Relatos de uma Minhoca de sandália e meia branca
domingo, setembro 28, 2008
O messenger já era
Primeiro foi o Netmeeting, depois o mIRC e finalmente o Messenger. Raramente ligo o meu messenger, mas hoje, reparei que dos meus 56 contactos, nem um estava ligado. Digam-me lá, qual é agora o local de encontro?
domingo, setembro 21, 2008
a barriga pede e eu dou
Hoje o meu corpo rejubilou de alegria. Foi o dia em que comi tantas coisas pelas quais o meu corpo gritava há meses, que eu posso jurar que depois de broa de milho com chouriço, bôla de presunto, queijo, sopa de tomate e ovo, dois pastéis de nata e dois iogurtes de aromas Clesa, aproximei a cabeça da minha barriga e ouvi um não muito sonoro mas transparente obrigada!
estava a ser tão bom
Pronto. E diz que as minhas férias chegaram ao fim. Pelo menos, férias como eu as vejo. Amanhã vou para a costa Alentejana ter com o Bola, seus pais e irmãos. Como estar com alemães em Portugal, a morar com eles numa casa, é quase como estar na Alemanha, eu dou por terminadas as minhas férias inoficialmente. Pois, vou deixar de almoçar, de ir ao café, de estar em casas onde se fala muito, e de poder passar horas na praia. Em vez disso, vou acordar às nove da manhã, fazer passeios culturais (?) e jantar às seis da tarde. Como ainda estou um pouco traumatizada só perante a ideia, vou tentar esquecer-me deste tema e vou enterrar a cabeça na areia, como fazem as avestruzes. Aliás, vou pensar no momento em que decidi vir com os meus sogros de férias e fazer como o gajo que quando chega a casa carregado de sacos do Modelo, e vê o folheto do continente na caixa do correio. Marrar com a cabeça na parede, portanto.
quinta-feira, setembro 18, 2008
Assim me alimento
Sinto-me como se tivesse rebobinado um filme para trás. O meu filme é o Outono e no País das Salsichas, já ia nas primeiras cenas. Vai daí, eu meto-me num avião da Tap, troco o País das Salsichas, pelo país onde o sol brilha sempre e sinto-me a desafiar o tempo. A rir-me dele e tomar-lhe vantagem. Toma lá que as folhas aqui ainda não caem. Aqui ainda nado no mar.
Aqui o Outono ainda não se sente, o sol brilha o dia todo e anda a malta toda ainda de havaianas e t-shirts sem alças. Não sou só eu que me encanto com isto, sou eu e todos os outros alemães que capto com o meu radar interior. Se houver alemães num raio de cem metros, eu apanho-os. Não é só a língua que o meu cérebro reconhece com as palavras mais simples, é a linguagem corporal, são os guias de Portugal na mão, as mochilas Deuter, alguns deles com Birkenstock nos pés mas acima de tudo, as caras de alemães que mais do nunca me são agora muito familiares. Hoje de manha, desci a rua de Cedofeita a arrastar a minha mala, mas com os olhos concetrados no acordar da invicta. Os estudantes a caminho da escola, os cafés a abrir, as senhoras da limpeza a lavarem lojas do lado de fora, o homem da lotaria, as montras das pastelarias já abastecidas com os maravilhosos croissants do Porto, para o dia inteiro. E sim, os melhores croissants do país, comem-se no Porto.
Depois do comprar o meu bilhete para a Régua, sentei-ne nas escadas da estação de S. Bento, uma estação que é uma verdadeira delícia para absorver, ouvir, ver, agora que sei que o meu hobby número 1 em Portugal é andar pelas ruas a observar e ouvir os transeuntes. Sentei-me virada para os táxis, numa das escadas onde eu não podia ser mergulhada ou atropelada pelas multidões que entram e saem da estação. Cruzei as pernas e ouvindo o Music dos the gift como som de fundo, que saía de dentro de um taxi, deixei-me ali estar, inspirada pelas conversas, bocas e vidas dos outros.
