Relatos de uma Minhoca de sandália e meia branca

quarta-feira, junho 27, 2007

a long way down

O que é facto é que eu gosto mesmo é de ver as máquinas, as pecinhas todas, para que servem, tocar nelas, saber como sao feitas, ver o metal a ser fundido. O ideal era eu passar mais tempo com a mao na massa e menos tempo sentada na secretária. O ideal mesmo era perceber de mecanica e ser enviada pela empresa duas semanas por mes, para outro país qualquer, para assistir os clientes, mas isso já é muito fruta, pronto.
Ando muito satisfeita com o meu emprego novo. Tenho sempre que fazer, estou permanentemente ocupada e tirando o meu chefe ter o seu que de ordinareco, nao me posso queixar de nada, ainda. Ontem chamou-me para eu ir ao escritório dele e encostado na sua cadeira, com ar de quem se vai desfazer todo, observava indiscretamente os meus nada reveladores (ontem) seios, perguntava-me se estou satisfeita. Ao que eu quis responder estou, mais ainda estaria mais se em vez de se estar aí a babar com os meus seios, respeitasse as fotos aqui em volta da sua mulher, filhos e netos, ó velho porcalhao!, mas respondi delicadamente que sim, que para já, estava tudo a correr bem. Ainda antes de me virar, reparei que os olhos dele já se dirigiam para o meu rabo e aí tive pena dele, pois se há coisa que eu nao tenho de jeito é o rabo. É achatado, como se eu tivesse passado a minha vida inteira sentada. Portanto, ultimamente tenho tentato fazer jus à fama.
Isto é uma das maravilhas de se trabalhar numa empresa onde 90% do pessoal sao homens. Sempre que faco uma ronda pelos pavilhoes onde se funde o metal e onde se faz montagem de maquinas, parece que pára tudo perante a presenca de estrogénios num ambiente tao carregado de suor, pelos e testosterona. Mas o que é isto? Uma gaja? Mas ainda há disto? Donde é que elas veem? Podem-se comprar no supermercado? Ahhh e falam!! Mas o que eu mais gosto é quando fazem um esforco para me tentar explicar como é que determinada maquina ou processo se desenrola e o fazem tao detalhadamente como se eu fosse anormal. Como se já nao bastasse ser mulher num ambiente onde é quase como no clube do Bolinha (menina nao entra), marcadamente masculino, com aquelas criaturas de Marte, sou ainda estrangeira, pelo que há que explicar tudo muito bem.
Pois, um caminho longo para ser percorrido me espera. Mas quem corre por gosto nao cansa, nao é assim?
O que se calhar nao estava mal pensado era oferecer um pacote da makro de rexona ou axe a estes amigos. E por falar em axe, voto no novo anuncio para o melhor spot comercial do ano, ja viram? Lindo. Bum chika bum.

1 comentário:

Anónimo disse...

bongchicaaua!!

qt ao rabo e aos seios saio mm a ti: marmelos e um rabo tipo meia bola de futebol americano :/

* beijinho