Hoje festeja-se o dia da reunificacao alema e ainda bem que assim é. Se era para fazer deste dia um feriado, deviam ter derrubado o muro muito mais cedo. Estou sentada no lapetope, ou será mais apropriado dizer ao laptope, ja que não estou em cima dele...? Não interessa. No sofá, estão os meus sogros sentados a ver um filme. Os filhos deles foram todos para a crazy night e eu, como na verdade me sinto mentalmente mais próxima da idade deles do que da malta nova, fiquei também em casa, não deixando de oferecer porém, os meus serviços de táxi. Eu levo e vou buscar toda a gente. Eu e o Jason Mraz, que vai comigo no carro aos gritos, quanto mais não seja para dentro do meu carro poder fingir que ainda é Verão, para me esquecer dos dez graus (se tanto..) que já se fazem sentir lá fora. Para não acompanhar o grupo de oito pessoas, no qual se encontram namorados de uns e de outros e são tantos namorados, que ja nem sei quem é que é namorado de quem, tentei safar-me com o facto de eu ser preguiçosa e me deprimir quando noto que aqui nos bares, a média das idades ronda os 22 anos.
Como insistiam que os acompanhasse, invoquei tambem flatulencia e aí, como bons alemães que são, mais nada disseram. Olharem para mim constrangidos e dirigiram-se para a porta. Fizeram uma cara que parecia seres eles de repente, com a minha flatulencia, que nao me larga desde que comi aquele gratinado de couveflor há dois dias. Ontem fui buscar a namorada do meu cunhado à estação e sentia-me tão inchada que desapertei dois botões das calças não planeando mais sair do carro, facto de que só depois ter saído para dar aquele abraço alemão à minha cunhada, é que me apercebi.
São assim os alemães, não adianta tentar entender.
Ontem tive uma verdadeira sessão de culinária com a minha sogra. As coisas quer eu aprendi! Existem vários tipos de massa, nem todas as massas sao com farinha, açúcar e ovos. Alto aí. Um tipo de massa para cada necessidade. Fizemos juntas o bolo de aniversário do irmão do Bola, que faz hoje anos. Hoje tivemos uma sessão de decoração e até andámos a arrastar móveis. Mas não são os móveis o que mais despertou a minha atenção. Foram os métodos de fazer bolos da minha sogra. Nunca mais me vou esquecer daquele momento em que eu tentava desfazer os grumos da massa com a batedeira, e ela, olhando por cima dos óculos e com uma cara de quem me estaria a informar de uma doença incurável, me diz acho que não te vais livrar de amassar isso com as tuas mãos. Vai ter de ser. E foi. A minha sogra é o Dr.Oetker.
Relatos de uma Minhoca de sandália e meia branca
sexta-feira, outubro 03, 2008
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