Apesar de as visitas ao meu blog terem descido desde que coloquei os maravilhosos videos da cris nicolotti, nao pensem voces que é caso para eu me deprimir. Sao estas cancoes libertadoras que me permitem trabalhar debaixo de um nível de stress imenso, com um sorriso candido, cantando. Stress ou estresse, pois parece que cada vez mais temos de nos render aos nossos irmaos. Eu rendo. Tanto rendo que para nao confundir as minhas colegas, quando vou fazer xixi, digo que vou ao banheiro.
O meu colega novo que tem pinta de nao fazer mais nada do que andar no engate, fala muito pouco portugues, mas o pouco que fala é portugues europeu e nao o brasileiro, o que me faz vibrar de alegria e deixa as minhas minhas colegas desconsoladas. Eu sorrio de lado, assim caladinha, pois nao quero dar azo para grandes confiancas com o marmelo, nao vá um dia destes ele abocanhar-me no elevador, e o meu rol de grandes beijos à socapa em elevadores nao é propriamente pequeno. Aliás, agora que tocámos neste tema que tanto faz saltar o meu coracao de minhoca, este casamento feliz no qual eu vivo desde há poucos anos, comecou assim tambem num elevador. Eu e o Bola descíamos várias vezes de elevador, morávamos numa residencia enorme de estudantes, com vários andares, razao pela qual nao era divertido nem animador ir pelas escadas. Além do mais, eu estava de pé engessado e há torturas melhores e mais eficazes do que andar com canadianos escada por escada.
Uma vez, calhou ir só eu e o Bola, a olharmos para os botoes dos vários andares, a falar provavelmente do tempo, e eis que ele num dos seus melhores momentos até hoje me deu um daqueles beijos estilo ventosa que ficam para a história e que poem o Clark Gable lá num canto. Eu já nao saí daquele elevador a mesma pessoa. Depois criou-se uma tradicao de ele me abocanhar sempre que iamos so os dois no elevador. Até ao andar em que entrasse mais alguém. A partir dessa altura passei a andar muito mais de elevador. Especialmente depois do dia em que numa aula, alguem me disse que eu tinha qualquer coisa escrita no gesso.
Relatos de uma Minhoca de sandália e meia branca
segunda-feira, setembro 08, 2008
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4 comentários:
Olha que andar de canadianas pode ser desagradável, mas consta que andar com dois belos canadianos não é uma experiência assim tão traumática :P
Dizer "banheiro" ainda vá que não vá, agora "estress". JAMAIS!
bjs.
Ohhhhhh conta-nos lá... o que é que o Bola escreveu no gesso??
Nem "banheiro"! "Banheiro" era aquele indivíduo que -por orientações de meu Avô materno- me dava aulas de natação no mar (em Leça da Palmeira ou Foz do Douro, já não me recordo). Esse é que era o "banheiro" ou como tal denominado. Já agora -e a propósito- poderei acrescentar que essas aulas eram dadas com uma corda atada à volta da cintura e não consegui ter muitas aulas pois elas conduziam-me a um total estado de pânico e para grande incompreensão de meu Avô acabei por o levar a desistir de pagar as referidas aulas pois quis abandoná-las, tendo aprendido posteriormente a nadar sózinho, embora como um prego!
Quanto ao idioma lusitano, continuarei a bater-me até ao final do meus dias pela preservação da língua portuguesa. Os brasileiros que -me desculpem- mas que se danem... Com as minhas limitações gramaticais, continuarei como um estóico a bater-me pela pureza do idioma em que fui "nado e criado" :)
Pai
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