Sinto saudades dos chás na casa da minha bisavó. Eram tao bons. Lembro-me do fervedor do chá, lembro-me das torradas. Aliás, deve ser por isso que gosto tanto de torradas. Lembro-me das bolachas. Porque extinguiram as bolachas Belinhas?
Lembro-me de algumas tardes passadas à espera que os meus pais me fossem la buscar. Lembro-me das batatas fritas, dos baralhos de cartas com fotografias de papagaios.
A minha Tia, irma da minha bisavó fazia os chás da mesma forma, dos quais tambem sinto saudades. Tenho mais saudades dela do que do chá de maçã que ela passou a fazer, substituindo o tradicional chá preto. Quando vejo chá de maçã , lembro-me sempre do dia em que ela me foi buscar a caixa para me mostrar e do entusiasmo dela perante a descoberta de tamanha invencao.
Nunca mais bebi cha de maçã desde que ela partiu. Deixa-me um sabor agri-doce e tira-me o apetite. Acho que é sempre assim quando pensamos nas pessoas de quem gostamos, que tanto nos deram, e que já cá nao estao. Com quem nos sentimos sempre em falta, por nao termos dado mais de nós mesmos.
Com a chegada da chuva e do Outono, trago sempre imenso chá aqui para o trabalho. Desta vez, trouxe um sortido de todas as caixinhas que tinha em casa. De maçã nao. Hoje estou com o típico humor de segunda-feira. Voltem amanha!
Relatos de uma Minhoca de sandália e meia branca
segunda-feira, outubro 02, 2006
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