O meu fim-de-semana foi em jeito de Heidi na montanha. Fomos no sábado visitar o avo do Bola que mora a uns 200km daqui, numa zona chamada Franken. À ida pra lá, fui como já é meu hábito desde crianca, a dormir, pois levei material suficiente para, na parte de trás do carro construir a minha tenda de campismo. Viajar na auto-estrada é uma seca, nao se ve nada de jeito e alem disso, sempre passo sem as manobras perigosas do Bola que se esquece que nao tem um Porsche nas maos mas sim um carro mediano.
Chegados à terra do avo, toca de encher os pulmoes com o ar do campo, pois nao há nada como o ar do campo. Cheira a estrume, ou seja, abre o apetite. Depois de jantados, o avo agarra numa garrafa de Schnaps, (bagaco para a digestao - feito por ele) e noutra de vinho. E vao todos bebendo e falando, todos eles mais bebendo do que falando. Nestas ocasioes, parece-me sempre que sou a unica a aturar o Bola e sua família sempre um tanto quanto emborrachados. Nao é justo. Mas é a forma de confraternizarem com o Avo. Para nao o deixarem falar da guerra e emitir as suas opinioes um tanto quanto racistas, bebem com ele. Até as bochechas ficarem bem rosadas. Assim tipo um bife mal passado.
Eu, a sumo, la fui estudando o código da estrada, pois mais dia menos dia, tenho a segunda tentativa. Nao digo quando. É doloroso demais esta estalada na minha auto-estima.
Como ja criei fama de que gosto de dormir, ontem de manha deixei-me estar na sorna enquanto o Avo madrugou, arrastando os netos pra fora da cama, para verem o jardim, que stá cada dia mais belo. De manha, ou melhor dizendo, de madrugada, o Bola ainda me disse qualquer coisa, mas eu só via sinais de transito, abri um olho apenas e desisti de querer perceber o que ele me queria dizer. Domingo é domingo.
De tarde, fomos dar um passeio pela montanha, onde em tempos passados consegui ver mesmo veados e coelhos nos prados em redor. Ontem tive pouca sorte. É a época dos sapos. Pela estrada só se veem sinais de perigo com uma placa adicional a avisar pra se ter cuidado com os sapos a atravessar a estrada. Ia ser giro haver disto em Portugal.
Relatos de uma Minhoca de sandália e meia branca
segunda-feira, março 05, 2007
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2 comentários:
Eu também tenho um franco! : )
ui, os sapos...
na zona onde vivo também há desses avisos e até (!) uma sociedade ou grupo que trata de ver se está tudo em condicoes e se as pessoas têm mesmo cuidado... Nem sei bem porquê, há um campo de onde saem tantos que mais meia dúzia, menos meia dúzia...
Enfim... estes salsichas sao doidos e nao há nada a fazer!
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