Relatos de uma Minhoca de sandália e meia branca

domingo, outubro 19, 2008

quando a frontalidade nao pode

Na quinta-feira, depois de ter passado horas a pensar em como me esquivar de nao ir ao encontro com a tia do Bola, ligo-lhe e explico-lhe que nao iria estar por cá. Ao que ela responde que sendo assim , talvez quiséssemos ir na sexta-feira, pois era quando comecava. Ora bem, eu nao sou contra este tipo de eventos. Simplesmente agora nao é a fase ideal para eu participar neles. A tia dele nao me estava a dar chance de eu lhe dar um fora. Liguei-lhe mais tarde e como ela nao atendeu, deixei uma mensagem de voz no atendedor de chamadas. Como mais tarde, me pareceu ter sido fácil de mais, assim como que meio à socapa, liguei ao Bola:
- Olá, como está o correr o teu dia? Bem, nao é? Entao, e se me fizesses um favor? Fazes, nao fazes, óptimo. Liga la por favor à tua tia, inventa que eu estou numa formacao, mas que nao queria deixar de lhe dizer que hoje nao posso/quero ir com ela. Por favor... prometo ir no fim-de-semana ver o Hellboy contigo ao cinema. Além de que a tia é tua.
Como eu sei que ele queria ir muito ver o Hellboy, tive de me servir disso para que ele ligasse à tia, pois com ele, ela nao ia tentar uma terceira alternativa. Chantagear ou fazer criar este tipo de condicionantes numa relacao é algo de que nao me gabo, por favor nao experimentem isto nas vossas casas. Porque por exemplo, voces pensam que ele se esqueceu do Hellboy, acham que vao passar um domingo maravilhoso em pijama a comer tacinhas de mousse de bolacha-maria no sofá, a ver os DVDs novos... até que ele diz O Hellboy é hoje às cinco. E com o hellboy, transforma-se tudo numa hellafternoon.

2 comentários:

Anónimo disse...

Desculpa... e porque não utilizar-se de toda a frontalidade? Tudo bem... eu não quero ir, ninguém me pode obrigar a fazê-lo e não tenho que inventar desculpas "estapafúrdias"! Primeiro, a delicadeza e a boa-educação podem obrigar-me a uma "esquiva" diplomática, mas se o interlocutor (no caso vertente, interlocutora), não obstante tudo, insiste, porque não responder de forma directa e recusar pura e simplesmente dizendo que no momento actual da minha vida não tenho disponibilidade para esse tipo de eventos?!
"Autor= tu sabes quem sou..."

Minhoca disse...

Querido Pai,
Quando é para se ser frontal, ou se é completamente ou entao nao se é, certo?
É que a minha frontalidade no caso seria, eu nao vou porque és uma chata, pois mais rapidamente iria cozinha a tal evento do que contigo!
De forma geral, até me interessaria por estabelecer novos contactos, por observar as pessoas que é algo que adoro fazer, mas nao com a melga da tia dele.
Que me faz lembrar umas senhoras que me apareciam na baixa de Coimbra ao sábado de manha, com umas revistinhas, a perguntarem-me se me podiam falar um pouco sobre o espírito.
:)