Aqui o Outono ainda não se sente, o sol brilha o dia todo e anda a malta toda ainda de havaianas e t-shirts sem alças. Não sou só eu que me encanto com isto, sou eu e todos os outros alemães que capto com o meu radar interior. Se houver alemães num raio de cem metros, eu apanho-os. Não é só a língua que o meu cérebro reconhece com as palavras mais simples, é a linguagem corporal, são os guias de Portugal na mão, as mochilas Deuter, alguns deles com Birkenstock nos pés mas acima de tudo, as caras de alemães que mais do nunca me são agora muito familiares. Hoje de manha, desci a rua de Cedofeita a arrastar a minha mala, mas com os olhos concetrados no acordar da invicta. Os estudantes a caminho da escola, os cafés a abrir, as senhoras da limpeza a lavarem lojas do lado de fora, o homem da lotaria, as montras das pastelarias já abastecidas com os maravilhosos croissants do Porto, para o dia inteiro. E sim, os melhores croissants do país, comem-se no Porto.
Depois do comprar o meu bilhete para a Régua, sentei-ne nas escadas da estação de S. Bento, uma estação que é uma verdadeira delícia para absorver, ouvir, ver, agora que sei que o meu hobby número 1 em Portugal é andar pelas ruas a observar e ouvir os transeuntes. Sentei-me virada para os táxis, numa das escadas onde eu não podia ser mergulhada ou atropelada pelas multidões que entram e saem da estação. Cruzei as pernas e ouvindo o Music dos the gift como som de fundo, que saía de dentro de um taxi, deixei-me ali estar, inspirada pelas conversas, bocas e vidas dos outros.
coisas de estar em casa
Mesmo sabendo que nao gostavas, enfiei o meu anel de rubi para te levar ao concerto que havia no rivoli... e ouvindo esta cancao, nao me posso sentir mais em Portugal. A menos que me apareca o Saúl Ricardo à frente. Vinha há dois dias no comboio distraída a ler e quando de repente e sem crescendo, a carruagem se enche com o som encantador da gaita de beiços do tu eras aquela, pousei o livro e dediquei-me a saborear as imagens que por uns instantes me povoaram os pensamentos. Umas menos felizes que outras, mas a verdade é que eu nunca consegui ficar triste por tempos indeterminados, percebi que o meu corpo e a minha mente sempre se aliaram para combater momentos mais amargos e passei a usar isso a meu favor, no sentido de apressar estes processos de dissolucao de tristezas por que todos passamos. Portanto, de todas as vezes que sinto uma tristeza asfixiante, que me traz sempre uma certa letargia e me põe a dormir dias sem fim, sei que tem tanto de deprimente como de rápido.
Estar em Portugal apura-me os sentidos. Oico mais, falo mais (?), cheiro mais, como mais. Sinto-me mais acordada. Com energia. Ou não fosse este sol que brilha todos os dias, um verdadeiro sonho.
Voltando à música, o anel de rubi para levar a gaja ao rivoli é uma tentativa um pouco forçada, ou nao? O traiçoeiro mundo das rimas...
Estar em Portugal apura-me os sentidos. Oico mais, falo mais (?), cheiro mais, como mais. Sinto-me mais acordada. Com energia. Ou não fosse este sol que brilha todos os dias, um verdadeiro sonho.
Voltando à música, o anel de rubi para levar a gaja ao rivoli é uma tentativa um pouco forçada, ou nao? O traiçoeiro mundo das rimas...
quarta-feira, setembro 10, 2008
Teleféricos?
A claustrofobia é a fobia que se caracteriza pela aversão ao confinamento ou a lugares fechados. Pessoas com claustrofobia costumam evitar elevadores, trens ou comboios e aviões. A claustrofobia também pode se manifestar no meio de multidões.
Mas, o que eu achei de facto interessante é que há mesmo muitas fobias. Incluindo a fobia de pessoas estúpidas. E a fobia de fobias. Procurem a vossa.
Aqui ficam as minhas: Biofobia / Blennofobia /Falacrofobia / Fronemofobia / Geliofobia / Gimnofobia / Homiclofobia / lalofobia / Megalofobia / Quifofobia
Fonte: Wikipedia
Mas, o que eu achei de facto interessante é que há mesmo muitas fobias. Incluindo a fobia de pessoas estúpidas. E a fobia de fobias. Procurem a vossa.
