Sao cinco da tarde e estou no trabalho. Posso observar o fenómeno sexta-feira alemao, que é fantástico, ou seja, em poucas palavras, esse fenómeno explica o porque de no meu andar, onde trabalham cerca de 20 pessoas, eu ser a unica que ainda aqui está hoje. Do lado de fora da janela, o céu assumiu uns tons espectaculares, desliguei as luzes todas e pude contemplar os raios de azul forte e laranja na linha do horizonte, que chegavam para iluminar o aquário dos peixes, fazendo com as algas que nele se encontram crecam um pouco mais. Dá para ver que os dias já sao maiores. Ou melhor, já anoitece mais tarde. Os dias teem sempre o mesmo tamanho. Pelo menos, parece.
Acho que ainda nao caí em mim, que me vou embora. Parece que sim, está tudo emcaminhado e tal, mas daqui a duas semanas continuo a vir para cá, nao sou eu a pessoa que vai embora. Todas as manhas, ultimamente, dou comigo a sentir o coracao apertado quando venho desde o parque de estacionamento até ao meu edifício. Ao longo de 5 minutos, venho a caminhar a olhar para o grande logotipo para o qual olhava intensamente das primeiras vezes que vim até cá, e este emprego nao era meu. Lembro-me de olhar com persistencia e querer acreditar que depressa iria dirigir-me para aqui diariamente, porque o emprego ia ser meu. No espaco dum ano, muda mesmo muita coisa. Costuma-se dizer que se deve deixar uma festa quando esta está ao rubro. Entao, este é sem dúvida, o momento ideal para sair.
Relatos de uma Minhoca de sandália e meia branca
domingo, janeiro 13, 2008
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