Relatos de uma Minhoca de sandália e meia branca

sexta-feira, março 09, 2007

panattón

Para que conste, pelo menos aqui - eu detesto panetone. Nao gosto de bolos de pacote e o panetone que vem naquelas caixas enormes de papel, lá das Itálias, é algo que nao como com prazer. Só o cheiro a fermento, argh... Pelo que nao fico muito contente quando vejo uma fatia enorme na minha secretária quando chego ao trabalho, porque como os meus pais me deram educacao, ainda nao sou capaz de agarrar naquilo e dizer à pessoa que me deu, que nao gosto. Que preferia lamber uma sanita a comer panetone. Que se eu lhes trago sempre bolo caseiro, é quase um insulto eu ter de deglutir esta porcaria. Acho que hoje me vou gregoriar na casa-de-banho.
Ando com o meu instinto maternal em alerta laranja. Anda tudo a parir ou é impressao minha? Hoje recebi umas fotografias da cria do primo do Bola, com apenas uns dias de vida, e abri as fotografias dezenas de vezes. É algo que nao sei explicar, mas voces, gajas, compreendem-me. Nao é só algo de mulheres, os machos sentem de forma diferente mas tambem sentem.
O que ainda me vai pondo o travao é saber que a partir do momento que eu tenha um flho, acabou. Comeca uma fase completamente diferente. Já nao posso ser inconsequente. Passo a viver em funcao dum bocado de meio metro que se vai borrar até ao pescoco e bolsar como se nao houvesse amanha. Nao era bem isto que eu queria dizer, ainda estou chateada com o odor que emana do panetone.
No meu caso, um filho será companhia também. Quando se está num país, especialmente numa zona assim um tanto quanto desterrada, penso que a chegada dum filho será sempre uma mudanca, um vento carregado de bonanca. Assim esperemos.

Para já, continuo parvinha e infantil. Hurrraaaa!
Acho que vou comer a porcaria do panetone, gregoriar-me e voltar à minha secretária para actualizar o link dos blogs a visitar. Trabalho? Qual trabalho? Fim-de-semana... ah pois.

Curiosidade da Wikipédia (parece mentira):
Conta a lenda...
Uma das historinhas inventadas pelas fábricas de Panetone, diz que o produto foi criado por um apaixonado padeiro, que querendo impressionar seu sogro criou um pão doce, dando-lhe o nome de Pão do Toni. Segundo a lenda, Toni era o nome do sogro, e logo fora popularizado assim com o passar do tempo Pão do Toni virou Panetone.

2 comentários:

chiqui disse...

pois e, eu tb ando em alerta laranja. e o resto da familia, tanto americas como tugas, ja passaram essa fase ha muito, e agora andam a pensar em novas estratregias de pressao.
Quando ao raio do panetone... olha mulher, nem sei o que te diga.

anizaura disse...

Acho que para se inventar palavras é preciso usar a lógica.
Se panetone é pão do Toni, o que é chocotone? Choco do toni? E daí, o que significaria choco do toni?
Outra: alterofilismo é levantamento de peso (alter) e alterocopismo? Não deveria ser copofilismo?
Tinha vontade de ver o Prof Pascuale discutindo estes "emendatismos".