Aqui ficam as minhas: Biofobia / Blennofobia /Falacrofobia / Fronemofobia / Geliofobia / Gimnofobia / Homiclofobia / lalofobia / Megalofobia / Quifofobia
Fonte: Wikipedia
mais fobias
No fim-de-semana passado fui com o Bola para Garmisch-Partenkirchen, a sul de Munique, pois os pais dele estavam lá de passagem. Quem conhece, sabe que é uma zona bem bonita, até mesmo para pessoas nada amantes de montanha como eu. A época alta em Garmisch é quando há neve, pois para quem quer fazer ski, é do melhor que a Alemanha tem para oferecer. Portanto, camaradas, se o ski for a vossa onda, deixem-se de Franca ou Áustria e vao até Garmisch.
Mas o episódio que marcou esse fim-de-semana foi o meu ataque de claustrofobia, dentro de um teleférico no qual sofri dez longos minutos. Ora, eu entro no teleférico alienada do que me esperava, a gerir pensamentos assim será que com esta idade também já tenho medo de alturas? Quando o teleférico comecou a subir, comecei a ficar com calor, o sol a bater-me na cara e o teleférico todo fechado, com apenas um palmo aberto no tecto do qual mal entrava ar e que segundo os meus cálculos de pessoa extremamente fora de si, nao chegava para o meu nariz e boca simultaneamente no caso de me me comecar a faltar o ar. Enquanto os meus sogros e o Bola olhavam para baixo e diziam que lindo, que maravilha, que lindas que sao as montanhas, e os prados e as vaquinhas, nós devíamos era ter uma casa na montanha, olha ali ainda uma pontinha de neve..., eu tentava controlar a minha respiracao, de forma a que nenhum deles se apercebesse que eu estava no estado que normalmente, no meu caso, se antecede à hiperventilacao. Nao comecei a rezar, porque imagino que Deus tenha de facto que se preocupar com outros casos mais dramáticos do que o meu. Mas fixei um ponto lá num vale e aí concentrei os meus pensamentos, repetindo numa vozinha que só eu podia ouvir, que se for para morrer, que me mandem para uma camara de gás, mas nao assim. Até que mais ou menos a meio da viagem, decido olhar para cima para tentar descobrir quanto tempo mais ia durar o horror, e aí só me faltou saltar para o pescoco do meu sogro e gritar-lhe para ele fazer alguma coisa. O teleférico comecou a andar devagarinho, muito devagar e o sol a derreter a minha cara com a mesma rapidez com que derreteria um gelado. O controlo do nosso corpo está na mente, sim, tudo bem. Foi isso que me obrigou a recuperar algo que eu nao definiria como calma, mas o mais parecido possível. Entao, a respirar a um ritmo que já nao mais se assemelhava a uma mulher em trabalho de parto, mas talvez a uma mulher autista, perguntei ao Bola se o telemóvel dele tinha rede. Ele respondeu que nao e perguntou-me se eu estava com medo. A minha boca diz que nao, o meu corpo colado à parede do teleférico e os bracos a tocar naquele buraco minúsculo, o único buraco em contacto com o lado de fora. Entretanto chegámos e eu fiz o resto do passeio muito calada, à procura de uma forma de regressar lá baixo de outra forma, uma que nao pusesse em risco a minha ainda bem conservada sanidade mental. A pé. Com o meu pé já tao danificado. Nao tive outra opcao, desci novamente no teleférico a comer uma maçã e na palma da minha mao escrevinhei um numero de telefone para emergencias, que encontrei la assinalado na parede de um palheiro. E sorri várias vezes para as duas pessoas estranhas extra que fizeram connosco a viagem para baixo, já a imaginar que poderia ter de precisar do telemóvel delas.
E acho que um dia vou querer ser cremada, porque este sonho constante de que sou enterrada viva quase acaba comigo. Chuif. Só costumo acordar o chorar quando chega aquela parte em que o Bola diz,já de mao dada com outra lambisgóia: aaaah, eu achava que ela já nao respirava.
