problema, agarramos no embrulho e colocamo-lo nos nossos pés. A maternidade tem de ser dar e receber, pois claro)
Parece que o conceito de pensao no país das salsichas, nao é como em Portugal. Ora, uma pensao que custa 30 euros por noite, nao é bem aquilo que eu procuro. Vai daí, com telefonema puxa telefonema, fui parar a uma aldeia a 8km do meu trabalho, a uma senhora que aluga quartos. E o quarto era bem jeitosinho, assim num sotao remodelado, com duas camas, armario, Tv e mais uns mimos lá numa pseudo-cozinha, micro-ondas, frigo e máquina de café. O preco era amigável, alem de que posso dormir quando me apetecer e só pago os dias em que lá fico. Combino com a tia Ingrid ao fim-semana como vai ser a semana que se segue. Ao lado da casa onde eu fico, fica um prado, um rio e uma igreja (com um sino enorme, que com a sorte que eu tenho, vai tocar de15 em 15 minutos). Lembrei-me logo dos livros da Anita e sendo eu a Anita, esta minha nova fase seria Anita(Minhoca) no campo. A acordar com uma lambidela duma vaca e o cantar daquelas galinhas que eu ia atropelando com o meu valente mathzzzda. Lavar a cara no riacho. Pisar bosta de vaca com os meus saltos assassinos. Ver este quartinho soltou a gaja pitoresca que há em mim. A mesma gaja que hoje no trabalho visitou o departamento de garrafas PET (tomem lá!). Vao ver à wikipedia.
Duas coisas me fizeram decidir depressa, uma foi o facto de a senhora ter todo o ar de tia porreira - Tia Ingrid, com quem eu posso ir beber um cafezinho. A segunda foi a notícia de que noutro quarto está um técnico de montagens duma empresa qualquer ali perto. Oh la la la... realmente, em todo o meu historial de dividir casa, casa-de-banho ou seja lá que mais, nunca me tinha calhado tamanha sorte. Vejam só amigos, vale a pena esperar nesta vida. Quando nós nao vamos ter com as nossas fantasias, eis que elas nos surpreendem e nos aparecem quando menos esperamos. Assim, no meio das vacas e dos cavalos.

Prometo registar tudo aqui. Só se algo de muito mau entretanto acontecer, tipo coisas impossíveis, assim... sei lá, o Bola aprender portugues.

Post Scriptum: PRECISA-SE! De ideias de coisas giras para ter no carro para entreter durante a viagem para além de: cd's livro, kit de manicure, comida, amigo imaginário.

domingo, fevereiro 03, 2008

ninguém me agarra

Entretanto, tao focada noutras coisas, quase me esquecia da experiencia da semana. A sensacao de cavalgar auto-estrada fora em 109 cavalos é algo maravilhosa. Saio de casa por volta das sete da manha, a esta hora da manha ainda nao é manha, ainda é noite cerrada. E entrar com o zoom zoom zoom na auto-estrada com ainda pouco transito é uma sensacao muito boa mesmo, tao boa que deixo o ponteiro da velocidade tocar nos 180 só para saber como é. Pai e Mae, foi só pra saber como é. Prometo fazer as próximas viagens a 65km/h. Há uma costela de Pedro Lamy em mim.

emprego novo

A tristeza passou-me em grande parte, pronto. O meu novo emprego parece-me agradável, as pessoas foram todas muito simpáticas e calculo que me darei bem com toda a gente. Até com aquela baixinha mexicana, que falava tao depressa e tanto, que me faz pensar naqueles desenhos animados que vi há muito tempo, em que nao se podia falar muito porque tinha que se pagar à palavra. Essa minha colega é daquelas que insiste em colar o nome de solteira ao de casada, mesmo sabendo que sai uma combinacao ridicula. E longa. Tenho de me lembrar de nunca abrir o blog no trabalho, pois no meu departamento o portugues é falado e nao só por duas ou tres e eu. O meu chefe fala fluentemente portugues brasileiro. O queixo caiu-me quando o ouvi a falar comigo. Senti-me num daqueles sonhos que tenho volta e meia, que primam pelos meus desejos que nao teem nada de esquisito, mas assumindo situacoes e formas estúpidas.
No meu departamento, há pausa para café e lanche da manha às nove e um quarto. É o único departamento onde se faz essa pausa. Todos se juntam numa mesinha lá no meio, que foi mesmo calhar por tras da minha secretária, a falar de banalidades non-work related. No meu departamento, nao ha hora fixa para chegar. Ora cá está uma grande vantagem para mim, que nao sei ser pontual muito tempo e já me decepcionei várias vezes na tentativa.
No meu departamento, que é o departamento do Sul da América, ri-se e fala-se alto. A média de idades deve rondar os trinta anos de idade, se deixarmos os meus dois chefes de fora.
Antes de me adaptar ao trabalho e aos colegas, vou ter de me adaptar ao facto de agora haver mais gente a falar de forma confusa como eu. A frase comeca em portugues, depois entra o meu colega na conversa e passa para espanhol. O final da conversa é em alemao. Quando sou eu a fazer isto e ninguem me acompanha, é fácil. Agora já nao sei bem. Nao dá pra carregar em pause?
Fazer 190 km diariamente nao é fácil. É concentracao a mais. Amanha vou ver um T0, para ficar alguns dias por semana. E com isto passo a ter a quarta casa. Há aquela onde cresci e para onde vou nas fárias em Portugal, mesmo que nao fique la muito tempo. Há aquela onde estou a maior parte do tempo, onde moro com o Bola. Há aquela para qual já nos decidimos ir morar a partir de Junho. E haverá esta, para me safar do transito em horas de ponta. Comeco a concluir que casa é mesmo onde nós quisermos. É tudo uma questao de adaptacao. E adaptacao é a palavra do momento. Uma vez mais.