Relatos de uma Minhoca de sandália e meia branca

sexta-feira, outubro 27, 2006

à vista: é um superhomem? É um feijao gigante? NAO! É o fim de semana!!!

Sexta-feira, que maravilha… enquanto tento nao pensar nessas grandes questoes que afligem a humanidade, tais como quem inventou o refogado, se existe traducao para este termo, ou se o queijo camembert se deve comer com ou sem casca, acucar ou adocante?, vou tentando imaginar a maravilha que vai ser o meu fim-de-semana. A passo de caracol.
Uma das coisas que mais gosto ao fim-de-semana sao as manhas. Normalmente o Bola acorda cedo e vai fazer todas as suas tarefas imprescindíveis entre as nove e as dez da manha de sábado: levar a tralha pro ecoponto, tirar a loica da maquina, comprar pao e jornal e fazer café. Em dias bons e com laranjas que fazem lembrar as do algarve (coisa muito rara) tenho direito a sumo natural. Chega a casa e deixa as portas abertas de propósito e vai fazendo barulho para eu acordar naturalmente. Assim que o cheirinho a café de saco me entra pela narina esquerda, abro os meus olhos remelados e arrasto-me para a mesa do pequeno-almoco já posta, onde ele está já sentado com a cabeca escondida atrás do jornal. Sao as unicas alturas em que fico dependente da mesa como que por cordao umbilical, sabe-me tao bem. Barro o pao artisticamente e dialogo com o Bola fazendo-lhe perguntas daquelas que afligem a humanidade continuas a fazer xixi de cima ou ja te sentas? Olha que assim nao, salpicas tudo , desisti da categoria como-preferias-morrer, atropelado-ou-afogado, ele nao alinhava. Ele é um querido, consegue responder-me onomatopeicamente sem tirar os olhos do jornal.
Ele passa-me um suplemtento e eu vou lendo e comendo mesmo muito devagar, coisa rara em mim. Ficamos nisto quase uma hora e depois eu alapo-me no computador, provocando com isto a pequena guerra de sábado na qual ele me tenta arrastar pra casa-de-banho porque normalmente esta um dia lindo la fora e temos coisas pra fazer. Na maioria das vezes, no caminho pra casa-de-banho passo pelo quarto e aterro de novo na cama, coisa que no início da nossa vida a dois o chocava de forma vísceral. Especialmente quando eu dizia que estava cansada do pequeno-almoco. Nao há nada como treinarmos o nosso espécimen.
Bom, está na hora de mais um Milchkaffee-a-fazer-de-conta-que-é-galao. Até já.

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