Mas o episódio que marcou esse fim-de-semana foi o meu ataque de claustrofobia, dentro de um teleférico no qual sofri dez longos minutos. Ora, eu entro no teleférico alienada do que me esperava, a gerir pensamentos assim será que com esta idade também já tenho medo de alturas? Quando o teleférico comecou a subir, comecei a ficar com calor, o sol a bater-me na cara e o teleférico todo fechado, com apenas um palmo aberto no tecto do qual mal entrava ar e que segundo os meus cálculos de pessoa extremamente fora de si, nao chegava para o meu nariz e boca simultaneamente no caso de me me comecar a faltar o ar. Enquanto os meus sogros e o Bola olhavam para baixo e diziam que lindo, que maravilha, que lindas que sao as montanhas, e os prados e as vaquinhas, nós devíamos era ter uma casa na montanha, olha ali ainda uma pontinha de neve..., eu tentava controlar a minha respiracao, de forma a que nenhum deles se apercebesse que eu estava no estado que normalmente, no meu caso, se antecede à hiperventilacao. Nao comecei a rezar, porque imagino que Deus tenha de facto que se preocupar com outros casos mais dramáticos do que o meu. Mas fixei um ponto lá num vale e aí concentrei os meus pensamentos, repetindo numa vozinha que só eu podia ouvir, que se for para morrer, que me mandem para uma camara de gás, mas nao assim. Até que mais ou menos a meio da viagem, decido olhar para cima para tentar descobrir quanto tempo mais ia durar o horror, e aí só me faltou saltar para o pescoco do meu sogro e gritar-lhe para ele fazer alguma coisa. O teleférico comecou a andar devagarinho, muito devagar e o sol a derreter a minha cara com a mesma rapidez com que derreteria um gelado. O controlo do nosso corpo está na mente, sim, tudo bem. Foi isso que me obrigou a recuperar algo que eu nao definiria como calma, mas o mais parecido possível. Entao, a respirar a um ritmo que já nao mais se assemelhava a uma mulher em trabalho de parto, mas talvez a uma mulher autista, perguntei ao Bola se o telemóvel dele tinha rede. Ele respondeu que nao e perguntou-me se eu estava com medo. A minha boca diz que nao, o meu corpo colado à parede do teleférico e os bracos a tocar naquele buraco minúsculo, o único buraco em contacto com o lado de fora. Entretanto chegámos e eu fiz o resto do passeio muito calada, à procura de uma forma de regressar lá baixo de outra forma, uma que nao pusesse em risco a minha ainda bem conservada sanidade mental. A pé. Com o meu pé já tao danificado. Nao tive outra opcao, desci novamente no teleférico a comer uma maçã e na palma da minha mao escrevinhei um numero de telefone para emergencias, que encontrei la assinalado na parede de um palheiro. E sorri várias vezes para as duas pessoas estranhas extra que fizeram connosco a viagem para baixo, já a imaginar que poderia ter de precisar do telemóvel delas.
E acho que um dia vou querer ser cremada, porque este sonho constante de que sou enterrada viva quase acaba comigo. Chuif. Só costumo acordar o chorar quando chega aquela parte em que o Bola diz,já de mao dada com outra lambisgóia: aaaah, eu achava que ela já nao respirava.
segunda-feira, setembro 08, 2008
o roque santeiro é que era
Se tinhas sete anos como eu e passaste dois meses em casa com varicela, sendo que o Roque Santeiro era a tua companhia, estes vídeos sao para ti, com direito a inscricao no clube de fans do Jose Wilker. Vamos lá a trazer esses eighties de volta.
que seja a ultima vez
Só volto a ir de férias em Setembro amarrada. Nao tem graca nenhuma. Já cheira a Outono, a cada dia que passa fica tudo mais castanho e o chao mais estaladico. Se eu ainda morasse em Coimbra, de certeza que o homem das castanhas já lá estava em frente ao Teatro Gil Vicente com o seu carrinho devidamente artilhado de fogareiro e folhas de jornal. Se eu ainda morasse em Coimbra, nesta altura estava com as trombas enfiadas nos livros, o que tendo em conta esta vida de responsabilidade que se seguiu aessa fase, talvez nao fosse assim tao mau. Na verdade, nao me importava muito de voltar atrás do tempo e ter algumas tardes a estudar no café, no parque ou na paragem de autocarro. O início das aulas sempre foi a minha altura do ano favorita. Bom, na segunda-feira vou a Coimbra matar saudades e uma destas vezes, vou mesmo a uma aula num dos anfiteatros, só por ir. Apetece-me tanto. E levantar a mao, participar muito.
