Uma das coisas que aprecio no meu trabalho é ser variado o suficiente. Ora, umas vezes há que interpretar um layout, outras analisar rótulos e garrafas e claro, ligar para mais de cem pessoas num dia a pedir ou a dar informacoes. Falo regularmente com pessoas que nunca vi, ou pelo menos, nunca associei ao nome. Depois há aquelas pessoas que sorriem para mim na cantina e eu nao sei se é por saberem quem eu sou, ou pelo padrao dos meus collants. Mas, é engracado quando depois de falar quinhentas vezes com uma pessoa, lhe chego finalmente a ver a fronha. É interessante. Foi assim que conheci aquele meu colega com cara dos anos setenta. Agora que ele me conhece, sempre que lhe ligo, nao me deixa acabar e diz-me Frau Minhoca, eu passo aí agora. E ainda nao terminei de cantar You are the dancing queen, young and sweet, only seventeen, Dancing queen, feel the beat from the tambourine... lá está ele, totally seveties a movimentar-se na minha direccao, com o seu penteado totally seventies, os seus óculos tambem totally seventies e franja. Fico totalmente hipnotizada e recomeco a cantar aquela parte inicial do aaaaah aaaah aaaaah. Apercebo-me que ele vai soltando frases que oico bem longe precisamos da confirmacao do cliente para este transportador pneumático. aaaaahh aaaaah aaaaah E ele precisa de dizer se somos nós ou o fornecedor que providencia o motor redutor... aaaah aaaaah aaaaah Quando ele olha para mim, só me ocorre dizer the winner takes it all.
Eu nasci na década errada. Definitivamente. Esta é para ti, Jürgen!
Relatos de uma Minhoca de sandália e meia branca
quinta-feira, março 26, 2009
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