Depois de o Bola me ter ouvido a cantar o fado do encontro, comecou a implorar-me para eu cantar mais baixo e com a porta fechada. Depois foi a minha vez de implorar e pedi-lhe para fazer a vez do Tim, para eu nao ser sempre a mesma Mariza sozinha. Claro que ele nao cantou comigo, mas ainda deu pra lhe ensinar a dizer-me a parte final, como acaba a musica, o meu amor és tu, que ele diz exactamente como está no título do post.
Mais uma semana que passou vagarosamente. Amanha só vou arrastar o meu rabo bolorento da cama quando o meu corpo aceder e me der a entender que já chega. Tenho até às duas da tarde, pois às duas e meia fiquei de ir com uns colegas ao ikea, onde certamente vai ser difícil eu nao desatar à estalada aqueles miudos ranhosos e estridentes, que saltam em todo o lado, gritam e fazem dos quartinhos do armazem, deles. Nao me levem a mal, eu adoro criancinhas, mas infelizmente nao posso guardar esta visita para os dias de semana e os pais alemaes, como nao teem bons centros comerciais, ao sábado levam a sua descendencia pueril para o ikea como se de um parque de diversoes se tratasse. E pensar que só lá vou pela tarte de maca quente com molho de baunilha, por um euro.
Já que falámos em ikea, deixem-me dar aqui uma licao liberal de pronunciacao. Digam ikaia, aikia (inglish) ou à alema ikea, sendo que com um acento circunflexo no e, que eu aqui nem sei por onde, neste teclado das salsichas.
Hoje vinha na rua a pensar numa coisa que detesto, por me ter acontecido hoje mais do que uma vez. Isto sao daquelas coisas inexplicavelmente irritantes, que eu tento controlar, mascujo ódio provocado é difícil de eliminar, fico logo a fervilhar de furia. É quando vou a andar (na faculdade tinha uma professora que nos descontava nas frequencias frases comecadas por é quando, agora é quando me dou conta que me estou a _ _gar porque ela também dizia que quem comeca frases por é quando nas aulas dela, nao passa. E eu passei) na rua e vejo alguem que vai a falar pra trás, a caminhar na minha direccao sem olhar, e eu a adivinhar que continua distraída a andar, e que se vai espetar contra mim. Hoje foi a toda a hora e momento... devo ser deliciosa, só pode. Toda a gente tem os seus ques, aquelas manias, a capacidade de explodir com uma coisinha que a nós- outros - nao nos diz nada. Eu detesto ver gente a vir contra mim, sem prestar atencao, sem estar a prestar atencao. Vou a andar e vejo alguem a falar com outra pessoa ou ao telemovel e nao olha pra frente mas continua. Que nervos. Só de pensar em como foi hoje, ja fico fula, a precisar de colete de forcas. Grrrrrr... pessoas parvas. E quando a pessoa vem mesmo contra mim, abano-me e movimento-me de forma esquisita como se tivesse acabado de ser atropelada por um camiao Tir (com a banda dos Bon jovi la dentro) e deito fumo pelas narinas. Juro.
Outra coisa que detesto também é que gozem comigo, fico mesmo lixada. Terem a lata de gozar comigo? Comigo?! Aaahhh, apanhei-vos! Claro que nao, era só pra vos deixar a revirar os olhos e a pensarem que hoje só posso estar com TPM. Pronto, estou mesmo. E como é bom ter período, podemos nadar, andar a cavalo, ir à discoteca, saltar ao eixo e cair de para-quedas. Pretendo fazer isto tudo este fds. Ah, esqueci-me do andar de balao.
Relatos de uma Minhoca de sandália e meia branca
sexta-feira, setembro 15, 2006
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1 comentário:
Nós, as portuguesas, temos o dom de sermos lindas e maravilhosas. É a única explicacao que encontro para o facto de os alemaes também virem de encontro a mim. Nao quero pensar que sou invisível. Nao.
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