A verdade é que o mes de Setembro é como que um mes para repor a euforia do Verao, para nos prepararmos física e mentalmente para a chegada dos meses frios. Setembro é para nos despedirmos devagar - nuns anos mais depressa do que noutros - dos meses de calor e para comecarmos a pensar em tardes no sofá, muito chazinho, meias grossas de la e pijamas forrados de malha polar. Setembro nao é para ir de férias. Setembro é para chegar de férias. Duma forma ou doutra, tenho sido empurrada para Setembro. E confesso que nao gosto. Setembro é o mes da separacao, é um mes de antecipacao do frio, no qual já sabe bem estar em casa. Em pantufas e a chorar baba e ranho a ver filmes da Danielle Steel ou aquele do doce Novembro, para o ranho ser muito. A comer os primeiros doces de Natal, já a abarrotar nos supermercados. Especialmente quando o Natal vai ser longe de casa pela primeira vez. Dá para trocar duas semanas de férias em Setembro por uma em Dezembro. Se for preciso, tambem dou uns cromos do Baywatch. Humpf.
E como esta vida sem música nao é nada, aqui fica um tema dedicado a esta nova estacao que chegou sem eu deixar. Para ouvir alto, com bons baixos e facam o favor de se deprimirem, que é mesmo para isso.
A verdade é que o mes de Setembro é como que um mes para repor a euforia do Verao, para nos prepararmos física e mentalmente para a chegada dos meses frios. Setembro é para nos despedirmos devagar - nuns anos mais depressa do que noutros - dos meses de calor e para comecarmos a pensar em tardes no sofá, muito chazinho, meias grossas de la e pijamas forrados de malha polar. Setembro nao é para ir de férias. Setembro é para chegar de férias. Duma forma ou doutra, tenho sido empurrada para Setembro. E confesso que nao gosto. Setembro é o mes da separacao, é um mes de antecipacao do frio, no qual já sabe bem estar em casa. Em pantufas e a chorar baba e ranho a ver filmes da Danielle Steel ou aquele do doce Novembro, para o ranho ser muito. A comer os primeiros doces de Natal, já a abarrotar nos supermercados. Especialmente quando o Natal vai ser longe de casa pela primeira vez. Dá para trocar duas semanas de férias em Setembro por uma em Dezembro. Se for preciso, tambem dou uns cromos do Baywatch. Humpf.
E como esta vida sem música nao é nada, aqui fica um tema dedicado a esta nova estacao que chegou sem eu deixar. Para ouvir alto, com bons baixos e facam o favor de se deprimirem, que é mesmo para isso.
vem andar de elevador comigo
Apesar de as visitas ao meu blog terem descido desde que coloquei os maravilhosos videos da cris nicolotti, nao pensem voces que é caso para eu me deprimir. Sao estas cancoes libertadoras que me permitem trabalhar debaixo de um nível de stress imenso, com um sorriso candido, cantando. Stress ou estresse, pois parece que cada vez mais temos de nos render aos nossos irmaos. Eu rendo. Tanto rendo que para nao confundir as minhas colegas, quando vou fazer xixi, digo que vou ao banheiro.
O meu colega novo que tem pinta de nao fazer mais nada do que andar no engate, fala muito pouco portugues, mas o pouco que fala é portugues europeu e nao o brasileiro, o que me faz vibrar de alegria e deixa as minhas minhas colegas desconsoladas. Eu sorrio de lado, assim caladinha, pois nao quero dar azo para grandes confiancas com o marmelo, nao vá um dia destes ele abocanhar-me no elevador, e o meu rol de grandes beijos à socapa em elevadores nao é propriamente pequeno. Aliás, agora que tocámos neste tema que tanto faz saltar o meu coracao de minhoca, este casamento feliz no qual eu vivo desde há poucos anos, comecou assim tambem num elevador. Eu e o Bola descíamos várias vezes de elevador, morávamos numa residencia enorme de estudantes, com vários andares, razao pela qual nao era divertido nem animador ir pelas escadas. Além do mais, eu estava de pé engessado e há torturas melhores e mais eficazes do que andar com canadianos escada por escada.
