Relatos de uma Minhoca de sandália e meia branca

sexta-feira, setembro 28, 2007

assim se vai

Em meu redor, temos duas chávenas de chá, um pacote de rebucados para a tosse de cereja e mel (pois, pensei... mas nao sao bons), uma caixa de lencos de papel e outros tantos usados, que entretanto foram parar ao chao. O aspecto do meu nariz podia meter-me em sarilhos perante uma acusacao de snifar cola ou coisas piores. A sorte é a probabilidade de alguem me acusar de tal coisa ser bastante reduzida. Nula quase. Pois. Fiquei em casa, hoje. Nao fui trabalhar. Ontem de manha ainda me contrariei e fui, mas passei o dia com arrepios, a espirrar e a baralhar os meus colegas que me viam de dez em dez minutos com os mamilos a apontar na direccao deles. Mas hoje, acordei um pouco pior e decidi ficar de molho. Eu e os meus olhos pequeninos, com tres mangas e tapada com outros tres cobertores. E o aquecimento.

Há quem diga que o nosso corpo se torna um alvo mais fácil a doencas e/ou infeccoes, quando nos sentimos mais para baixo. Pode ser disso. Passei a semana um pouco tristonha a colocar-me questoes como o que é que eu estou aqui a fazer quando as pessoas de quem gosto e com quem quero estar todos os dias moram longe daqui, ou (tomemos o molde frasico)
O que é que estou aqui a fazer quando estes gajos nao sabem fazer bom pao?
O que é que bla.... , longe de uma boa feijoada?
O que..... , sem ter amigos? (ok, já me estou a repetir)

Quando vim para cá, era o Bola. Agora é o Bola e o emprego. O Bola é quase portátil, nao fosse o seu speech impediment, no que toca à língua portuguesa. Estas férias, a dada altura deixei de ser a esposa querida e amorosa, sempre a traduzir tudo para ele nao perder pitada. Para que facilitar tanto? Para, de todas as vezes que lá vamos, falar um bocadinho de ingles com este e tal, e depois afinal, nem ser mesmo preciso falar ingles, porque há sempre uma pacovia (eu) que lhe traduz tudo? Há que lidar com a dificuldade. Esta é a minha nova divisa. Desta vez apercebi-me que nao vou querer morar aqui o resto dos meus dias. A dada altura, quero regressar. E é urgente que ele se comece a dedicar a sério ao portugues. O meu humor fantástico ultrapassa-me hoje. Alias, é o meu humor e o ranho, vou é afastar o teclado daqui e aterrar no sofá a sonhar que vivo em Beverly Hills e sou cheerleader.

4 comentários:

DMNY disse...

ouvi dizer que és óptima prof de português... de que tas a espera? as melhoras...

Anónimo disse...

Oh minha querida sis: até num post tristinho o humor sai sempre. Sabes que todas as pessoas cá sentem a tua falta, mas também fazes muita falta aí! Eu própria, miúda de 17 anos que vive num mundo colorido tenho os meus momentos de solidão,eu que tenho toda a gente perto. Eu sei que amanhã vais acordar muito melhor. e cuida dessa gripe :D sempre vens em novembro? *

Meow disse...

Oh, Minhoca, as melhoras.

chiqui disse...

I feel your pain, sweet & sick girl ;)) as melhoras, miuda!

GREVE AS TRADUCOES!!

MARIDOS ESTRANGEIROS... APRENDAM PORTUGUES!! que nos tambem aprendemos a falar as vossas linguas...