Relatos de uma Minhoca de sandália e meia branca

sexta-feira, julho 06, 2007

podre

Sexta-feira é sempre o melhor dia da semana. Esta semana por mais uma razao. Acabou a formacao que estava a dar comigo em doida. O tipo era tao monocordico e tao secas, que estar ali foi um verdadeiro suplício. Eu simplesmente nao consegui estar parada nunca. Ou mexia no cabelo, ou cruzava as pernas, ou brincava com a chavena do meu 34o café. Tudo para nao adormecer. Numa das vezes, o tipo foi buscar nao sei o que, e nos dez minutos em que ficou ausente, pus a cabeca em cima do meu braco e fechei os olhos por dois minutos. Ia-me apagando. Quando ouvi a porta, abri os olhos de repente e meia ensonada perguntei alto em meu redor QUEM?QUANDO?ONDE?PORQUE?
Ninguém me respondeu. Nao foi preciso.
Às tres da tarde, acabámos e depois de eu me certificar que nao deixava mails por responder, vim para casa, a desafiar o nível da gasolina no carro. Sinto que um dia destes fico mesmo na estrada, à mercê da boa vontade de algum simpático que me ajude a chegar à bomba mais próxima. Mas esqueco-me de olhar para o mostrador da gasolina, pronto, que hei-de fazer... Ando num estado em que isto já nem com post-its lá vai.
De tarde, estive a dormir e que bem que me soube. Quando o Bola entrou pelo quarto adentro às seis da tarde, voltei a acordar sobressaltada, perguntando alto QUEM?QUANDO?ONDE?PORQUE? Sempre esta sensacao que dormir é ilegal. Ilegal devia ser comer tantas couves de bruxelas. Que isto dá uma flatulencia que nem vos conto. Deve ser por isso que hoje o Bola ainda nao falou direito comigo. Descobriu que eu apodreci de vez.
Bom fim-de-semana, camaradas! Ponham esse sono em dia, que é o que eu entendo fazer. Durmamos todos para um mundo melhor!

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