Uma vez, calhou ir só eu e o Bola, a olharmos para os botoes dos vários andares, a falar provavelmente do tempo, e eis que ele num dos seus melhores momentos até hoje me deu um daqueles beijos estilo ventosa que ficam para a história e que poem o Clark Gable lá num canto. Eu já nao saí daquele elevador a mesma pessoa. Depois criou-se uma tradicao de ele me abocanhar sempre que iamos so os dois no elevador. Até ao andar em que entrasse mais alguém. A partir dessa altura passei a andar muito mais de elevador. Especialmente depois do dia em que numa aula, alguem me disse que eu tinha qualquer coisa escrita no gesso.
O meu colega novo que tem pinta de nao fazer mais nada do que andar no engate, fala muito pouco portugues, mas o pouco que fala é portugues europeu e nao o brasileiro, o que me faz vibrar de alegria e deixa as minhas minhas colegas desconsoladas. Eu sorrio de lado, assim caladinha, pois nao quero dar azo para grandes confiancas com o marmelo, nao vá um dia destes ele abocanhar-me no elevador, e o meu rol de grandes beijos à socapa em elevadores nao é propriamente pequeno. Aliás, agora que tocámos neste tema que tanto faz saltar o meu coracao de minhoca, este casamento feliz no qual eu vivo desde há poucos anos, comecou assim tambem num elevador. Eu e o Bola descíamos várias vezes de elevador, morávamos numa residencia enorme de estudantes, com vários andares, razao pela qual nao era divertido nem animador ir pelas escadas. Além do mais, eu estava de pé engessado e há torturas melhores e mais eficazes do que andar com canadianos escada por escada.
Uma vez, calhou ir só eu e o Bola, a olharmos para os botoes dos vários andares, a falar provavelmente do tempo, e eis que ele num dos seus melhores momentos até hoje me deu um daqueles beijos estilo ventosa que ficam para a história e que poem o Clark Gable lá num canto. Eu já nao saí daquele elevador a mesma pessoa. Depois criou-se uma tradicao de ele me abocanhar sempre que iamos so os dois no elevador. Até ao andar em que entrasse mais alguém. A partir dessa altura passei a andar muito mais de elevador. Especialmente depois do dia em que numa aula, alguem me disse que eu tinha qualquer coisa escrita no gesso.
terça-feira, setembro 02, 2008
e chegou Setembro
Para meu horror, o Outono já chegou e só ontem é que dei por ele. Como dei por ele? Pois bem, vinha do video clube, onde fui entregar o DVD Amor em Tempos de Cólera, que foi uma grande desilusao e ao meter o troco na carteira, caiu-me uma moeda de um euro, que já só fui encontrar escondida debaixo de um manto de folhas secas, castanhas e estaladicas. Mais tarde, fui sacudir a toalha do jantar à janela e cheirou-me de novo a Outono. E eu sei muito bem a que cheiram as estacoes, eu até cheiro a neve.
Ora, nao me interpretem mal, eu adoro o Outono e opino que é a estacao mais bonita e mais romatica no País das Salsichas. Mas eu ainda nem tive as minhas férias do Verao, nao posso estar já a ver as folhas cair e a ir buscar as camisolas de la ao baú de Inverno, sem antes ter molhado os pés no mar! No trabalho, já recomecou a temporada do chá e quando regresso a casa, os carros já circulam com as luzes ligadas às seis da tarde. Deprimente.
De sexta a oito dias vou para Portugal, portanto será pedir muito para que o tempo espere por mim?
Ora, nao me interpretem mal, eu adoro o Outono e opino que é a estacao mais bonita e mais romatica no País das Salsichas. Mas eu ainda nem tive as minhas férias do Verao, nao posso estar já a ver as folhas cair e a ir buscar as camisolas de la ao baú de Inverno, sem antes ter molhado os pés no mar! No trabalho, já recomecou a temporada do chá e quando regresso a casa, os carros já circulam com as luzes ligadas às seis da tarde. Deprimente.
De sexta a oito dias vou para Portugal, portanto será pedir muito para que o tempo espere por mim?
pequenas alegrias duma hipocondriaca
Esta sexta-feira vou de novo ao ortopedista, reviver aquela experiencia fantástica que foi ter um estranho másculo do sexo oposto, a massjar-me a planta do pé. Desta vez vou preparada, vou pintar as unhas dos pés de rosa choque e por perto do tornozelo uma daquelas tatuagens de tres dias que saem nas chiclas. Estou indecisa entre o Rei Leao e a puka. Claro que toda esta preparacao cai por terra e se verifica em vao, caso ele me volte a dizer que nao está a gostar do que está a ver, entenda-se do resultado do meu exame enfiada quase dentro de um tubo na clínica de radiologia.
