Sao quatro da tarde e acabei de limpar o meu computador aqui no trabalho. Nao me deixaram leva-lo como brinde, também nao percebo porque... bom, a verdade é que agora que vi o novo layout do escritório, nao estou nada arrependida por me ter despedido. As secretárias estao todas juntas demais, nao ha privacidade, eu ja nao ia poder postar tao frequentemente de qualquer forma...
Pois é, depois de dez dias de férias eis-me de volta. Barcelona - 4 dias, Portugal, outros tantos. Nao disse aqui que estava de ferias marcadas em Portugal, para nao estragar o efeito surpresa. Há lá coisa mais gira do que apanhar as pessoas desprevenidas, deixando-as felizes...
A ida a Portugal valeu-me as saudades que matei, mas tambem me valeu uma constipacao horrorosa que apanhei, com o frio. E constipacoes em tempo quente sao sempre piores do que as de Inverno. Ontem, no aviao, tive medo que os meus tímpanos explodissem tal era a pressao que eu sentia, só estava a ver quando eu desatava aos berros, a gritar que ja nao podia mais. Foi mesmo uma experiencia que espero nao repetir. Aviso de amiga, preparem-se para quando forem viajar de ouvidos e nariz congestionados. Foi um pesadelo. No aeroporto de Palma de Maiorca, onde fiz escala, andei desesperada atras de algo para mascar no voo seguinte. Nao ajudou muito. Agora tenho um kilo de caramelos de nata Logroño. E andar há tres dias sem sabor nem olfacto? Custa. E nao estou a dizer isto por dizer. Nao pude cheirar a chuva ha dois dias à noite, nem cheirar o ar da minha terra, que eu sei que nesta altura cheira sempre tao bem, com a chegada (ainda que discreta) da Primavera. Quando cheguei nao consegui cheirar o pescoco do Bola, cujo odor quase consigo reproduzir de olhos fechados. Esta manha, nao me cheirou ao café do pequeno-almoco. E a metade da manga que comi nao me soube a rigorosamente nada. Que vida triste. Até o salpicao que trouxe na mala está isento de odor para as minhas narinas, sempre tao astutas e em accao. Espero que isto passe depressa. Os meus ouvidos fazem-me lembrar aquelas conchas, onde ouvimos o mar. Oico as pessoas como se tivesse tampoes enfiados nos tímpanos. Nao há Ilvico que me safe, ó vida.
Relatos de uma Minhoca de sandália e meia branca
terça-feira, maio 01, 2007
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