Acho que me devo sentir grata ao destino, por hoje, no parque do estacionamento do trabalho, nao ter aparecido ninguem a dirigir-se para a sua viatura à mesma hora do que eu. Foi um espectáculo que deve ter divertido aquelas pessoas que estao a controlar as camaras de seguranca. O piso estava com uma camada muito fina e escorregadia de gelo. Quando me fiz ao caminho dos últimos 50 metros, dei-me conta que de saltos e já a patinar um pouco, ia repetir aquele triste episódio de quando tinha 7 anos e caí de patins mesmo em cima do osso do rabo, designado em várias ciencias que nao a popular, por cóccix. Volvidos 20 anos, ainda recordo a dor com um abanar de cabeca sério e compenetrado. Patinei que nem uma triste, acabando por cair numa posicao menos feliz, que muitos descreveriam como uma clássica espargata. Com a diferenca que eu nao tenho as pernas da Beyoncé. Em momentos destes, quando algo corre mesmo como eu nao queria, tenho tendencia para vociferar todos o calao hardcore da minha língua-mae ou em holandes, por ter mais charme.
Pois entao que hoje decidi que nao, as minhas 10 filhas nao irao para o ballet, para facilitar estas quedas muito inconvenientes, pois uma queda de vez em quando faz bem a todos. E nunca as podemos prevenir todas. Quando caímos liberta-se energia, adrenalina e estranhamente, acaba por revelar-se necessário. Nao queria terminar sem antes dizer que quando vejo na televisao ou ao vivo aquelas classes de frous-frous com fatinhos de ballet e o cabelo apanhado no cimo da cabeca, se me dao arrepios. Um horror. Antes de mandar uma filha minha para o ballet, mando-a para a apanha da batata, para ela aprender tudo o que precisa sobre postura e equilíbrio, sem o fatinho maricas.
Relatos de uma Minhoca de sandália e meia branca
quarta-feira, janeiro 09, 2008
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2 comentários:
é por essas e por outras que eu nunca aprendi a andar na neve...
apanha da batata??!!!! LOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOL muito bom! XD
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