Uma das coisas que me deixou a pensar foi o facto de ele ter tentado empurrar os meus dedos do pé para trás e como eles nao cederam grande coisa, ele ter dito que isso é um sinal de que o meu pé nao está bem. Facto é que o outro apresenta exactamente o mesmo resultado. Ontem à noite, tentei fazer isso aos pés de palhaco do Bola de tamanho 47 e ele tambem me disse que os pés dele nao faziam esse movimento. Das duas uma, ou para além de termos o mesmo anel na mao esquerda (tambem lhe saiu num ovo kinder), somos realmente almas gémeas, com os mesmos problemas físicos, ou entao, este ortopedista é um grande sonso, e entao quero lá eu saber que já tratou dos pés do Agassi, eu dou sim de frosques atrás de outro mais meigo e que se possível, me massaje os dois pés ao mesmo tempo.
Entretanto, a única questao que ainda está em aberto é a escolha do calcado para o dia da consulta. Chulé poderia estragar toda a química dum momento destes, em que o meu pé se transforma em massa de biscoitos e o médico vai amassando para por no tabuleiro.
Uma das coisas que me deixou a pensar foi o facto de ele ter tentado empurrar os meus dedos do pé para trás e como eles nao cederam grande coisa, ele ter dito que isso é um sinal de que o meu pé nao está bem. Facto é que o outro apresenta exactamente o mesmo resultado. Ontem à noite, tentei fazer isso aos pés de palhaco do Bola de tamanho 47 e ele tambem me disse que os pés dele nao faziam esse movimento. Das duas uma, ou para além de termos o mesmo anel na mao esquerda (tambem lhe saiu num ovo kinder), somos realmente almas gémeas, com os mesmos problemas físicos, ou entao, este ortopedista é um grande sonso, e entao quero lá eu saber que já tratou dos pés do Agassi, eu dou sim de frosques atrás de outro mais meigo e que se possível, me massaje os dois pés ao mesmo tempo.
Entretanto, a única questao que ainda está em aberto é a escolha do calcado para o dia da consulta. Chulé poderia estragar toda a química dum momento destes, em que o meu pé se transforma em massa de biscoitos e o médico vai amassando para por no tabuleiro.
radar ligado
Decidi usar o portátil do Bola, por ser aquele que estava ligado, mas está-me a parecer que com todas as mariquices que estou a ver por aqui, quase que mais valia deixar de ser preguicosa e ir pegar no meu. Alguem conhece uma mensagem do windows 'por favor nao faca tanta forca nas teclas'? Parece uma daquelas animacoes que recebemos por email, mas nao é. Até olhei para os lados, nao fosse alguem aqui a testar-me. Estou-me a preparar para daqui a pouco aparecer 'nao olhe tao fixamente para o monitor'. Ou 'faca uma pausa e vá buscar um magnum de amendoas ao congelador', 'desista dessa sua vida mundana e vá ajudar os países de terceiro mundo', etc. Isto hoje em dia é melhor a gente desconfiar de tudo. Eu nem gomas dos meus colegas aceito. E por falar em colegas...
Tenho um colega de trabalho novo. A minha colega de quem mais gosto vai embora e chegou ontem a pessoa que a vai substituir. Um marmelo de 26 anos, com ar de surfista e de quem nao faz mais nada do que andar na noite. Cabelo loiro puxado para trás à engatatao, olhos azuis cristalinos e uma boca que quando se rasga para mais um sorriso forcado, mostra uma impecável linha de dentes brancos, sem manchas nem defeitos daqueles que se adquirem na fase de crescimento. Ele é, de facto, muito simpático e como é simpático e giro, a combinacao dá para desconfiar. Ora, o James Blunt (é parecidíssimo, mas em giro) vai ter uma posicao superior à minha, mas apesar de nao ser o meu chefe, vai ser alguem com quem eu terei de trabalhar directamente. Há qualquer coisa de estranho nele. Eu tenho um radar implantado por detrás da orelha esquerda, que vibra quando é preciso tomar cuidado com alguem. Por essa razao, nao me incomoda mesmo nada que até agora eu seja a unica que ainda só lhe dedicou duas frases, sendo a primeira 'é um prazer' e a segunda 'podes por a tua comida no frigo, mas se nao queres que as tuas coisas desaparecam, nao comas o que nao é teu'.
