Estamos a ver um DVD, toca o telefone e é o amigo do Bola, nosso padrinho de casamento. É de perturbar um monge em cativeiro a alegria com que o Bola, que aterrou no sofa com o ar de quem passou o dia a fazer maratonas ou a levar porrada e nao sentado num escritório, fala com o amigo. Esta batata mole que estava ali ao meu lado no sofá de olhos semi-cerrados e que hoje pouco falou comigo, desperta completamente e ri-se ao telefone como se do outro lado da linha estivesse o palhaco Batatinha. (estamos na semana tematica da batata) Fico perplexa e mando-lhe dois chapadoes para ele se comportar. Nao dou nada. Eu sou doce, muito até. E como hoje recebi flores, nao há violencia. Nao bato mais em magrinhos. Hoje enquanto eu fazia a minha sopa de ervilhas de estalar, o Bola dizia-me na cozinha que amanha vai ter formacao (eu ja sabia), vai ter um dia muito ocupado (eu ja sabia) e que apesar de serem os meus anos, tudo o que ele tem para amanha é inadiável (tambem ja sabia). Depois desapareceu e fez algo que eu eu nao sabia. Sacou assim do nada um ramo com 27 (o 19 era para vos baralhar, foi uma idade fixe) rosas, que segundo ele nao podiam esperar até amanha.
E assim se garante uma noite cheia de paz e miminhos. Ou, como ele aprendeu recentemente a dizer miminios.
Apesar de eu estar relativamente bem-disposta, se me falam mais em tvcabo atiro-me da varanda. Ainda nao funciona.
Relatos de uma Minhoca de sandália e meia branca
terça-feira, janeiro 16, 2007
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