Relatos de uma Minhoca de sandália e meia branca

segunda-feira, dezembro 03, 2007

a dor de nao se ter aquilo que nao se pode

A chuva que cai a menos em Portugal, cai aqui em demasia. Hoje vim para o trabalho debaixo de uma chuva horrorosa que desafiava a rapidez do meu pára-brisas e que só me fazia pensar num videoclip horroroso do Roberto Carlos em que ele fala de chuva no meu pára-brisas e dor no meu peito. É um videoclip em que chove imensa e o Roberto está triste. E como fica sempre bem num cenário de filme, uma pessoa ir a chorar enquanto chove imenso, eu achei por bem desatar numa choradeira só para sentir que o cenário pára-brisas/mau/tempo/chuva violenta estava todo ele em harmonia.
Esta chuva é uma grande caca, pois estraga o conceito maravilhoso do mercado de Natal. No mercado de Natal, estamos todos agarrados às nossas chávenas de vinho quente pois costuma estar neve e frio. A chuva estraga tudo. Dilui o vinho quente, no meu caso Kinderpunsch, pois sem álcool sabe melhor. O meu fds foi passando em estado de pré-depressao. Hoje em dia toda gente banaliza a palavra depressao, deprimida, etc, que eu prefiro primar pela originalidade e ficar na fase anterior.
Eu e aquele gajo alto com quem moro fomos ver apartamentos. Um deles era perfeito. Pela primeira vez, entendi que a palavra penthouse vai muito além dos títulos das revistas com títulos sugestivos das áreas de servico. Uma penthouse é uma casa de sonho. Toda envidracada, com dois terracos, numa zona privilegiada da cidade, com uma vista maravilhosa. É pena a renda ser um terco do que eu e o Bola ganhamos num mes. E a pensar na penthouse, entrei na pré-depressao este fds. E como se caracteriza uma pré-depressao na minha pessoa? Basicamente é nao sair de dentro do pijama e andar pela casa, passando demasiado tempo no sofá ou na cama. A única coisa que me fez sair de casa foi o mercado de Natal. Nao sei se já disse aqui, mas nao há nada que eu nao faca por um pao com salsicha. Ou acham que vim parar a este país por acaso...

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