Um fim-de-semana em branco nao é nada do mais romatico que se possa imaginar, mas tem sido assim. Hoje por cá houve mercado, onde se vendem as tradicionais coroas de advento. O primeiro advento é já no próximo domingo e toda a família alema que se preze, tem de ter em casa a sua coroa feita com ramos de pinheiro e 4 velas e mariquices, uma para acender cada domingo, até ao Natal. Como a minha família alema nao se preza e eu e o Bola nao passamos cá o Natal, marimbamo-nos um bocado para essa tradicao. Em vez de andarmos atrás da coroa mais perfeita, agarrámos no cao do vizinho e fomos levá-lo a passear para ele treinar o seu faro e ver se é desta que debaixo do manto de neve, ele descobre um cadáver. Estou por tudo para aparecer no jornal local, antes de me ir embora daqui. Mas infelizmente, ele vai esburacando mas só desenterra bocados de pretzel ou lencos de papel com ranho congelado.
Amanha vou entregar a minha carta de demissao. Tenho andado a adiar, a fingir que nao é preciso tratar disso já. Alias, nao é preciso tratar disso já. No meu contrato diz que tenho de informar o chefe 4 semanas até ao final do mes. Isso seria no final de Dezembro. Mas, o que me impede de dizer já?
O Bola vai finalmente ter uma entrevista para a mesma empresa, ou nao atingisse eu quase sempre os objectivos a que me proponho. E este era um daqueles que eu queria muito atingir. Claro que ele prefere pensar que esta entrevista veio por obra e graca do Espirito Santo, prenda de Natal adiantada, pois aceitar que eu é que lha arranjei nao lhe permite continuar a viver como homem. E eu nao digo nada, se há coisa que eu nao gosto é de danificar o amor-próprio das pessoas de quem gosto. E do Bola até gosto, nao é? Ele aspira a casa ao fim-de-semana, carrega com os sacos das compras, enche o depósito do carro e, à noite, antes de adormecer abraca-me e chama-me fofinha, ou em dias de muita graca, anao chato (Nervzwerg).
Entretanto, como parece que está a dar na televisao As palavras que nunca te direi, acho que vou ver para depois mandar umas marradas na parede, que é o que dou comigo a fazer sempre que vejo um filme ou leio um livro do Nicholas Sparks, esse chato lamecholas que poe meio mundo a chorar com os livros dele. Nao há pachorra. Mas como tambem eu gosto de escrever mensagens e as mandar por garrafa, acabo por ir ver o filme sempre que dá. Mas que espancava o Nicholas se me deixassem, ai isso espancava. Ah, e nunca é demais referir que sempre que vejo o sorriso do Kevin Costner, passam-me as dores se as tiver, sinto-me de repente a levitar, até parece que pus uns óculos cor-de-rosa.
Relatos de uma Minhoca de sandália e meia branca
domingo, novembro 25, 2007
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3 comentários:
Minhoca, não sejas tão má com o Bola...não lhe fizéste nada de especial com essa entrevista - não ias tu ter que viajar sozinha kms todos os dias lá para a outra cidade?
lol coitado do Sparks. Sim, é verdade que os livros dele deixam meio mundo a chorar, mas não é por isso que deixo de o ler e de fazer questão de ter os livros todos (ainda não consegui :P). E também ainda não consegui ver esse filme das palavras que nunca te direi. Já ando há "n" tempo a ver se dá para alugar no clube de vídeo da terrinha, mas sempre que lá vou, está alugado. Será o filme assim tão bom que nem sequer pare nas prateleiras?? Ainda só consegui ver o "Um amor para recordar" (baseado no livro "momento inesquecível) e "O diário da nossa paixão" (baseado no livro do mesmo nome). E sim... chorei nos dois. LOL O segundo por acaso até o vi acompanhada da tua mana mais nova e sim, choramos as duas tipo trengas. ;P muito bom!
Tu da-lhe miuda!!!
conta la o que e que eles disseram quando lhes apresentaste a
"bela da carta"!!
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