Nao se pode confiar em gajos loiros e de olhos azuis. Essa licao ja eu aprendi há muito. Estou a pensar em amanha despenteá-lo todo para ver como ele reage.
Tenho um colega de trabalho novo. A minha colega de quem mais gosto vai embora e chegou ontem a pessoa que a vai substituir. Um marmelo de 26 anos, com ar de surfista e de quem nao faz mais nada do que andar na noite. Cabelo loiro puxado para trás à engatatao, olhos azuis cristalinos e uma boca que quando se rasga para mais um sorriso forcado, mostra uma impecável linha de dentes brancos, sem manchas nem defeitos daqueles que se adquirem na fase de crescimento. Ele é, de facto, muito simpático e como é simpático e giro, a combinacao dá para desconfiar. Ora, o James Blunt (é parecidíssimo, mas em giro) vai ter uma posicao superior à minha, mas apesar de nao ser o meu chefe, vai ser alguem com quem eu terei de trabalhar directamente. Há qualquer coisa de estranho nele. Eu tenho um radar implantado por detrás da orelha esquerda, que vibra quando é preciso tomar cuidado com alguem. Por essa razao, nao me incomoda mesmo nada que até agora eu seja a unica que ainda só lhe dedicou duas frases, sendo a primeira 'é um prazer' e a segunda 'podes por a tua comida no frigo, mas se nao queres que as tuas coisas desaparecam, nao comas o que nao é teu'.
Nao se pode confiar em gajos loiros e de olhos azuis. Essa licao ja eu aprendi há muito. Estou a pensar em amanha despenteá-lo todo para ver como ele reage.
vao ver a charlize
Nao consigo dormir, portanto estou numa de falar de cinema. Nas últimas semanas, vi alguns filmes dos quais recomendo o Hancock, por ser um bom filme de entretenimento, mas acima de tudo, para se poder apreciar a beleza da Charlize. Que foi o que eu fiz o filme quase todo, fixei os olhos na Charlize e nas maminhas dela e concluí uma vez mais que este mundo é muito injusto. Quando perguntei ao Bola se ela nao a acha quase sobrenatural, ele diz que ela é banal. Tao querido.
Depois tambem vi o KungFu Panda que nao tem a Charlize, mas que é igualmente bom. E vi, na semana passada o novo filme do Batman, que é fantástico.
Agora numa base mais cultural e porque a vida nao é só entretenimento, recomendo tambem todos os sketches to Ali G e do Borat que vi este fim-de-semana assim de uma só vez. Foi brutal, mas sinto-me menos ignorante.
segunda-feira, setembro 01, 2008
Momento minhoca featuring baixaria - para cantar no trabalho
Partilho com voces o vídeo comigo irmaos, que ajuda a descarregar frustracoes e a transformar energia negativa em positiva. Foram as minhas colegas brasileiras que me apresentaram esta artista. Cantemos todos juntos!
p.s. eu era capaz de apostar dinheiro em como a artista é a Ágata, undercover.
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RETOMAR AS RÉDEAS DA SUA VIDA NAS SUAS MAOS!
Este outro é um vídeo, talvez mais focado nas necessidades de todos nós, mais nuns dias que noutros, para quem está neste momento debaixo de um stress imenso e precisa de ajuda. Para todos vós, que nao se conseguem exprimir desta forma porque a vossa educacao de casa foi boa demais para tal, experimentem a versao nao mais edificante, mas mais melódica.
Aqui.
p.s. eu era capaz de apostar dinheiro em como a artista é a Ágata, undercover.
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RETOMAR AS RÉDEAS DA SUA VIDA NAS SUAS MAOS!
Este outro é um vídeo, talvez mais focado nas necessidades de todos nós, mais nuns dias que noutros, para quem está neste momento debaixo de um stress imenso e precisa de ajuda. Para todos vós, que nao se conseguem exprimir desta forma porque a vossa educacao de casa foi boa demais para tal, experimentem a versao nao mais edificante, mas mais melódica.
Aqui.
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